La Rambla
Este bulevar de cerca de 1,5 quilômetro é um dos mais famosos calçadões do mundo. As lojas de suvenir, os batedores de carteira e o aglomerado de turistas têm afastado os moradores locais, que costumavam vir aqui para jogar xadrez ou debater política. Mas, apesar de não ser mais o que era, o lugar continua sendo o primeiro chamariz para os visitantes. A multidão de estátuas vivas, marionetes, videntes, mágicos, dançarinos e músicos pode enfurecer alguém atrasado para o trabalho, mas, para quem está sentado nos bares, é um espetáculo. Fique atento, já que os batedores de carteira não são os únicos ladrões que operam aqui: a menos que você fique feliz por pagar €15 por uma caneca de refrigerante aguado, deve evitar os bares com varanda e restaurantes de La Rambla.
Centre d’Art Santa Mònica
La Rambla 7 (93 316 28 10/www.cultura.gencat.net/casm). Metrô Drassanes. Aberto 3ª a sáb., 11h-20h; dom., 11h-15h. Entrada grátis.
O claustro e a torre do convento de Santa Mònica (1626) foram transformados em sala de exposições em 1988. Reformas recentes abriram mais espaço. Todos os anos, há cerca de 20 mostras de artistas locais e internacionais, além de fotógrafos.
Museu de l’Eròtica
La Rambla 96 bis (93 318 98 65/www.erotica-museum.com). Metrô Liceu. Aberto jun-set diariamente, 10h-22h. Out-mai diariamente, 10h-21h. Entrada €7,50; €6,50 com desconto. Cc AmEx, MC, V.
Normalmente freqüentado por gatinhos e gatinhas que procuram um pouco de perversão sem gastar muito, o Museu Erótico tem tudo menos isso. Prepare-se para muitas pinturas com a velha mulher-serpente ocupando boa parte do espaço, e alguns itens interessantes – como cintos de castidade com pregos e uma bengala vitoriana enfeitada com uma vagina de marfim na ponta. Entre as raridades estão desenhos japoneses, gravuras do século 19 do alemão Peter Fendi e fotos marcantes dos bordéis do Barrio Chino nos decadentes anos 1930. Outras curiosidades incluem apetrechos sadomasoquistas e simuladores de linhas telefônicas eróticas, ilustrando a ‘sensualidade da voz’. Mas o Eròtica é um pouco puritano para um bairro tão versado em travessuras e perversões.
Palau de la Virreina
La Rambla 99 (93 301 77 75/www.bcn.cat/cultura). Metrô Liceu. Aberto 3ª a 6 ª, 11h-14h e 16h-20h30; sáb., 11h-20h30; dom., 11h-15h. Entrada €3,50; €1,75 com desconto; grátis menor de 16. Não aceita cartão.
Este palácio clássico com elementos barrocos tem este nome por causa da viúva de um vice-rei (governador) do Peru, que encomendou a construção do palácio e viveu nele depois de concluídas as obras, nos anos 1770. O Virreina abriga o departamento cultural da cidade, tem informações sobre eventos e shows e abriga exposições em suas duas salas. No andar superior acontecem mostras temporárias, enquanto a galeria de baixo, menor, foca fotografia histórica e contemporânea.
Museu Picasso
Carrer Montcada 15-23 (93 256 30 00/www.museupicasso.bcn.cat). Metrô Jaume I. Aberto (última entrada 30min antes de fechar) 3ª a dom., 10h-20h. Entrada somente para coleção permanente €6; €4 com desconto. Com exposições temporárias €8,50; €5,50 com desconto; grátis menor de 16 e primeiro dom. do mês (somente museu). Cc (somente loja) AmEx, MC, V.
Quando foi aberto, em 1963, o museu dedicado ao filho adotivo favorito de Barcelona ficava no Palau Aguilar; a coleção permanente, de cerca de 3,5 mil peças, agora se espalha por cinco espaços anexos, dois dos quais são dedicados a exposições temporárias. O museu é o segundo mais visitado da cidade, atrás apenas do Nou Camp.
