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Compras

Divirta-se nos mercados da cidade.

Forças no mercado / Moda / Design / Ícones culturais / Iguarias / Lojas

Comprar na Holanda pode parecer, à primeira vista, um paradoxo . De um lado, é uma nação moldada pelo calvinismo, que defende a parcimônia e combate os excessos. De outro, é rica (a sétima na lista da União Européia) e foi fundada nas práticas do comércio.Para o visitante – que não precisa se sentir culpado toda vez que gastar dinheiro –, o país oferece uma boa experiência de compras. A ‘falta de excesso’ não significa horríveis hipermercados ou megalojas: o consumismo é ainda uma atividade muito localizada e central.

Fora uma ou duas raras exceções, como o IKEA e o enorme Villa ArenA, uma ‘vila’ de móveis no Duivendrecht, a experiência de compras fora da cidade nunca pegou e talvez nunca pegue – se não por outro motivo, simplesmente porque o requisito de grandes áreas disponíveis não pode ser preenchido neste país superpovoado, pequeno e ‘molhado’. Adicione a isso o fato de os holandeses adorarem ir de loja em loja procurando ofertas, e o negócio de andar entre padarias, vendedores de queijos e peixes parece ter vindo para ficar.


Forças do mercado

O lugar em que você pode ver pessoas em seu estado natural de consumo é, claro, no mercado. Para uma pequena cidade, Amsterdã está bem servida, sendo o mercado um dos poucos lugares em que os grupos étnicos da cidade se encontram e se misturam. O mais famosos é o Albert Cuypmarkt, o mais comprido da Europa, que se estende pelo coração do Pijp: toda a variedade holandesa está aqui, da enguia defumada e doces do Suriname a baldes e vassouras.

A maioria dos bairros tem sua própria versão desse mercado: Oost’s Dappermarkt e Jordaan’s Lindenmarkt são os menos turísticos. Também no Jordaan está o Noordermarkt, que funciona aos sábados, lugar no qual é possível comprar produtos orgânicos entre compradores endinheirados. A mesma multidão volta nas manhãs de segunda para a feira de bugigangas e antiguidades, uma pequena variação (infinitamente superior) da armadilha turística Waterlooplein’s.


Paixão pela moda

Dê uma olhada no holandês médio e verá que a moda não é a prioridade número um por aqui. No entanto, alguns poucos estilistas têm lutado contra essa tendência, e o país pode certamente erguer a cabeça – afinal, já produziu queridinhos como Viktor & Rold, sediados no Museumplein. Algumas marcas holandesas têm tido grande impacto no street wear: Gsus e G-Star Raw. Este último, que trabalha junto com a Fair Wear Foundation contra a produção em condições sub-humanas, fica no De Bijenkorf. Enquanto isso, novas lojas como a Patta Exclusive Sneakers e a estranha Concrete fazem o melhor para manter o street style próximo ao real.

O mapa fashion da cidade é dividido em linhas claras: vá até a PC Hooftstraat para estilistas mais famosos e até a área do Kalverstraat para comércio de rua como o HEMA – que tem inúmeras filiais em Amsterdã – e a Zara, que continua a oferecer moda passageira a preços razoáveis. Uma coisa que falta na cidade são as boas butiques; caminhe pelo Jordaan, pela Nine Streets e Damstraat para encontrar pontas-de-estoque de marcas nacionais e diferenciadas, ou vá até uma das novas lojas da Blue Blood Jeans, que ficam perto dos museus.


Conduzido pelo design

Muito embora o senso de moda não seja o forte do país, em termos de design os holandeses lideram o mundo: pense na Garland Shade, de Tord Boontje, e nas famosas inovações coletivas da Droog Design – expostas nas suas galerias do centro antigo. Há também o novo galpão da Wella Warehouse, cuja missão é apresentar os divertidos produtos dos jovens designers do país. E para se maravilhar com design de todos os tipos, de acessórios de última geração para a casa a jóias pretensiosas, fareje na Utrechtsestraat, Overtoom e Rozengracht.


Ícones culturais

Holandeses são mesmo loucos por leitura. Ratos de livrarias devem ir direto a Spui, que é marcado de um lado pela poderosa loja Waterstone, e por outro pelo American Book Center – ambos gigantes da literatura inglesa. Prazeres da leitura em menor escala podem ser encontrados nas estantes poliglotas do Atheneum, um verdadeiro tesouro de revistas em todas as línguas, bem como na feira de livros usados às sextas-feiras.


Incríveis iguarias

Muito embora os holandeses não sejam famosos pelo bom-gosto culinário (e isso já vem mudando), fazem deliciosos aperitivos, o que significa comida a cada esquina. Você realmente enlouquece entre tantas opções. Vá até o De Kaaskamer e encontrará muitos queijos – mais de 200 tipos, além de especialidades locais.

Para pratos com peixe, compre enguia defumada, arenque ou pequenos camarões do mar do Norte nos estaleiros ao redor da cidade. Vá até o Holtkamp para uma enorme variedade de bolos em um local super bonito, e também para ver como conseguiram transformar um simples croquete em uma iguaria gourmet, apenas adicionando trufas e foie gras.


Sobre as lojas

No geral, as lojas abrem 2ª, das 13h às 18h; de 3ª à 6ª, das 10h às 18h (algumas até 21h às 5ª); e sábado, das 9h às 17h. Amsterdã é a única cidade holandesa na qual as lojas abrem aos domingos, normalmente das 12h às 17h. Lojas menores são mais erráticas. Pagamentos com cartão de crédito não são aceitos em todos os lugares – não se esqueça de sempre ter algum dinheiro.

Escrito por Time Out Viagem editors
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