Time Out Viagem

Atrações

Dos mouros ao modernismo – e um maravilhoso metrô.

Atualmente, a maioria das pessoas chega a Lisboa de avião, e as rotas aéreas costumam sobrevoar o centro da cidade – do lado direito do avião, vê-se a grande curva do Rio Tejo e sua imensidão, em meio ao labirinto de ruas da área central. Mas, tradicionalmente, os visitantes chegam pela água, em um cruzeiro ou em uma das balsas que viajam pelo Tejo do sul para os terminais Cais do Sodré ou Praça do Comércio.

A maior parte dos trens que chegam do Algarve agora cruzam o rio passando por baixo da Ponte 25 de Abril – comparável em tamanho e design à Ponte Golden Gate de San Francisco. Na ponta sul da 25 de Abril, ergue-se a estátua do Cristo Rei. Se você vier de carro do sul ou do leste, atravessará esta ponte ou a Ponte Vasco da Gama, mais nova e que fica mais a leste.

Independentemente do caminho, há outras entradas magníficas para esta grande cidade européia: cruzando o vasto estuário do Tejo encontra-se o ‘porto pacífico’ – ‘Alis Ubbo’ em fenício, provavelmente a origem do nome de Lisboa. A foz do maior rio da Península Ibérica forma um dos maiores portos naturais do mundo.

Datado do século 18, o coração da cidade – chamado de Baixa – é composto por uma grande praça, a Praça do Comércio, que se abre para o rio. Dali, a cidade atinge as alturas, com suas supostas sete colinas. Da confusão de tetos de terracota, emerge no horizonte um forte melancólico, o Castelo de São Jorge, cercado de igrejas de cúpulas brancas a leste e a oeste – abaixo dele fica o Panteão Nacional/Igreja de Santa Engrácia e, a oeste, a Basílica da Estrela.


Mercado da Ribeira

Avenida 24 de Julho, 1200 - 481 Lisboa, tel. 351 213 462 96. Aberto dom.-qua., 10h-24h; qui.-sáb,. 10h- 2h.
Ponto de visita e badalação obrigatórias para turistas e lisboetas, o Time Out Mercado da Ribeira aposta na inédita alquimia entre expertise editorial e a tradição de um antigo mercado. O resultado é o mais moderno e interessante espaço da cidade voltado à gastronomia, cultura e ao lazer. A construção do século 13, que foi um dos principais mercados de peixe da Europa, tem hoje lá representados os melhores chefs nacionais. São mais de 40 estabelecimentos, entre lojas de comidas, adegas, tabacarias e restaurantes oferecendo desde bolinhos e croquetes caseiros às propostas sofisticadas de chefs renomados da cidade. A preferência por produtos portugueses é uma unanimidade entre as opções do Mercado da Ribeira. No primeiro piso, há ainda um espaço para eventos culturais, venda de ingressos e uma galeria de arte.


Elevador de Santa Justa

Rua do Ouro (21 342 7944). Metrô Baixa-Chiado. Aberto diariamente, 7h-21h. Não aceita cartão
O Elevador de Santa Justa – também chamado de Elevador do Carmo – é um edifício da era industrial e um dos monumentos mais amados de Lisboa, mas só se tornou um patrimônio nacional em 2002. O elevador de 45m foi construído por Raul Mesnier du Ponsard – nascido em Portugal e seguidor de Eiffel – e oficialmente inaugurado em agosto de 1901 para ligar a Rua do Ouro ao Largo do Carmo, que fica acima do centro e onde se encontra a Igreja do Carmo. O viaduto de 15m no topo do elevador, acima da Rua do Carmo, foi reaberto em 2006 após vários anos de obras em edifícios próximos ao metrô. No último andar, subindo uma escada em espiral, encontra-se um café com vista panorâmica. O elevador faz parte do sistema de transporte público da Cia Carris de Ferro; o preço da viagem de ida é equivalente a uma passagem de ônibus, mas, dentro do elevador, estão à venda apenas bilhetes de volta – se você quiser fazer uma única viagem, vale a pena comprar a passagem antes.

Convento do Carmo/Museu Arqueológico

Largo do Carmo (21 346 0473). Metrô Baixa-Chiado/bonde 28. Aberto 2ª a sáb., 10h-17h. Não aceita cartão
As linhas góticas da Igreja de Nossa Senhora do Carmo foram construídas sob o comando de Nuno Álvares Pereira, que auxiliou Dom João I a consolidar o poder da segunda dinastia de Portugal, a chamada Casa de Avis. Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, fundou a igreja e o convento para realizar uma promessa feita antes de uma batalha, e foi inflexível na escolha do local – apesar da proximidade com um precipício e da dificuldade para escavar as fundações permanentes. No terremoto de 1755, o teto da igreja caiu sobre um grupo de fiéis que celebravam o Dia de Todos os Santos, deixando em pé apenas as paredes e alguns suportes da abóbada. Considerada por muitos a igreja mais bonita de Lisboa, ela foi deixada sem teto desde então, e hoje a antiga nave central foi tomada por um gramado. O Museu Arqueológico, um apanhado de objetos de toda a Europa, fica na parte de trás da igreja.

Torre de Belém

Praça da Torre de São Vicente, Belém (Mosteiro 21 362 0034). Trem até Belém do Cais do Sodré/bonde 15/ônibus 723, 729. Aberto out-abr 3ª a dom., 10h-17h. Mai-set 3ª a dom., 10h-18h30. Não aceita cartão
A Torre de Belém foi edificada para guardar a entrada do rio no porto de Lisboa. Construído sob as ordens de Dom Manuel, o Venturoso, tem altos-relevos na pedra lembrando os Descobrimentos, entre os quais estão uma corda retorcida e uma cruz católica. Outras esculturas representam São Vicente, padroeiro de Lisboa, e, embaixo da torre noroeste, um exótico rinoceronte que dizem ter inspirado o desenho de Albrecht Dürer do animal. A torre era originalmente mais distante da beira-mar; agora o acesso é fácil pelo calçadão que leva a um agradável parque.