Em vez de ser uma retrospectiva de toda a obra do artista, o Museu Picasso é um registro dos anos de formação que o jovem artista viveu aqui perto, na escola de arte de La Llotja (onde seu pai lecionava) e, depois, na companhia da vanguarda catalã. Quem procura vedetes como Les Demoiselles d'Avignon (1907) e as primeiras obras cubistas (muitas delas pintadas na Catalunha), assim como suas esculturas do tempo de faculdade, se decepciona.
Nou Camp – FC Barcelona
Avda Arístides Maillol, acesso 9, Les Corts (93 496 36 00/08/www.fcbarcelona.com). Metrô Collblanc ou Palau Reial. Aberto abr-out 2ª a sáb., 10h-20h; dom., 10h-14h30. Nov-mar 2ª a sáb., 10h-18h30; dom., 10h-14h. Entrada €7; €5,60 com desconto; grátis menor de 5. Visita guiada €11; €8,60 com desconto. Cc (apenas na loja) MC, V.
O Nou Camp, onde o FC Barcelona joga desde 1957, é um dos grandes estádios de futebol, uma estrutura vasta com capacidade para 98 mil espectadores. Há muito barulho quando o time está jogando bem, e um silêncio terrível quando ocorre o contrário. Se você ama o time e não vai conseguir estar aqui num dia de jogo, vale a pena visitar o museu do clube. A excelente visita guiada passa pelo túnel dos atletas e depois pelos vestiários e a sala do presidente, onde há uma réplica da taça da Eurocopa, conquistada pela equipe em 1992, em Wembley. O museu celebra os anos de glória desde que o empresário suíço Johan Gamper fundou o clube; e homenageia, com fotos, vídeos e objetos, nomes consagrados pela torcida, como Kubala, Cruyff, Maradona, Koeman e Lineker.
Museu de la Xocolata
Carrer Comerç 36 (93 268 78 78/http://pastisseria.cat/ct/PortadaMuseu). Metrô Jaume I. Aberto 2ª, 4ª e sáb.,10h-19h; dom.,10h-15h. Entrada €3,90; €3,40 com desconto; grátis menor de 7. Cc MC, V.
O museu mais aromático da cidade atrai chocólatras de todas as idades por sua coleção de mones (esculturas de chocolate). Feitas pelos confeiteiros mestres de Barcelona para as competições de Páscoa, as mones vão desde maquetes multicoloridas da Casa Battló de Gaudí até cenas extravagantes de Dom Quixote derrubando moinhos de vento. Por razões inevitáveis, não se trata de uma coleção que envelhece bem: fotos substituíram a maioria das esculturas mais antigas, e aquelas que não estão protegidas por cúpulas de vidro ficam à mercê da apreciação manual dos visitantes mais jovens. Uma breve história do chocolate é mostrada com recursos audiovisuais e em um terminal de computador, mas a área mais movimentada é a oficina de cozinha, com aulas para todas as idades e níveis. Além de, é claro, a irresistível loja de chocolates.
Palau de la Música Catalana
Carrer Sant Francesc de Paula 2 (93 295 72 00/www.palaumusica.org). Metrô Urquinaona. Aberto bilheteria 2ª a sáb., 10h-21h. Visitas guiadas diariamente, 10h-15h30. Entrada €9; €8 com desconto. Cc (mínimo de €20) MC, V.
Possivelmente a expressão mais louca e ousada do Modernisme jamais construída, a fachada desta sala de concertos de Domènech i Montaner, com tijolos expostos, bustos e frisos de mosaico representando as tradições musicais catalãs e seus compositores é impressionante, mas o interior é ainda mais. Muito dinheiro já foi gasto para melhorar a acústica, mas a verdade é que quem visita o lugar não vem tanto agradar os ouvidos, mas sim os olhos. A decoração emerge de toda parte: o centro do teto é feito de vidros coloridos; 18 figuras em mosaico e relevo representam as musas da música na parte de trás do palco; e, num dos lados, Valquírias wagnerianas cavalgam para se encontrar com um busto de Beethoven. Nos anos 1980, a estrutura do Palau estava cedendo. Foi quando começou um projeto de ampliação e renovação assinado por Oscar Tusquets, que passou mais de 20 anos envolvido na demolição da igreja feia que ficava ao lado para poder aumentar a fachada e construir uma sala de concertos subterrânea e uma nova entrada. Em vez de tentar competir com a fachada existente, a parte nova tem motivos mais orgânicos e sutis.
