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Marcas fashion, designers, estilistas, brechós e lojas especializadas se espalham pela cidade.

Berlim nunca teve um centro comercial propriamente dito e atualmente as coisas estão mais dispersas do que nunca. A Kurfürstendamm, na zona oeste da cidade, e a Friedrichstrasse, no leste, ostentam as grandes marcas típicas de qualquer cidade importante, mas o que a unificação de Berlim trouxe de melhor foi dar espaço e independência a estabelecimentos pequenos e peculiares. Espalhados pela cidade em pracinhas ou ruelas escondidas – da boemia meio punk do Friedrichshain às calçadas elegantes do Charlottenburg – você encontra pequenas marcas fashion, trabalhos de designers e estilistas, brechós, assim como lojas especializadas de todo tipo.

Desde quando Berlim traçou o primeiro rascunho de sua infra-estrutura pós-guerra, suas principais áreas comerciais já ficaram claramente delimitadas. O lado ocidental continuou sendo o festival de lojas chiques de sempre. As principais lojas de departamentos e os outlets de grandes marcas internacionais se estendem a oeste do KaDeWe, na Wittenbergplatz, e por toda a Kurfürstendamm. Butiques mais discretas, lojinhas de design de interiores e livrarias interessantes estão por toda parte nas ruas entre a Ku’damm e a Kantstrasse, na região ao redor da Savignyplatz. Nos anos 1990, novos magazines e marcas internacionais se espalharam pelo lado oriental, por toda a Friedrichstrasse.

Entre elas, lojas com conceitos interessantes como a Dussmann das Kulturkaufhaus, um lugar que tem de tudo em cultura; o outlet de design Quartier e a filial da elegante loja de departamentos francesa Galeries Lafayette. Entre os lados oriental e ocidental, há também o enorme shopping center Arkaden, na Potsdamer Platz. Do outro lado do Mitte, ao sul da Alexanderplatz, já começaram as obras para um shopping ainda maior. A última peça do quebra-cabeça comercial da cidade também está no Mitte: o renovado complexo de praças no estilo Jugendstil chamado Hackesche Höfe.

O equivalente de Berlim ao Covent Garden ou a Les Halles é o epicentro do Scheunenviertel, que abriga designers locais, lojinhas, cafés, galerias e cabarés. A região ao redor daqui – especialmente no eixo da Neue e Alte Schönhauser Strasse – se estabeleceu como lar dos aventureiros e excêntricos, entre eles designers locais e marcas como Lisa D, RespectMen e Claudia Skoda, assim como lojas que vendem tudo o que se possa imaginar: de móveis retrô-futuristas a artesanato do Terceiro Mundo. Mas, como dizíamos, as coisas estão se misturando.

A fama do Scheunenviertel de bairro ousado e com estilo tem atraído para a região nomes como Hugo Boss, Carhartt e Adidas. Os preços altos dos aluguéis também têm afastado os pequenos designers berlinenses do bairro do Mitte – levando-os tanto para a zona oeste quanto para o leste, em direção a Friedrichshain. O designer japonês Yoshiharu Ito, que vive em Berlim, por exemplo, um dos muitos que fizeram fama no Mitte durante os anos 1990, mudou-se para Charlottenburg, onde as ruas em volta da Savignyplatz e da Bleibtreustrasse estão começando a se redefinir como centros cheios de estilo.

Enquanto isso, a abertura da F95 na Frankfurter Allee é um sinal de que o Friedrichshain de hoje em dia vai bem além dos brechós e das lojas de streetwear. Lojas de streetwear e marcas modernas estão por toda parte. É o caso da Big Brobot, no Friedrichshain, da Cherrybomb e da IrieDaily, no Kreuzberg, ou da Skunkfunk, no Kastanienallee. Até na região mais nobre da zona oeste você encontra uma loja de skatewear cheia de peças exclusivas, como na FourAsses Clothing. Outras áreas têm um perfil mais específico. Desde o final dos anos 1990, quando foi aberto o stilwerk, um shopping center de design de interiores, a Kantstrasse se estabeleceu como o lugar favorito para quem procura as melhores lojas de decoração.

No Charlottesburg, a Knesebeckstrasse é um bom lugar para se encontrar livrarias, dos dois lados da Savignyplatz. A agitadíssima região da Bergmannstrasse, no Kreuzberg, tem de tudo: de brechós e pequenas feiras de design até livrarias e lojas de discos. Em termos de compras, tanto quanto na vida noturna, a Kastanienallee é o paraíso dos alternativos, unindo a cena do Mitte com a de Prenzlauer Berg – onde prevalece um estilo mais convencional nos arredores da Rykestrasse. Já a Dunckerstrasse superou o quarteirão Bergmann/ Zossener Strasse, no Kreuzberg, e é hoje o lugar da cidade que mais concentra lojas de CDs.

Há ainda vários mercados de pulgas interessantes. O Flohmarkt am Mauerpark, aos domingos, é o que tem maior público e mais variedade de coisas, embora o Strasse des 17 Juni Fleamarket, no Tiergarten, seja o melhor lugar para colecionadores. O Trödelmarkt Boxhagener Platz mescla bugigangas com o trabalho de artistas locais e designers de camisetas. A maioria dos bairros tem uma movimentada rua de comércio, que atende todas as necessidades do dia-a-dia, e há ainda alguns belos mercados de bairro, como o da Ackerstrasse, no Mitte, e o Marheinekeplatz, no Kreuzberg.


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