Time Out Viagem

Museus

Muito mais além de sexo, drogas e rock'n'roll.

Se você está à procura da‘santíssima trindade’ sexo, drogas e rock´n´roll, encontrará em Amsterdã tudo o que precisa sem muito esforço: o que quer que você procure cairá no seu colo. Mas a cidade também está cheia de descobertas mais elevadas, nobres e inteligentes. Apesar de possuir o movimento cultural de uma metrópole, Amsterdã tem um tamanho muito conveniente: a maioria das atrações fica a cerca de meia hora de caminhada umas das outras, e a excelente rede de bondes serve de apoio para aqueles que estão sem muita energia.

Você também pode ir na onda dos nativos e andar de bicicleta ou, melhor ainda, emprestar ou alugar um barco para apreciar a cidade de um dos melhores ângulos: a partir dos canais. No centro da cidade ficam o velho porto de Amsterdã, seus prédios medievais, as luzes vermelhas que caracterizam o distrito comercial central do lugar de negócios mais velho do mundo, as grandes casas de comércio do século XVII, as altas torres das antigas instituições religiosas, os primeiros e mais belos canais e também muitos lugares famosos.

Exceto pelo passeio ao Museumplein, poucos visitantes vão além dos limites da grachtengordel, aquele calmo cinturão de canais que enlaça o centro antigo – e que foi comparado por Albert Camus, em sua novela La chute, aos círculos do inferno. Preste atenção para não cometer uma injustiça: muito embora sejam predominantemente comerciais, o Jordaan e o Pijp.


Museu CoBrA de Arte Moderna

Sandbergplein 1, Amstelveen (547 5050/www.cobra-museum.nl). Bonde 5/Metrô 51/ônibus 170, 171, 172. Aberto 3ª a dom., 11h-17h. Entrada €9,50; €6,50 idosos; €5 6-18 e estudantes; grátis menor de 6.
O grupo CoBrA (acrônimo de Copenhague, Bruxelas e Amsterdã) tentou reinventar radicalmente a linguagem da pintura em 1948, pregando a participação do público, preconizando que todos deveriam fazer arte, independente de sua habilidade ou formação. Artistas como Karel Appel, Eugene Brands e Corneille eram tratados como um pouco mais que excêntricos problemáticos; agora, foram absorvidos pelos cânones. Este museu, no subúrbio de Amstelveen, oferece um ambiente simpático, que percorre o desenvolvimento de um dos mais influentes movimentos artísticos holandeses do século 20.


Rijksmuseum

Jan Luijkenstraat 1 (674 7000/www.rijksmuseum.nl). Bonde 2, 5, 6, 7, 10 e 12. Aberto 2ª a 5ª, sáb. e dom., 9h-18h; 6ª, 9h-20h30. Entrada €10; grátis menor de 19.
Projetado por PJH Cuypers e inaugurado em 1885, o Rijksmuseum preserva a maior coleção de arte e artefatos do país, incluindo o impressionante número de 40 Rembrandts e quatro Vermeers. Contudo, a maioria das milionárias exposições do museu estará fora da vista do público até o verão de 2013, quando o Rijksmuseum passará por uma plástica no valor de €227 milhões. O fechamento é, na verdade, uma espécie de bênção: em vez de uma overdose na vastidão do lugar, os visitantes poderão ver as 400 obras-primas principais na Ala Philips. Algumas partes da coleção estarão também em mostras organizadas por outros museus em toda Holanda. Resumindo: ainda haverá muito da Era Dourada para ver, mas, antes da visita, confirme a programação no excelente site do museu.


Museu de Arte Moderna Stedelijk

Paulus Potterstraat 13 (573 2911/ www.stedelijk.nl). Bonde 2, 3, 5 e 12. Aberto diariamente, 10h-18h. Entrada €9; €4,50 7-16; grátis menor de 7.
Depois de desfrutar de um lar temporário no prédio do Post CS, perto da Centraal Station, o querido Stedelijk finalmente retornará a seu antigo refúgio na Paulus Potterstraat, previsto para reabrir no final de 2009. Enquanto isso, o Stedelijk in de Staat apresentará várias exposições pela cidade durante o ano. Veja no site as informações atualizadas. Onde estiver, o museu tem uma coleção impressionante e variada para mostrar. Destaques anteriores à guerra incluem obras de Cézanne, Picasso, Matisse e Chagall, além de uma coleção de pinturas e desenhos de Malevich. Entre os artistas pós-1945 representados aqui figuram De Kooning, Newman, Ryman, Judd, Stella, Lichtenstein, Warhol, Nauman, Middleton, Dibbets, Kiefer, Polke, Merz e Kounellis.