Visitas guiadas estão disponíveis em inglês, catalão e espanhol a cada meia hora. Lembre-se de fazer perguntas se há algo que realmente queira saber – os guias são muito bem-preparados, mas, quando não são levados a outro assunto, tendem a se concentrar nas explicações sobre a reforma. Se puder, uma maneira melhor ainda de ver a sala é assistindo a algum concerto.
Parc de la Ciutadella
Passeig Picasso (sem telefone). Metrô Arc de Triomf ou Barceloneta. Aberto diariamente, 10h-anoitecer.
O nome remete à cidadela (fortaleza) Bourbon – a maior da Europa – que ocupou o lugar entre 1716 e 1869. Este parque charmoso nasceu após a revolução anti-Bourbon de 1868, quando o General Prim anunciou que a área seria retomada para uso público. O forte foi derrubado, e os jardins foram construídos para receber a Exposição Universal de 1888; o Castell de Tres Dragons, de Domènech i Montaner, na entrada, servia como cafeteria, enquanto o Arc de Triomf, ao norte, era a principal porta de acesso. Prim foi homenageado com uma estátua, no extremo sul do parque. Embora metade do espaço seja ocupado pelo zoológico, ainda assim o parque é surpreendentemente grande e tem várias atrações, como o Museu de História Natural, um lago com barquinhos e mais de 30 exemplares de estátuas criativas.
Santa Maria del Mar
Plaça de Santa Maria (93 310 23 90). Metrô Jaume I. Aberto 2ª a sáb., 9h-13h30 e 16h30-20h; dom., 10h-13h30 e 16h30-20h. Entrada grátis.
Possivelmente o melhor exemplo do Gótico Catalão, esta linda basílica se destaca por suas típicas linhas horizontais, suas grandes superfícies lisas, seus pilares quadrados e suas torres octogonais com o topo achatado. Esta espetacular uniformidade no estilo foi construída com relativa rapidez, em 55 anos (1329-1384). Levando o nome de Maria como protetora dos marinheiros, foi construída no lugar de uma antiga igreja conhecida como Santa Maria del Arenys (areia), devido à sua localização próxima ao mar. No amplo interior de uma só nave, duas fileiras de colunas perfeitamente proporcionais sobem até as abóbadas, criando uma atmosfera espaçosa ao redor do altar iluminado. Há também lindos vitrais, especialmente a rosácea do século 15 sobre a porta principal. A janela original, construída um pouco antes, caiu num terremoto e matou 25 pessoas.
Park Güell
Carrer Olot (Casa-Museu Gaudí 93 219 38 11). Metrô Lesseps/ônibus 24, 25. Aberto Parque diariamente, 10h-entardecer. Museu abr-set diariamente, 10h-19h45. Out-mar diariamente, 10h-17h45. Entrada Parque grátis. Museu €4; €3 com desconto; grátis menor de 9. Cc (apenas na loja) MC, V.
Com esse projeto espetacular, Gaudí tinha por objetivo evocar os jardins ingleses tão admirados pelo seu patrono, Eusebi Güell (daí o nome do parque), criando uma área pública mais reservada na periferia da cidade. O plano original era vender lotes de terras onde seriam erguidas casas com projetos de outros arquitetos. A idéia nunca decolou - talvez pela distância do centro da cidade ou porque era um projeto radical demais. Por fim, a família Güell doou o parque para a cidade em 1922. O lugar parece ter saído de um conto de fadas; a exuberância fantástica da imaginação de Gaudí é de tirar o fôlego.
Monument a Colom
Plaça Portal de la Pau (93 302 52 24). Metrô Drassanes. Aberto diariamente, 9h-20h. Entrada €2,30; €1,50 com desconto; grátis menor de 4. Não aceita cartão.
Localizado no ponto em que La Rambla encontra o porto, o Monument a Colom foi feito para a Exposição Universal de 1888. É difícil acreditar do chão, mas Colom ('Colombo', em catalão) tem 7 metros de altura, e sua coloração esbranquiçada é obra dos pombos da cidade. Um pequeno elevador no meio do monumento leva até uma varanda circular, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade e do porto. Quem sofre de claustrofobia ou vertigem deve evitar a viagem, pois o balanço pode ser bastante incômodo.
