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Passeios de um dia - Berlim

Os turistas lotam a cidade no verão e Sachsenhausen é um dos antigos campos de concetração mais próximos de Berlim.

Potsdam & Babelsberg

Potsdam, a sudoeste dos limites da cidade, é a Versalhes de Berlim. Os turistas lotam a cidade no verão, atraídos por seus parques e palácios, e também pela arquitetura barroca. Vale programar um passeio de um dia, e evitar, se possível, a alta temporada.

Potsdam era a residência de verão dos Hohenzollern e, apesar de ter sofrido com a II Guerra Mundial e com os planejadores socialistas da Alemanha Oriental, muito do legado dos reis prussianos foi preservado. Em 1990, Potsdam foi considerada patrimônio histórico mundial pela Unesco e, desde então, cerca de 80% de suas construções históricas foram restaurados. Seu símbolo mais conhecido é Sanssouci, o enorme parque criado por Frederico, o Grande.

Cruze a ponte a partir da estação para chegar à Cidade Antiga, e comece pela Nikolaikirche e a Altes Rathaus. O castelo Stadtschloss marca o centro da cidade. O quarteirão barroco é cercado pelas ruas SchAbertohauerstrasse, Hegelallee, Hebbelstrasse e Charlottenstrasse. Algumas das casas mais impressionantes localizam-se na Gutenbergstrasse e na Brandenburger Strasse, calçadão de compras de Potsdam. Três portões barrocos – Nauener Tor, Jäger Tor e Brandenburger Tor – ficam nos lados norte e oeste do quarteirão. A nordeste da Nikolaikirche fica o Holländisches Viertel (o quarteirão holandês).

O grande Parque Sanssouci estende-se na parte oeste da cidade. A nordeste do centro fica outro grande parque, o Neuer Garten, com o Schloss Cecilienhof em seu extremo norte. O terceiro parque real de Potsdam, o Park Babelsberg, a leste, também é um bom lugar para caminhar. A cidade de Babelsberg, perto dali, abriga o estúdio cinematográfico – seu Filmpark é a única parte aberta ao público.

Como Potsdam é muito espalhada, é difícil conhecê-la a pé. O Potsdam Card, do centro turístico, custa €9,80 e oferece transporte público gratuito, além de descontos na maioria das atrações.

Como chegar

De trem

Há trens S-Bahn e Regionalbahn freqüentes rumo a Potsdam. Os trens Regionalbahn levam cerca de 25 minutos desde a Hauptbahnhof, os S-Bahn (S1), por volta de 40. De algumas partes de Berlim, é mais fácil tomar o S7 para Wannsee e, ali, embarcar no S1. Há também um trem Regionalbahn direto, que sai de hora em hora rumo a Babelsberg e leva apenas 20 minutos desde Mitte.


Informações turísticas

Potsdam Tourismus Service

Brandenburger Strasse 3 (0331 275 580/www.potsdam-tourism.com). Bonde 94, 96/ ônibus X15, 695 Luisenplatz. Aberto abr-out 2ª a 6ª, 9h30-18h; sáb. e dom., 9h30-16h. Nov-mar 2ª a 6ª, 10h-18h; sáb., 9h30-14h.


Sachsenhausen

Muitos campos de concentração nazistas foram preservados e abertos ao público como memoriais e museus. O Sachsenhausen, batizado com o nome de um bairro da cidade de Oranienburg, às margens do rio Havel, é um dos mais próximos a Berlim.

Imediatamente depois de subir ao poder, Hitler começou a perseguir e prender seus opositores. De 1933 a 1935, uma antiga cervejaria que funcionava neste local foi usada como prisão. O campo recebeu sua primeira leva de prisioneiros em julho de 1936. Era chamado, com cínico eufemismo, de Schutzhaftlager (‘Campo de Custódia Preventiva’). Os primeiros prisioneiros de Schutzhaftlager eram inimigos políticos do governo Hitler: comunistas, social-democratas e sindicalistas. Logo, a diversidade aumentou, abarcando acusados de comportamento ‘anti-social’, gays e judeus.

Cerca de 6 mil judeus foram trazidos para cá depois da Kristallnacht (Noite dos Cristais). Aqui foram feitas algumas das primeiras experiências organizadas de genocídio: milhares de prisioneiros de guerra da Frente Oriental foram mortos na Estação Z.

A SS evacuou o campo em 1945 e obrigou 33 mil internos a marchar rumo ao Mar Báltico, onde embarcariam em botes, que seriam afundados na água. Cerca de 6 mil morreram durante a marcha, antes de os sobreviventes serem resgatados pelos Aliados. Outros 3 mil prisioneiros foram encontrados no hospital do campo quando ele finalmente foi liberado, em 22 de abril de 1945.

O horror não acabou aí. Depois da capitulação alemã, a polícia secreta russa, a MVD, reabriu Sachsenhausen como o Campo 7, para prender criminosos de guerra; na verdade, foram levados para lá suspeitos de serem oposicionistas. Após o fim da Alemanha Oriental, os restos de cerca de 10 mil prisioneiros foram encontrados em valas comuns.

Em 23 de abril de 1961, o campo, parcialmente restaurado, foi aberto ao público como um memorial nacional. A inscrição sobre a entrada, Arbeit Macht Frei (‘O trabalho liberta’), era encontrada no portão de todos os campos de concentração.

O terreno onde eram feitas as revistas matinais, e de onde os internos eram obrigados a testemunhar execuções na forca, fica diante dos dois alojamentos que restaram. Um deles tornou-se museu e o outro, memorial e cinema, onde é exibido um filme sobre a história do campo. Na porta seguinte, fica o bloco da prisão.

Há outras pequenas exposições nos prédios do centro do campo, mas talvez o local mais repugnante sejam as ruínas surpreendentemente pequenas do bloco de extermínio, a Estação Z.

Um mapa indica os caminhos que os condenados tinham de seguir, que variava caso eles fossem alvejados (as balas eram recuperadas e reaproveitadas) ou asfixiados. Todos terminavam nos fornos. É uma boa idéia alugar um áudio-guia (disponível em inglês) no portão.


KZ Sachsenhausen

Strasse der Nationen 22, Oranienburg (0330 120 00/ www.gedenkstaettesachsenhausen.de). Aberto 15 mar-14 out 3ª a dom., 8h30-18h. 15 out-14 mar 3ª a dom., 8h30-16h30. Entrada grátis.


Como chegar

De trem

Oranienburg fica no extremo norte da linha S1 da S-Bahn (40 min de Mitte). Da estação, siga as placas para a ‘Gedenkstätte Sachsenhausen’. É uma caminhada de 20 min.

Escrito por Time Out Viagem editors
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