Museu Van Gogh

Paulus Potterstraat 7 (570 5200/ www.vangoghmuseum.nl). Bonde 2, 3, 5 e 12. Aberto 2ª a 5ª, sáb. e dom., 10h-18h; 6ª, 10h-22h. Entrada €10; €2,50 13-17; grátis menor de 13. Exposições temporárias: preços variam.
Depois de uma reforma grande e impressionante, o prédio do Rietveld, ampliado, continua preservando 200 pinturas e 500 desenhos de Van Gogh, que compõem o acervo permanente do museu, enquanto a nova ala, projetada pelo arquiteto japonês Kisho Kurokawa, costuma receber exposições temporárias focadas nos contemporâneos de Van Gogh e em sua influência sobre outros artistas. Essas mostras reúnem peças do vasto acervo do museu e de coleções privadas. Faça um favor a si mesmo e tente chegar por volta do meio-dia (a partir das 11h) ou no fim da tarde (por volta de 16h30): as filas durante o resto do tempo podem ficar enormes, e a galeria, insuportavelmente lotada. Também vale destacar que nas tardes de 6ª o museu geralmente apresenta conferências, concertos e filmes.


Joods Historisch Museum (Museu Histórico Judaico)

Nieuwe Amstelstraat 1 (531 0310/ www.jhm.nl). Bonde 9, 14/Metrô Waterlooplein. Aberto 2ª a 4ª, 6ª a dom., 11h-17h; 5ª, 11h-21h. Fecha Ano Novo judeu & Yom Kippur. Entrada €7,50; €4,50 estudante, idoso; €3 13-17 anos; grátis menor de 13.
Instalado desde 1987 em quatro sinagogas no antigo bairro judaico, o Museu Histórico Judaico é cheio de peças religiosas, fotografias e pinturas detalhando a rica história dos judeus e do judaísmo na Holanda. Uma reforma recente tornou mais calorosas e intimistas as exposições permanentes, que se concentram em práticas religiosas e culturais dos judeus holandeses. Entre as peças expostas, há a autobiografia pintada da artista judia Charlotte Salomon, tragicamente assassinada em Auschwitz aos 26 anos, que é exibida apenas uma vez ao ano.


Sinagoga Portuguesa

Mr Visserplein 3 (624 5351/visitas guiadas 531 0380/www.esnoga.com). Bonde 9, 14/Metrô Waterlooplein. Aberto jan-mar, nov e dez 2ª a 5ª, dom., 10h-16h; 6ª, 10h-14h. Abr-out 2ª a 6ª e dom., 10h-16h. Fecha Yom Kippur. Entrada €6,50; €5 estudante, idoso; €4 10-17 anos; grátis menor de 10. Não aceita cartão.
A enorme sinagoga do arquiteto Elias Bouwman, uma das maiores do mundo e que teria sido inspirada no Templo de Salomão, foi inaugurada em 1675. É feita de estacas de madeira e cercada de pequenos anexos (escritórios, arquivos, o rabinato e uma das bibliotecas mais antigas do mundo). Uma reforma no final dos anos 1950 restaurou a sinagoga, e a visita é muito interessante.


Bloemenmarkt (Flower Market)

Singel, entre Muntplein & Koningsplein (sem telefone). Bonde 1, 2, 4, 5, 9, 14, 16, 24, 25. Aberto 2ª a sáb., 9h-18h; dom., 11h-17h30. Não aceita cartão.
Esta fascinante mistura de cores é o único mercado de flores flutuante do mundo, com 15 floriculturas e lojas de jardinagem (apesar de, atualmente, muitos venderem também suvenires cafonas), todos permanentemente abrigados em barcaças ao longo da margem sul do Singel. Um bom investimento, já que as plantas e flores geralmente duram bastante.


