Time Out Viagem

Arte e lazer

Eventos culturais e esportivos para todos os gostos e idades.

Os holandeses são muito cultos e, em sua capital, abundam lugares conhecidos mundialmente para cada forma de expressão artística. Adicione a isto uma ativa cena underground composta de velhos hippies, livres pensadores e sem-teto, e você terá eventos culturais de todos os níveis pipocando.

O fôlego e a qualidade das experiências artísticas andam juntos com o financiamento do governo central e da cidade, que apóiam, pelo menos em parte, muitos dos festivais locais e das novas construções, como o Muziekgebouw.

Tal realidade também ajuda a conectar o trabalho de diversos grupos e lugares. No caso de Leidseplein, a conexão é real: há um trabalho para ligar o Melkweg ao Stadsschouwburg, com o término da obra previsto para 2009.  


A cena artística

Em Amsterdã não faltam nostálgicos dos anos 1980 e 1990, quando os redutos culturais eram os lugares mais descolados, vanguardistas e divertidos da cidade. Mas, apesar do vazio que surgiu com o esvaziamento de alguns desses lugares no início do novo milênio, a recente política de incentivo parece estar revitalizando o cenário. Enquanto isso, na Holanda como um todo, as artes continuam a florescer.

Não apenas a fotografia (Anton Corbijn, Rineke Dijkstra), os artistas de rua (Ottograph, Laser 3.14), cartunistas (Joost Swarte) e arquitetos (Rem Koolhaas) facilmente se passam por ‘artistas’, mas o trabalho inspirado de John Körmeling e do Atelier van Lieshout, igualmente artístico e estranho, é a perfeita fusão da funcionalidade e da esquisitice com a boa e velha estética. Por outro lado, muitas pessoas que se auto-denominaram artistas no passado agora se proclamam designers – e redirecionam suas habilidades para as agências internacionais de anúncios e design gráfico que, recentemente, se estabeleceram no país.

Comparadas com a produção artística de Paris, Nova York e Londres, as galerias de Amsterdã continuam aventureiras, acolhendo iniciantes. Mesmo a casa de leilões Christie’s tenta apagar sua imagem séria e, para isso, promove algumas mostras de hip art. Há, ainda, um movimento contra tudo o que está muito de acordo com a moda, com muitos artistas fazendo um retorno a um tipo de pintura, desenho e escultura muito popular entre os mais velhos.


A tela de prata

O maior acontecimento dos últimos tempos foi o retorno de Paul Verhoeven, que voltou de sua estada em Hollywood com Black Book, o filme mais caro já filmado na Holanda, cheio de explosões, beldades, nazistas nobres e traiçoeiros soldados da resistência. Seu velho amigo Rutger Hauer também está de volta ao país, dando aulas e emprestando seu formidável talento para produtoras independentes.

Talvez o diretor holandês mais ‘relevante’ da atualidade seja Eddy Terstall, cujos filmes são ambientados no Jordaan – Simon, por exemplo, sua aclamada história de amizade entre um dentista gay e um proprietário de bar de haxixe – e promovem o melhor dos tolerantes valores holandeses.


Teatro & dança

Amsterdã é a casa de muitos coreógrafos e companhias de dança, um fenômeno relativamente novo – também devido ao financiamento público. O Muziektheater é a sede da renomada companhia de balé De Nederlandse Ballet. Companhias menores que fizeram seu nome nos palcos mundiais (e que se apresentam com freqüência na capital) incluem a Dansgroep Krisztina de Châtel e a Het Internationaal Danstheater.

A cidade ainda é servida por uma fantástica cena teatral – o Toneelgroep Amsterdam, de Ivo van der Hove, em Stadsschouwburg, é apenas um de muitos – mas se a língua é uma barreira, o multipropósito e multimedia De Balie merece uma visita, pois sempre se apresenta em muitos idiomas. Como alternativa, o NDSM também faz montagens regulares, peças que transcendem as limitações lingüísticas.

Os festivais Over het IJ e De Parade também valem a atenção, ou – se você prefere eventos ao ar livre – prepare uma cesta de piquenique e vá até o Vondelpark’s Openluchttheater; de novo, se a grandeza apocalíptica é a sua praia, experimente o Robodock Festival. O estreante Amsterdam Fringe Festival coloca companhias alternativas em palcos importantes de grandes teatros da cidade, onde elas escrevem suas próprias regras.


Música erudita

Muitas das maiores orquestras mundiais se apresentam aqui, e são acessíveis a todos – normalmente por um preço um pouco maior que o dos maiores shows de rock e pop, e, às vezes, por bem menos. Graças ao financiamento oficial, você poderá ouvir os clássicos também ao lado dos canais, em parques e até mesmo nas ruas.

Claro, Amsterdã também é o lar de algumas das mais renomadas orquestras do mundo e de alguns solistas. Conduzida pelo maestro Mariss Jansons, a Royal Concertgebouw Orchestra é uma das mais famosas e toca em casa na maioria das semanas da estação cultural; se você tiver a chance, mesmo que seja para um rápido concerto, não deixe escapar.


Vida esportiva

O futebol ainda é o jogo mais sedutor para muitos, com fãs ainda desejando um retorno aos dias de glória das décadas de 1970 e 1980, com Cruijff e Van Basten. Algumas jovens estrelas, como Arjen Robben e Robin van Persie, fizeram seu nome e fortuna internacionalmente, mas ainda falta um estalo para a seleção nacional decolar. E, a cada grande fracasso, o coração holandês fica ferido.

O mesmo vale para o time local, o Ajax, cuja sorte parecia que ia melhorar quando Johan Cruijff foi chamado em 2008 para remodelar a equipe – e saiu depois de uma semana, quando viu que não teria total liberdade. Mas o desejo de ser o melhor está em todo lugar, no hockey, na patinação no gelo, na natação, nos dardos e no ciclismo. Os holandeses conseguem medalhas com bastante freqüência, alcançando o invejado status de estrelas.

Escrito por Time Out Viagem editors
Compartilhe

Comentários dos leitores

blog comments powered by Disqus

Outras notícias recomendadas

Esqui com exclusividade no Chile

Suíte temática do Sofitel Guarujá Jequitimar

7 cidades próximas a SP para curtir a dois