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Arte

Vida cultural começa a fazer contrapeso com o excesso de neon.

Por quase um século, ir a Las Vegas para visitar seus atrativos culturais era tão absurdo quanto ir ao Vale da Morte fazer esportes aquáticos. Hoje, a idéia parece menos absurda. Culturalmente falando, Las Vegas pode não ser páreo para Nova York, Chicago ou até mesmo Atlanta. Mas, com os rios de dólares provenientes dos cassinos sendo investidos em melhorias, a cena local ganhou novas atrações e autenticidade. A cidade adquiriu uma espécie de vida cultural que faz contrapeso ao excesso de neon.

Luzes na noite

Ainda é o espetáculo que domina em Vegas, principalmente na Strip. Embora as sorridentes showgirls tenham sido gradualmente aposentadas, em favor de dançarinos preparados que exibem um pouco mais do que penas, os cantores permanecem nos cassinos, assim como os mágicos. Mas todos estão à sombra dos espetáculos de palco de alto orçamento, cada vez mais importados da Broadway. Liderando esse grupo está o Cirque du Soleil.

Fora a franquia do Cirque du Soleil, a cidade se mantém mais como imitadora do que como criadora. Os shows da Broadway e do West End que chegam aqui são ensaiados, testados e cortados para 90 minutos sem intervalo.

Pelas bordas

Fora da Strip, inúmeras pequenas companhias de teatro tentam animar a cena local. Entre elas está a sólida Las Vegas Little Theatre (lvlt.org), um grupo comunitário que se apresenta em vários teatros menores. 

Duas trupes fazem produções infantis. Os shows dos alunos da Las Vegas Academy (lvacademytheatre.org) são uma satisfação inesperada, assim como as produções da Rainbow Company Children’s Theatre (rainbowcompany.info). E se você for até o Red Rock Canyon durante o verão, será recompensado com uma apresentação sob as estrelas do Super Summer Theatre (supersummertheatre.org).

Os museus de Vegas

Mais de uma década depois de abrir, a Bellagio Gallery of Fine Art continua sendo a jóia no leque cultural da Strip. Em vez de manter uma coleção permanente, expõe mostras temporárias por períodos prolongados, com foco no modernismo e no pós-modernismo.

Em 2006, o magnata dos cassinos Steve Wynn fechou a sua Wynn Las Vegas Gallery, um espaço de exposição na mesma linha do Guggenheim-Hermitage e da Bellagio Gallery, devido à decepcionante venda de ingressos. Mas peças importantes da sua coleção, como as de Gauguin, Manet, Matisse e outros, ainda estão penduradas pelo resort. O Thehotel, no Mandalay Bay, também oferece uma impressionante coleção de arte moderna em suas áreas comuns.

Arte no centro

A melhor oportunidade para conferir as artes é na First Friday (ffflv.org), quando uma atmosfera de celebração toma conta dos quarteirões ao sul do encontro do Charleston Boulevard com a Main Street. O projeto de Cindy Funkhouser, dona da Funk House, acontece na primeira sexta-feira do mês, das 18h às 22h, e é essencialmente uma grande festa com tendência artística. Galerias locais e lojas ficam abertas até mais tarde; as ruas são tomadas por artistas, videntes e esculturas de gelo; bandas e DJs tocam em palcos improvisados; e há muita comida e bebida boa na rua.

Escrito por Time Out Viagem editors
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