Mosteiro dos Jerónimos

Praça do Império, Belém (21 362 0034/www.mosteirojeronimos.pt). Trem para Belém do Cais do Sodré/bonde 15/ônibus 28, 714, 727, 751. Aberto out-abr 3ª a dom., 10h-17h (última entrada às 16h30). Mai-set 3ª a dom., 10h-18h (última entrada às 17h30). Entrada igreja grátis. Não aceita cartão.
É uma obra-prima do estilo manuelino, a versão portuguesa do gótico tardio. A construção da igreja e dos claustros para a ordem religiosa hieronimita começou em 1502 sob as ordens de Dom Manuel I, em agradecimento ao favor divino do Descobrimento. O local abrigava, 50 anos antes, uma capela dedicada ao Príncipe Henrique, o Navegador. O mosteiro comemora a potência marítima de Portugal, e o mestre arquiteto Diogo de Boytac foi chamado para realizar a obra. O Mosteiro dos Jerônimos é famoso pela qualidade quase mística de sua iluminação, que incide na nave durante o dia: uma visita para ver o coro faz qualquer cético chegar à redenção. Os belos claustros, projetados por Boytac e concluídos por João de Castilho, geralmente são palco de concertos e outros eventos.

Museu Nacional de Arte Antiga

Rua das Janelas Verdes (21 391 2800/museudearteantiga.pt). Bonde 15, 18, 25. Aberto 3ª, 14h-18h; 4ª a dom.,10h-18h. Cc V.
O maior estatal e situado num palácio do século 17, o Museu Nacional de Arte Antiga é o único lugar que oferece um panorama completo da arte portuguesa do século 12 ao início do 19. A peça de maior destaque é a enigmática obra-prima de Nuno Gonçalves do final do século 15 conhecida como Painéis de São Vicente, apesar de seu tema principal ser ardorosamente discutido; alguns dizem que a figura central é a de Dom Fernando, o Infante Santo que morreu em cativeiro em Fez, em 1443, após anos como refém. A coleção também possui pinturas do Renascimento flamengo (incluindo um tríptico de Hieronymous Bosch), porcelanas chinesas, móveis indianos e esculturas africanas.

Oceanário

Esplanada Dom Carlos I, Doca dos Olivais, Parque das Nações (21 891 7002/6/oceanario.pt). Metrô Oriente. Aberto verão diariamente, 10h-20h (bilheteria fecha às 19h). Inverno diariamente, 10h-19h (bilheteria fecha às 18h). Cc AmEx, MC, V.
O segundo maior aquário do mundo (o maior fica em Osaka, no Japão), o Oceanário de Lisboa foi projetado pelo arquiteto norte-americano Peter Chermayeff. Ao redor do enorme tanque central estão quatro menores que representam os oceanos Antártico, Índico, Pacífico e Atlântico, cada um com uma sala acima representando o respectivo hábitat costeiro. Há pontos para observação em dois níveis, para que o público possa ver como é a vida subaquática de pingüins e lontras. O aquário inteiro exibe espécies exóticas. Muitos dos peixes do tanque principal, como tubarões-martelo e arraias, não seriam encontrados juntos na natureza selvagem, mas sua presença aqui é incrível.

Museu Nacional do Azulejo

Rua da Madre de Deus 4, Madre de Deus (21 810 0340/www.mnazulejo-ipmuseus.pt). Ônibus 39, 718, 742, 794. Aberto verão 3ª, 14-18h; 4ª a dom., 10h-18h (última entrada às 17h30). Inverno 3ª, 14h-18h; 4ª a dom., 10h-12h e 14h-18h (última entrada às 17h30). E Não aceita cartão.
Parada favorita de grupos turísticos, o Museu do Azulejo, situado em um antigo convento, aborda a evolução da arte portuguesa em azulejos a partir do século 15. O próprio prédio é uma maravilha, com um mural que representa a Lisboa pré-terremoto de 1755, um minúsculo claustro manuelino e uma igreja, onde a ornamentação barroca de ouro do altar contrasta com o azul das paredes de azulejos. A loja do museu vende azulejos de maior qualidade.

Castelo de São Jorge

Castelo (21 880 0620/0626). Bonde 12, 28/ônibus 37. Aberto mar-out diariamente, 9h-21h. Nov-fev diariamente, 9h-18h. Câmara Escura 2ª, 4ª a dom., 10h-13h (última entrada às 12h30 & 17h). Olisipônia diariamente, 10h-13h e 14h-17h30 (última entrada às 12h30 & 17h). Cartão de crédito DC, MC, V.
O topo do morro já era fortificado antes da chegada das legiões romanas; nos séculos seguintes, as muralhas do castelo foram reforçadas pelos visigodos e pelos mouros antes de cair nas mãos do primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, em 1147. A estátua do monarca fica em uma praça logo depois do portão principal. Do século 14 ao 16, reis portugueses moraram no Palácio de Alcáçovas, cujos restos hoje fazem parte de um restaurante, de um café e de uma exposição multimídia chamada Olisipônia. A mostra oferece uma visão geral sobre a história da cidade – desde suas origens pré-históricas até os projetos atuais de desenvolvimento –, além de uma seqüência de vídeos que inclui uma simulação do terremoto de 1755. O próprio Castelo passou por numerosas transformações.

Escrito por Time Out Viagem editors
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