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'Bate-volta' oficial dos paulistanos.

95 km de boas estradas (ou apenas 65 km em linha reta) separam a cidade de São Paulo do Guarujá – hoje, quase um litoral anexo à capital do Estado. Praia cativa da elite paulistana nos anos 60 e 70, o glamour deu lugar a um destino de turismo de massa, que agora tenta se recriar como cidade praiana com infra-estrutura de primeira. Ultimamente, Guarujá ganhou empreendimentos hoteleiros de luxo, o valor dos imóveis voltou a subir e restaurantes mais sofisticados têm novamente um lugar ao sol.

Na alta temporada, as areias de Pitangueiras e Enseada – principais praias – são inundadas por um mar de guarda-sóis. Mas, apesar da multidão, essas praias compartilham também algumas virtudes: lá estão os principais restaurantes e bares da cidade, algumas das melhores ondas da região e, separando uma da outra, o Morro do Maluf, onde pescadores se encontram a partir do entardecer. Pitangueiras tem uma parede de prédios em frente à costa e a Enseada, a mais extensa da região, com quase seis quilômetros, um calçadão badalado e ideal para biking e caminhadas.

Porém, mesmo nos feriados e férias escolares, a praia no Guarujá não se resume a infinitos ambulantes entoando o “olha o biscoito salgado e doce” e famílias rechonchudas disputando milímetros na areia. Se a idéia é ter um pouco de sossego, vale dar um pulo na parte norte da costa, entre a Ponta das Andorinhas e a Ponta da Armação. Nesse trecho, passe batido na praia mais próxima à cidade, o Perequê, com águas poluídas, e confira as demais, como São Pedro, Iporanga, dos Pinheiros, do Camburi, Preta e Branca.

Mais próximas ao centro, Pernambuco e a do Éden são boas para dar um mergulho, caminhar e praticar esportes náuticos. Do outro lado, ao sul, praias como Astúrias, do Tombo e Guaiúba têm menos agito que Enseada e Pitangueiras, mas são também bem urbanizadas.

Fora das areias, Guarujá tem programas educativos como o Acqua Mundo, aquário com oito mil espécies, e o Heureka Exploratórium, centro que busca dar à criançada noções básicas de geologia, astronomia, química e física. O passeio à Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, construída no século 16, mistura história, trekking e visuais surpreendentes. E, quando a noite cai, bares e baladas fazem o centro ferver.

É bom lembrar que, por conta das saídas clandestinas de esgoto e outros poluentes, muitas vezes é preciso suspender o mergulho em determinadas praias do Guarujá. Sem histeria ou alarmismo, o ideal para contornar o problema é se informar na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo, a Cetesb (www.cetesb.sp.gov.br), ou na prefeitura do Guarujá (www.guaruja.sp.gov.br) a respeito das condições nas praias. Uma vez na internet, não custa checar o movimento nas estradas a partir do site da Dersa (www.dersa.sp.gov.br), pois, apesar da proximidade a São Paulo, às vezes o trânsito pode alongar em várias horas a viagem.

Escrito por Time Out Viagem editors
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