Time Out Viagem

Em busca de bons tragos

Há quem ache que beber é quase uma modalidade esportiva em Miami. É verdade que, desde que não envolva doses exageradas ou ressacas imensas, nesta cidade a arte de beber está mais para a sofisticação do que para a embriaguez.

Ao contrário do que as pessoas costumam achar, Miami não é um lugar abundante em bares. Nova York, San Francisco e Chicago oferecem muito mais opções para quem aprecia um bom copo – mas muitos visitantes aplaudem o fato de a cidade ainda resistir a proibir o cigarro nos bares. Definitivamente, Miami não é uma cidade “alcóolica”: preocupados em manter um pouco de requinte, os moradores não consideram a bebida chique nem sexy, sem falar nos estragos que a bebida pode causar em seus corpos esculturais.

Em vez disso, Miami (quando se fala em vida noturna estamos falando de Miami Beach) aposta em locais com muita animação e badalação, coisa que não costuma faltar nos bares dos hotéis. Aqui, criadores como Ian Schrager e Todd Oldham são adorados por fazerem ambientes naturalmente sofisticados, quase uma marca registrada desses profissionais. Por isso, os balcões mais disputados da cidade são os de estabelecimentos como o Delano, Catalina, Shore Club, Setai e Hotel, todos verdadeiras “mecas do ver e ser visto”. Para quem prefere um pouco menos de ostentação (ou não está disposto a mudar radicalmente o visual só para tomar um drinque), existem outros bares menos afetados, mas que oferecem uma amostra deste hábito da cidade: o Rex, no Marlin Hotel , que lembra um bar londrino, e o Metro Bar, no Astor , muito bom e sem exageros.

Muitos restaurantes da cidade também assumem o papel de lounge bars e, em determinado momento da noite, os pratos e talheres desaparecem para que, no lugar das mesas, apareça uma pista de dança. Restaurantes como o Forge, o Social Miami, no Sagamore, e sobretudo o Taverna Opa são exemplos famosos de restaurantes que viram casas noturnas. E isso antes de pegar o caminho para o Stop Miami, uma combinação de bar, restaurante e clube que está revolucionando as redondezas desde a inauguração, em 2005. Mas a questão não se limita às roupas usadas nem aos locais escolhidos (e às companhias, é claro), mas também envolve as bebidas consumidas. Miami aprecia os drinques que combinam com sua arquitetura: peculiares e, de preferência, com cores marcantes. Aqui os relógios são acertados de acordo com a hora de tomar um coquetel e a “cultura de bar” de Miami Beach baseia-se sobretudo no consumo de martínis, cosmos e mojitos, embora, para alguns paladares, essas bebidas sejam um pouco suaves (e em geral bastante doces). Os coquetéis mais populares são servidos no Hotel e exibem cubos de gelo com neon.

Mas nem tudo se resume a locais especializados em coquetéis: existem ainda os bares com temática esportiva, com música ao vivo, de estilo irlandês ou de pescadores. Nas tardes de domingo, o Alabama Jack’s, no caminho para Homestead, tem até dança típica.

Onde Encontrar um Bar

A principal concentração de bares fica em South Beach. Não faltam opções: os mais disputados e barulhentos estão na Ocean Drive, os mais chiques, na Collins e os botecos localizam-se na Washington e na Alton. Nas outras áreas (North Beach, Coconut Grove e Coral Gables, por exemplo), há poucos bares e, em geral, uns ficam longe dos outros, o que pode exigir deslocamento de carro ou táxi. Alguns, como o Jimbo’s, merecem o esforço.

A Bebida e a Lei

Como acontece na maior parte do território norte-americano, na Flórida as leis sobre o consumo de álcool são rígidas. As bebidas só podem ser vendidas a maiores de 21 anos e é comum os estabelecimentos pedirem documentos com foto para comprovar a idade. Dirigir embriagado é um delito grave para as autoridades locais, e ser flagrado ao volante após consumir mais do que o equivalente a dois drinques costuma render uma multa caríssima e até prisão (o limite para a presença de álcool no sangue é de 0,8, ou 80mg de álcool para 100mL de sangue). O consumo de cigarro é permitido em estabelecimentos que vendem bebidas, mas não em locais onde o consumo de alimentos supere 25% do movimento do caixa.


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Escrito por Time Out Viagem editors
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