A melhor forma de conhecer a história colonial de Recife é explorar a pé as ruas de pedra dos bairros de Recife Antigo, Santo Antônio, São José e Boa Vista. Lá estão o casario antigo, as igrejas barrocas, museus e fortalezas construídos pelos colonizadores holandeses e portugueses. Separados por rios, esses bairros se conectam por oito pontes – a mais antiga delas é a Maurício de Nassau, construída em 1644 para ligar os atuais Recife Antigo e Santo Antônio. Um passeio alternativo pode ser feito sobre as águas do Capibaribe a bordo de um catamarã (81 3424 2845). O tour de 1h15 parte do Forte das Cinco Pontas duas vezes por dia e revela boa parte dos atrativos desses bairros. Para se refrescar do calor que faz o ano inteiro em Recife, há, é claro, a agitada praia de Boa Viagem.
CIDADE-IRMÃ: OLINDA / MUSES E CENTROS CULTURAIS / CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS / MELHORES PRAIAS
A antiga capital de Pernambuco, considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, é uma das mais bem preservadas cidades coloniais do Brasil. Fundada em 1535, tem igrejas, casarões, museus e fortes daquela época. Os pontos altos são as igrejas da Misericórdia, do Carmo e do Amparo, o Convento de Santa Tereza, o casario dos Quatro Cantos (encontro de quatro ruas históricas), o Largo do Varadouro, o Mosteiro de São Bento, o Museu de Arte Contemporânea (MAC), os mercados e feiras de artesanato e a Rua do Amparo – onde ficam museus, ateliês, restaurantes e a Casa dos Bonecos Gigantes.
Durante todo o ano, há eventos de música e dança regional e afro-brasileira – como maracatu, frevo, afoxé, coco e cavalo-marinho. Não perca o pôr do sol do alto da Igreja da Sé, de onde se vê, ao fundo, Recife, os rios Capibaribe e Beberibe e o mar.
Fundação Gilberto Freyre Decorada com painéis de azulejos portugueses, foi residência do antropólogo e escritor pernambucano. Hoje abriga uma biblioteca e um museu com objetos pessoais e peças de arte popular. Rua Dois Irmãos 320, Apipucos (81 3441 1733/fgf.org.br). Aberto 2ª-6ª 9h-16h. Entrada R$10.
Instituto Ricardo Brennand O castelo que reproduz elementos arquitetônicos medievais em meio à vegetação tropical foi construído em 2002 pelo colecionador Ricardo Brennand em homenagem a seu tio, que tem o mesmo nome. Lá estão expostas armaduras da Idade Média e cerca de 3 mil armas brancas de várias partes do mundo, além de tapeçaria, peças decorativas, mobiliário, esculturas e pinturas. Alameda Antônio Brennand s/nº, Várzea (81 2121 0352/institutoricardobrennand.org.br). Aberto 3ª-dom. 13h-17h. Entrada R$15.
Oficina Francisco Brennand A área de 15 mil m2 de jardins e galpões já foi um engenho colonial e uma olaria. Depois de 26 anos abandonada, o maior escultor vivo brasileiro a assumiu em 1971 e, desde então, vem construindo nela um universo particular de esculturas cerâmicas de forte carga sexual e mística. Um dos jardins foi projetado por Burle Marx. Propriedade Santos Cosme e Damião s/nº, Várzea (81 3271 2466/brennand.com.br). Aberto 2ª-5ª 8h-16h; 6ª 8h-17h. Entrada R$10.
Capela Dourada Construída entre os anos de 1696 e 1724, é a expressão máxima do barroco em Recife. Seu interior é coberto por molduras e talhas douradas e por telas de pintores anônimos. A construção faz parte do conjunto arquitetônico do Convento Franciscano, tombado pelo Patrimônio Histórico, que inclui ainda a igreja de Santo Antônio (1606) e o Museu de Arte Sacra. Rua do Imperador D. Pedro II s/nº, Santo Antônio (81 3224 0530). Metrô Centro e Sul. Aberto 2ª-6ª 8h-11h30, 14h-17h; sáb. 8h-
11h30.
Forte das Cinco Pontas A última construção holandesa foi erguida em 1630, com cinco pontas, e destruída pelos portugueses, que a reconstruíram em 1677 – com quatro pontas. Há visitas guiadas pela fortaleza e pelo Museu da Cidade. Praça das Cinco Pontas s/nº, São José (81 3232 2812). Metrô Centro e Sul.
Matriz de Santo Antônio Começou a ser erguida em 1752, onde antes havia as trincheiras dos holandeses. A nave única tem um exuberante altar-mor rococó, forro revestido com pinturas do século 19, outros oito altares e duas capelas. Praça da Independência s/nº, Santo Antônio (81 3224 5076). Centro e Sul. Aberto 2ª-6ª 7h/12h, 14h/18h
Pátio de São Pedro A praça rodeada por casas coloniais e pela Catedral de São Pedro é um rico reduto cultural, que abriga o Memorial Chico Science, com vídeos e a discografia do músico-símbolo do manguebeat; o Memorial Luiz Gonzaga, em homenagem ao Rei do Baião; o Museu de Arte Popular, que reúne trabalhos de Mestre Vitalino; e a filial do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). Tem bares e restaurantes. Rua de São Pedro s/nº, Santo Antônio (patiodesaopedro.ceci-br.org). Metrô Centro e Sul.
Recife Antigo Imponentes construções, em meio às ruas de paralelepípedos e pedras portuguesas, formam o principal bairro histórico da capital, que também é um reduto boêmio. Na Rua do Bom Jesus (antiga Rua dos Judeus) fica a primeira sinagoga das Américas, além de galerias de arte e bares. Da Torre Malakoff têm-se boas vistas, e do Marco Zero – praça que beira o estuário do Rio Capibaribe – parte o barco para o Parque das Esculturas de Francisco Brennand. Metrô Centro e Sul.
Rua da Aurora À margem direita do Rio Capibaribe, é um dos principais cartões-postais de Recife, com seus sobrados coloridos do século 19. Em uma das construções fica o Cine São Luiz (nº 225), a mais antiga sala de cinema da capital, e o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam (nº 265), que abriga exposições temporárias de arte contemporânea nacional. Bairro da Boa Vista. Metrô Centro e Sul.
- Boa Viagem (Recife) – Urbana, tem 7 km de areias claras, coqueiros, calçadão, quiosques e um mar de águas verdes pontuado por piscinas naturais.
- Praia dos Carneiros (Tamandaré, 100km ao sul) – Cercada por coqueiros, tem mar quase sem ondas, bancos de areia branca, piscinas naturais de água clara e morna – e é quase deserta.
- Porto de Galinhas (Ipojuca, 60 km ao sul do Recife) – Praias de areia branca, com águas transparentes e mornas, repletas de coqueiros e piscinas naturais. Mantém a beleza mesmo com um grande fluxo de turistas.