Time Out Viagem

Linha do tempo

Acompanha a linha do tempo da evolução de Roma através desses lugares.

Museo Nazionale Romana – Crypta Balbi

Via delle Botteghe Oscure 31 (06 678 0167). Ônibus 46, 62, 70, 87, 186, 492, 571, 810, 916/Bonde 8. Aberto 3ª a dom., 9h-19h30 (última entrada às 18h45). Entrada €7; €3,50 com desconto; ver pág.71 Ingressos. Não aceita cartão.
O relativamente novo museu Crypta Balbi geralmente é negligenciado nos itinerários turísticos. É uma pena, pois ele não só exibe uma das mais recentes e interessantes descobertas arqueológicas de Roma, como também combina o melhor da arte antiga com a tecnologia. Tem muitas exposições, mapas e modelos que explicam (em inglês) a evolução de Roma da era pré-imperial bélica até os tempos do Cristianismo e da Idade Média. As ruínas subterrâneas, que ficam abertas por cerca de 15 minutos a cada hora (não há guia), mostram as fundações da cripta gigante e do saguão construído por Cornelius Balbus, um espanhol a favor da corte de Augusto. O teatro que Balbus construiu perto da cripta permanece escondido embaixo das construções, mas novas escavações trouxeram à tona partes do Porticus Minucia, onde grãos eram distribuídos aos pobres na Roma republicana. Novas escavações também desenterraram um santuário de Mitra . No andar superior fica uma exposição sobre o cotidiano da Roma antiga: pratos, tigelas, taças, ferramentas de artesãos, ânforas e lamparinas a óleo. Os andares superiores oferecem uma visão fantástica dos tetos romanos.


Domus Aurea

Via della Domus Aurea (06 3996 7700). Metrô Colosseo/ônibus 60, 75, 81, 85, 87, 117, 186, 204, 673, 810, 850/vagão 3. Aberto 2ª , 4ª a dom, 9h-19h45 (última entrada às 18h40). Entrada € 5; €2,50 com desconto; taxa de reserva €1,50; ver pág.71 . Não aceita cartão.
Observação: as visitas devem ser marcadas com antecedência. Você pode agendar por telefone (os operadores falam inglês) 2ª a sáb., 9h-13h30 e 14h30-17h; pagamento na retirada dos bilhetes. Este não é um lugar muito fácil de se encontrar; trace a rota no mapa antes de sair. No verão de 64 d.C, um incêndio devastou grande parte do centro de Roma . As cinzas dos palácios se misturavam às das favelas. Após o incidente, tudo o que não fora queimado a leste do Fórum foi derrubado para dar lugar a uma casa que abrigaria o deus-sol que Nero dizia ser. A Domus Aurea (Casa Dourada) começou a ser construída logo depois que o fogo se apagou: uma estrutura de três andares, com a fachada principal de frente para o sul e coberta de ouro; dentro, tudo que não era feito de madre-pérola ou coberto de pedras preciosas era preenchido com afrescos do ‘guru’ da estética de Nero, Fabullus. As fontes respingavam perfumes e as banheiras eram cheias de água do mar ou água mineral. Num cômodo, escreveu Suetonius, um teto imenso pintado com o sol, as estrelas e os signos do zodíaco girava constantemente de acordo com o céu de verdade. Lagos foram cavados, florestas plantadas e uma estátua de bronze de Nero, de 35 metros de altura, foi erguida. Quando Nero morreu, em 68 d.C., começaram os trabalhos para esconder tudo o que lembrasse o tirano. Vespasiano mandou secar os lagos para construir seu anfiteatro (o imperador avarento continuou com o colosso de Nero, apenas mudando o nome para Coliseu), e Trajano usou a obra de tijolos como fundação para suas casas de banho. A cobertura fora tão bem feita que, décadas depois de os afrescos da casa terem sido descobertos, em 1480, ninguém havia notado que se tratava da Domus Aurea. A ‘gruta’ de afrescos virou parada obrigatória para os artistas da Renascença, inspirando – entre outros – os maravilhosos afrescos de Rafael no Vaticano (e criando a palavra ‘grotesco’). As assinaturas dos artistas ainda podem ser vistas no estuque antigo. Depois de muitas escavações e restaurações, 30 quartos da Domus Aurea foram reabertos em junho de 1999. E outros 200 ainda esperam para ser escavados.