Nieuwe Kerk (Igreja Nova)

Dam (626 8168/informações gravadas 638 6909/www.nieuwekerk.nl). Bonde 1, 2, 4, 5, 9, 13, 14, 16, 17, 24 e 25. Aberto diariamente, 10h-18h. Entrada preços variam. Não aceita cartão.
A alegre Nieuwe Kerk data de 1408, e o relógio de sol em sua torre foi empregado para ajustar os relógios da cidade até 1890. Em 1645, o prédio foi devastado pelo Grande Incêndio; acredita-se que o púlpito de carvalho ornado e seu fantástico órgão (projetado por Jacob van Campen) tenham sido construídos pouco depois da tragédia. Atrás do túmulo de mármore preto do herói naval Admiral de Ruyter (1607-1676), há um relevo de mármore branco que representa a batalha marítima na qual ele morreu. Poetas naturais de Amsterdã, como PC Hooft e Joost van den Vondel, também estão enterrados aqui.


Oude Kerk

Oudekerksplein 1 (625 8284/www.oudekerk.nl). Bonde 4, 9, 16, 24, 25 e 26. Aberto 2ª a sáb., 11h-17h; dom., 13h-17h. Entrada €5; €4 idosos e estudantes; grátis menor de 12. Não aceita cartão.
Construída originalmente em 1306, como uma capela de madeira, a Oude Kerk é a igreja mais antiga e interessante da cidade. É possível imaginar o caos da missa de domingo durante seus dias de glória, por volta de 1500, quando possuía 38 altares, cada qual com seu próprio padre. Observe bem a fachada gótica e renascentista e os vitrais, dos quais algumas partes remontam aos séculos 16 e 17. A mulher de Rembrandt, Saskia, que morreu em 1642, está enterrada aqui. Se você quiser se chocar, dê uma olhada nos entalhes nos bancos do coro, em que figuram homens evacuando suas vísceras – aparentemente, são parte de um conto moralista. Exposições ocasionais de arte se debruçam sobre uma variedade de temas fascinantes, de arte aborígene contemporânea a fotografias documentando a realidade da vida moderna na África.


Museu Erótico

Oudezijds Achterburgwal 54 (624 7303). Bonde 4, 9, 16, 24 e 25/Metrô Nieuwmarkt. Aberto 2ª a 5ª e dom., 11h-1h; 6ª e sáb., 11h-2h. Entrada €5. Não aceita cartão.
O Museu Erótico está localizado no meio do ‘distrito da luz vermelha’, mas isso não o torna mais autêntico ou interessante. As principais peças expostas são um bizarro vibrador movimentado por uma bicicleta e alguns desenhos eróticos de John Lennon; os amantes de Bettie Page vão gostar das fotos originais da musa S&M expostas ali. Apesar de se esforçar, ele é tão sexy como pode ser um museu.


Anne Frank Huis

Prinsengracht 267 (556 7105/www.annefrank.nl). Bonde 13, 14, 17. Aberto jan-mar, set-dez diariamente, 9h-19h. Abr-jun 2ª a 6ª e dom., 9h-21h; sáb., 9h-22h. Jul, ago diariamente, 9h-22h. Entrada €7,50; €3,50 10-17 anos; grátis menor de 10.
Foi nesta casa à beira do canal, do século 17, que a jovem judia Anne Frank e sua família se esconderam por dois anos durante a Segunda Guerra Mundial, sustentados por amigos que arriscaram tudo para ajudá-los. Em 4 de agosto de 1944, os moradores foram presos e transferidos a campos de concentração, onde Anne, sua irmã Margot e sua mãe morreram. Seu pai, Otto, sobreviveu, e decidiu que o diário de Anne deveria ser publicado. O resto, é história: desde então, dezenas de milhões de cópias foram impressas, em 55 línguas, e a história de Anne tornou-se legendária. Recentemente, o grande castanheiro da propriedade, que Anne descreveu em seu diário, foi infestado por fungos letais e pode ser que não sobreviva muito tempo. Mas, quando ele se for, será substituído por uma muda retirada da árvore original.


Escrito por Time Out Viagem editors
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