A estada em Miami não é completa sem uma boa noitada. As casas noturnas da cidade oferecem opções para todos os gostos: tanto para notívagos como para quem quer esquecer a idade. Dizem que em Miami a vida noturna tem a mesma importância que cirurgia plástica para Los Angeles: quem ainda não foi está pensando em ir. Um alvará que permite servir bebidas alcoólicas 24 horas por dia transformou o Biscayne Boulevard numa região bem mais atraente para os donos de estabelecimentos noturnos do que South Beach. A badalada ilha ainda é um pólo de celebridades, portanto quem não achar graça em observar Paris Hilton ou o rapper 50 Cent se acabando no champanhe pode optar pela região de Downtown, ainda não invadida pelos exércitos de famosos e de paparazzi. Seja qual for sua escolha, não saia de casa cedo: em Miami, o agito começa depois das 23h.
Casas com Atitude
Não falta animação nas casas noturnas de South Beach, mas há quem reclame de uma tendência à padronização. Um pequeno grupo de bares e casas noturnas originais, porém, tenta imprimir personalidade, o que atrai muita gente. O Setai, com suas diárias de US$1.000, champanhe, bar de frutos do mar e hóspedes famosos, é o mais caro. Além dos “refúgios” instalados dentro de hotéis, alguns restaurantes também funcionam como lounges, como o Prime 112, uma steakhouse no estilo de South Beach freqüentada por mulheres siliconadas em busca de parceiros com contas bancárias generosas; o BED, preferido entre os emergentes; o Social Miami, onde os moderninhos pagam US$27 por uma taça de Lafite Rothschild; e o Nobu , que cobra pelos sushis mais do que muitos ganham num dia de trabalho (mas que conta com uma área onde não se paga nada para simplesmente admirar o ambiente).
Outras opções são o Metro Kitchen & Bar, que promove festas às terças-feiras em que se pode conferir o que as modelos realmente comem; e o famoso restaurante Forge, com um ambiente que parece uma reapresentação da série Dynasty misturado com clipes de Miami Vice. Em Downtown fica o District, que não se destaca pela comida, mas que nas noites de sábado aposta no britpop, e atrai um público que adora a Hello Kitty e os desenhos animados japoneses, entre outras coisas que os diferenciam da multidão.
Permissão para Beber e Taxas de Consumação
Só os maiores de 21 anos podem consumir bebidas alcoólicas na Flórida e, por isso, convém levar sempre algum documento de identidade (mesmo que pareça desnecessário), pois certas casas podem ser radicais. A lei determina que os estabelecimentos noturnos sirvam bebidas alcóolica até as 5h da manhã, mas muitos freqüentadores burlam a lei, permanecendo no lugar até as 8h, quando a bebida volta a ser liberada. A maioria das casas funciona até as 4h ou 5h (e em geral com boa lotação), e quem sai se surpreende ao ver a luz do dia. O aumento das badalações na madrugada mudou a cara de Downtown, já o alvará para vender bebidas alcoólicas 24h estimulou os baladeiros a ficar mais tempo na farra.
O sistema de cobrança varia muito. Mulheres geralmente não pagam para entrar nas casas noturnas, o que não acontece com os homens. Alguns estabelecimentos não cobram consumação mínima, uma facilidade para quem gosta de ir em vários lugares na mesma noite – mas atenção, nesses casos o preços dos drinques costuma compensar a “cortesia”.
Muitas casas trabalham com listas de convidados, mas, ao contrário do que as pessoas acham, a medida nem sempre restringe a entrada. Em geral, o concierge do hotel tem acesso às listas: basta pedir, e seu nome será incluído.
Traje
Na Flórida há tolerância quanto ao modo se de vestir, mas a discrição é fundamental para quem quer freqüentar lugares mais sofisticados, e alguns estabelecimentos barram os que não estão vestidos de acordo. Roupas descontraídas nem sempre são a melhor opção, mas trajes de gala Dior devem ficar para os eventos black-tie. Invista no “quanto mais estranho melhor” (modelo: a vocalista punk Siouxie Sioux) e, se não tiver idéia melhor, aposte no preto. O visual chique depojado também é aceitável, mas alguns lugares não permitem clientes de jeans.
Drogas
Não é preciso dizer que o consumo de drogas é ilegal na Flórida. Depois de algumas experiências negativas no final dos anos 1980 e início dos 1990, muitos clubes de Miami tornaram-se bem rigorosos quando o assunto é droga e contam com a ajuda da polícia para identificar (e prender) quem tenta infringir a lei. Mesmo assim há consumidores, principalmente de ecstasy, cocaína e o medicamento Rohypnol. Em Miami a heroína nunca foi muito associada ao glamour, apesar do ressurgimento clandestino desta droga em algumas casas noturnas. Em hipótese alguma descuide de seu copo de bebida, pois sempre há o risco de alguma substância "cair" estranha dentro dele.
Informação
Discotecas aparecem e desaparecem rapidamente e muitas vezes são fechadas para festas privadas. Antes de sair, confirme a programação divulgada no jornal Miami New Times.
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