San Clemente

Via San Giovanni in Laterano (06 774 0021). Metro Colosseo/ônibus 60, 75, 85, 87, 117, 571, 810, 850/vagão 3. Aberto 2ª a sáb., 9h-12h30 e 15h-18h; dom., 10h-12h30 e 15h-16h. Entradas Igreja grátis. Escavações €3. Não aceita cartão.
Esta basílica do século 12 é uma linha do tempo tridimensional, uma igreja em cima de outra igreja, por sua vez em cima dos ainda mais antigos edifícios imperiais – e, por isso, úmidos e parecendo masmorras. Até as crianças cansadas de igrejas irão gostar de ver. Em 1857, os dominicanos irlandeses que dirigiram a igreja desde o século 17 iniciaram escavações que desenterraram sua igreja antepassada do século 4, e, por baixo, um titulus cristão primitivo. A estrutura do século 4 foi arrasada durante a pilhagem dos normandos em 1084, mas o schola cantorum (coro) resistiu e foi movido para a nova igreja, onde ainda se mantém com seus requintados entalhes e decorações de mosaicos. Também na igreja superior, há na abóbada um imperdível mosaico do século 12, ainda em estilo bizantino, mas com uma complexidade teológica incomum para a época. Contra um pano de fundo dourado, azuis cobalto, vermelhos profundos e vários matizes de verde figura o Cristo crucificado.


San Lorenzo fuori le Mura

Piazzale del Verano 3 (06 491 511). Ônibus 71, 492, 649/bonde 3, 19. Aberto out-mar diariamente, 7h30-12h30 e 15-19h. Abr-set diariamente, 7h30-12h30 e 13h-20h.
Esta basílica na antiga via Tiburtina foi doada por Constantino para acomodar os restos de São Lourenço após o santo ter encontrado seu ardente fim numa fogueira. Reconstruída no século 6 pelo Papa Pelágio II, ela foi depois unida com uma igreja vizinha, usando a igreja de Pelágio como o presbitério. Sucessivas reformas foram realizadas nos anos 1860, quando alguns afrescos infelizes foram adicionados. Algumas bombas instáveis entraram pelo teto em 1943, fazendo de San Lorenzo a única igreja romana a sofrer danos na guerra, mas ela foi meticulosamente reconstruída em 1949. Do lado direito do pórtico do século 13 ficam afrescos do mesmo período, mostrando cenas da vida de São Lourenço. Dentro do arco triunfal estão mosaicos do século 6, refletindo a influência bizantina: as figuras são achatadas, rígidas e contornadas de preto, flutuando estáticas sobre um chão dourado; há pouca modelagem ou jogo de luz e sombras, e as cores não são tão sutis quanto nos outros mosaicos. Isso ocorre parcialmente devido ao uso de quadrados de mármore, inspirados nos gregos, ao invés do vidro, normalmente preferido pelos romanos.


Sant’Agnese fuori le Mura e Mausoléu de Santa Costanza

Via Nomentana 349 (06 861 0840/www.santagnese.net). Ônibus 36, 60, 90. Aberto Igreja diariamente, 7h30-12h e 16h-19h30. Catacumbas e Santa Costanza 3ª a sáb., 9h-12h e 16h-18h. Entrada Igreja e Santa Costanza grátis. Catacumbas €5; €3 com desconto. Não aceita cartão.
Singular em Roma, o mausoléu circular de Santa Costanza, do século 4, na via Nomentana, foi construído para as filhas de Constantino, Constança (uma santa apenas por tradição popular, pois nunca foi canonizada) e Helena. O sarcófago aqui, contendo os restos de Constança, é um molde de plástico do pórfiro original, agora nos Museus do Vaticano. A plataforma de abóbada semicilíndrica, cujas arcadas repousam em refinados ‘travesseiros’ de mármore, é decorada com os mosaicos cristãos talvez mais antigos do mundo. Eles parecem mais pagãos do que cristãos – cenas pastorais simples, com uma vinha espiralada circulando figuras coletando e trocando uvas –, mas os historiadores insistem que o tema da feitura do vinho representa o sangue de Cristo, e não o passatempo de Baco. Os vastos restos de uma basílica do século 4 ficam isolados por perto. Na adjacente igreja de Sant’Agnese, datada do século 17, há um mosaico em arco original mostrando uma diminuta figura de Santa Inês sobre as flamas do seu martírio, flanqueada por dois papas. Santa Inês foi quase certamente enterrada nas catacumbas sob esta igreja, apesar de seu crânio ter sido transferido para a igreja de Sant’Agnese in Agone . As catacumbas estão entre as menos visitadas de Roma, mas atenção: um mês por ano elas são fechadas, normalmente em janeiro.


