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Atrações

Istambul é o paraíso do turismo.

Quer ver igrejas? Há inúmeras. Mesquitas? A cidade tem provavelmente as mais belas do mundo. Bazares? Aqui fica o maior deles. Palácios? Em abundância. E isso sem falar na fortaleza, nas muralhas, nas cisternas subterrâneas, nos banhos públicos, nos museus, nos parques e nas ilhas. Quando se trata de número de atrações, Istambul deixa Londres, Paris ou Roma no chinelo.

A topografia pode confundir os turistas de primeira viagem: são três porções de terra, duas no lado europeu do Estreito de Bósforo – divididas pelo Chifre de Ouro (Golden Horn) – e uma na margem asiática. A cidade não é dividida em alta e baixa, em anéis concêntricos ou de qualquer outro modo que auxiliasse a orientação espacial. O padrão das ruas é irregular; anos de construções sem planejamento urbano criaram uma cidade quase desprovida de linhas e ângulos retos. Os prédios tomam conta do horizonte; de vez em quando, dão uma trégua, revelando vistas que o pegarão completamente desprevenido. Em tal cenário, não há como falar em caminhos errados, mas sim apenas em rotas alternativas.


Binbirdirek Sarnıcı

Imran Ökten Sokak 4 (0212 518 1001). Bonde Sultanahmet. Aberto diariamente, 9h-21h. Entrada YTL10. Cc AmEx, DC, MC, V
Assim como a cisterna mais famosa de Yerebatan, esta é uma das florestas de pilares e tetos abobados construídos pelos bizantinos. Infelizmente, os restauradores acrescentaram um piso falso que reduz pela metade a altura original da câmara (um poço no centro ilustra o nível original do piso). Ninguém sabe, até hoje, o que fazer com o lugar; atualmente, ele abriga, sem sucesso, alguns cafés, um bar e um restaurante. A entrada dá direito a uma bebida grátis.


Yerebatan Sarnıcı

Yerebatan Caddesi 13 (0212 522 1259/www.yerebatan.com). Bonde Sultanahmet. Aberto diariamente, 9h-19h30. Entrada YTL10. Cc MC, V
Construída pelo Imperador Justiniano na mesma época da Haghia Sophia, a cisterna ficou esquecida durante séculos e redescoberta apenas em 1545 por um francês, Peter Gyllius, que observou que os moradores da região pegavam água baixando baldes em buracos no solo. É uma tremenda façanha de engenharia, com abóbadas de tijolos sustentadas sobre 336 colunas, com distâncias de 4 metros entre si. Antes da restauração, em 1987, a cisterna só podia ser explorada de barco (como fez James Bond em Moscou Contra 007). Hoje em dia, há uma passagem de concreto. A iluminação tênue e o frio subterrâneo são especialmente bem-vindos nos dias mais quentes. Procure as duas cabeças de Medusa, ambas reaproveitadas de um prédio mais antigo e empregadas, casualmente, como bases de colunas. Há um café e uma plataforma onde ocorrem shows ocasionais de música turca e ocidental; verifique mais detalhes na bilheteria.


Museu de Arqueologia (Arkeoloji Müzesi)

Osman Hamdi Bey Yoku¤u, Topkapı Sarayı, Gülhane (0212 520 7740). Bonde Gülhane. Aberto 3ª a dom., 9h-17h. Entrada YTL5 (inclui Museu do Oriente Antigo e Pavilhão do Ladrilho). Cc MC, V
O acervo composto por antiguidades clássicas é de nível internacional – o que é raro em Istambul –, bem iluminado e com bons textos explicativos. Instalado no terreno do Palácio Topkapı, o museu foi fundado em meados do século 19, em uma tentativa de impedir a saída massiva de antiguidades do país, que eram levadas por estrangeiros para encher os museus da Europa. A exposição ficava, originalmente, no Pavilhão do Ladrilho, até que foi encomendado um novo prédio – ampliado três vezes desde então, para dar conta do acervo crescente. Ainda assim, boa parte do acervo continua na reserva técnica devido à falta de espaço e de verba.


Mesquita 'Azul' de Sultanahmet (Sultanahmet Camii)

At Meydanı Sokak 17 (0212 518 1319). Bonde Sultanahmet. Aberto diariamente, 9h-1h antes do anoitecer (horários de orações). Apresentação de música mai-out, diariamente, após o anoitecer. Entrada grátis
Sedutoramente curvilínea e envolvida por um adorável parque, a Mesquita de Sultanahmet é a arquitetura islâmica em sua expressão mais sexista. Encomendada pelo Sultão Ahmed I (1603-17) e construída pelo arquiteto Mehmet Aƒa, aprendiz do grande Sinan, foi a última das magníficas mesquitas imperiais de Istambul, o último suspiro antes do declínio. À época, suscitou hostilidades por causa de seus seis minaretes – até então, esse elemento era reservado exclusivamente para a mesquita do profeta, em Meca. Hoje, eles compõem silhuetas elegantes contra o panorama da cidade, particularmente belas quando iluminadas durante a noite.


Museu do Tapete Vakıflar (Vakıflar Halı Müzesi)

Sultanahmet Mosque (0212 518 1330). Bonde Sultanahmet. Aberto 3ª a sáb., 9h-12h e 13h-16h. Entrada YTL2. Não aceita cartão
O prédio que foi o Pavilhão Imperial e que era usado pelo sultão para fazer suas preces, no pátio externo da Mesquita de Sultanahmet, é hoje um espaço de exposições que guarda uma extensa coleção de tapetes de toda a Turquia. O cenário é apropriado, considerando que, até quase recentemente, a maioria desses tapetes estavam dentro de mesquitas. Contudo, a apresentação visual deixa a desejar, a iluminação é pobre, e o museu é comprometido pelo baixo orçamento. O Museu de Arte Turca e Islâmica se sai muito melhor; o Vakıflar é apenas para verdadeiros entusiastas de tapetes.


Igreja de São Salvador em Chora (Kariye Müzesi )

Kariye Camii Sokak 26, Edirnekapı (0212 631 9241). Metrô Ulubatlı ou ônibus 37E, 38E, 91O para o Estádio Vefa. Aberto 2ª, 3ª, 5ª a dom., 9h-16h30. Entrada YTL10
Muitas vezes deixada de lado por ficar afastada dos roteiros turísticos principais, esta igreja (conhecida também como Mesquita ou Museu Kariye), no que se refere a esplendor bizantino, perde apenas para a Haghia Sophia. Construída no fim do século 11, a igreja recebeu seus festejados mosaicos e afrescos no século 14, quando foi remodelada. Representando cenas da iconografia cristã, do Dia do Julgamento à Ressurreição, as obras são consideradas, com justiça, os mais importantes remanescentes de arte bizantina do mundo, tanto em termos de execução, quanto de preservação. Ironicamente, essas obras cristãs devem suas condições de preservação à conversão da igreja ao Islã, no início do século 16, quando os afrescos e mosaicos foram cobertos. Eles permaneceram ocultos até sua redescoberta, em 1860. O Hotel Kariye, no fim da rua, também é uma boa parada, devido a seu excelente restaurante otomano, o Asitane

Escrito por Time Out Viagem editors
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