Santa Cecília de Trastevere

Piazza Santa Cecília (06 581 2140). Ônibus 23, 280, 630, 780, H/vagão 8. Aberto Igreja, escavações e cripta diariamente , 9h30-12h30 e 16h-16h30. Afrescos Cavallini 2ª a sáb; 10h-12h; dom., 11h-12h30. Entrada Escavações e cripta €2,50. Afrescos Cavallini €2. Não aceita cartão.
Esta bela igreja fica num prédio do século 5 construído em cima de uma casa romana antiga – a banheira e a despensa ainda podem ser visitados debaixo da igreja. De acordo com a lenda, o lugar era a casa de Valério, um aristocrata romano tão impressionado (ou talvez frustrado) com o voto de castidade de sua esposa, a cristã Cecília, que também decidiu se converter. Valério foi martirizado por suas dores, e Cecília foi presa quando tentava enterrar seu corpo. A execução dela foi um trabalho mal-feito: depois de falharem ao tentar afogá-la nas banheiras quentes da casa, seus perseguidores tentaram decapitá-la com três golpes de machado (o máximo permitido). Ela levou vários dias para morrer, e, segundo a lenda, os passou cantando. Daí em diante, tornou-se a santa da música. Sua tumba foi aberta em 1599, revelando seu corpo não-decapitado. O corpo se desintegrou, mas antes disso foi feito um registro: Stefano Maderno fez uma escultura extremamente delicada, que fica abaixo do altar. Seu sarcófago está na cripta. Venha num período em que é permitido ver um pequeno fragmento do que deve ter sido um dos melhores afrescos do mundo. O Julgamento Final, de Pietro Cavallini, do século 13, fica no alto da galeria e sobreviveu milagrosamente à reforma. Embora ainda trabalhasse no estilo bizantino, Cavallini fez os apóstolos com um tipo totalmente novo de luz (note a profundidade dos rostos) – a mesma luz que reapareceria no trabalho de Giotto.


Santi Giovanni e Paolo

Piazza Santi Giovanni e Paolo 13 (igreja 06 700 5745/escavações 06 7045 4544/www.caseromane.it). Metro Circo Massimo/ônibus 60,75, 81, 175, 673/vagão 3. Aberto, Igreja diariamente, 8h30-12h e 15h30-16.h30. Escavações 2ª, 5ª e dom., 10h-13h e 15h-16h. Entrada Igreja grátis, Escavações €6; €4 com desconto. Não aceita cartão.
No século 4, uma igreja foi construída em cima da casa (e provavelmente dos ossos) de João e Paulo, dois policiais da corte imperial que foram martirizados em 362. A igreja original foi destruída primeiro pelos godos e, mais tarde, pelos normandos, mas vestígios dela ainda podem ser vistos na fachada do século 12. Ela fica na envolvente piazza Santi Giovanni e Paolo, supervisionada por um campanário do século 12 ligado ao convento ao lado. Dois leões desgastados pelo tempo flanqueiam a entrada; um deles parece estar mastigando um bebê indefeso. Uma reforma do século 18 deixou o interior da igreja parecendo um luxuoso salão de banquetes. No exterior, contorne a esquina e caminhe sob os suportes medievais de Clivus Scauro – numa rua que mantém seu antigo nome – a fim de localizar a porta que leva às labirínticas escavações da casa dos mártires.


Santi Silvestro e Martino ai Monti

Viale del Monte Oppio 28 (06 478 4701). Metrô Cavour ou Vittorio/ônibus 16, 70, 71, 84, 360, 649, 714. Aberto Igreja 2ª a sáb., 7h30-11h30 e 16h-18h30; dom., 8h-12h e 16h30-19h. Escavações 2ª a 6ª 9h-11h30 e 16h-17h15; sáb., 9h-11h30.Entrada: Igreja grátis. Escavações aceita doações.
A principal razão para visitar este lugar é observar os titulus (inscrições) do século 3 embaixo da igreja do século 9; peça ao sacristão para abrir o portão. É um lugar assombrado, cheio de pedaços de esculturas, afrescos e mosaicos se decompondo. Não tem as fundações comumente amontoadas entre os tijolos, portanto não é difícil visualizar a antiga casa de adoração. A igreja acima é incrível graças a dois afrescos: um que mostra São João de Latrão (ver pág.148) como era antes das alterações de Borromini (à esquerda da entrada), e outro que retrata o interior da original igreja de São Pedro (à esquerda do altar).

Escrito por Time Out Viagem editors
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