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Contexto - Vilnius

Ocupando bem o coração da cidade, o morro Gediminas é marcado por uma torre de tijolos – a única parte que restou do castelo do século 14 construído na fundação da cidade. Um bondinho sobe por uma estrada de ferro sinuosa até o topo, de onde a vista impressiona. Na base, a catedral só foi reaberta em 1990, após ser usada pelos soviéticos como galeria. Sua coroação é a capela e o sarcófago de Santo Casimiro, o santo patrono da Lituânia.

A cidade antiga ao redor é um charmoso quebra-cabeças de prédios barrocos e pátios coloridos, dominada pelos prédios da universidade do século 17. O melhor de todos são as Portas da Autora renascentistas (Ausros Vartu); a linda estrutura quase foi destruída pelos soviéticos que queriam construir a estrada Minsk-Moscow passando exatamente por ali. Acredita-se que o ícone da Virgem Maria, que fica dentro da capela, tem poder de cura. Mesmo com todas as mudanças que ocorreram na última década, é impossível ignorar o passado recente soviético.

O antigo prédio da KGB hoje abriga o Museu do Genocídio (Auku 2a, 249 6264, fecha seg). As celas de tortura, os pátios de execução e as salas interrogatório foram deixadas tal como eram e as visitas são guiadas por antigos prisioneiros. Menos sinistro é o gigante mercado Gariunai (aberto do amanhecer até o almoço, fecha seg), a poucos quilômetros do centro. Resultado imediato do fim do comunismo, esse mercado ao ar livre atrai 50 mil compradores e negociantes todos os dias, numa impressionante corrida capitalista. São carros velhos, roupas falsificadas e máquinas de lavar vietinamitas, ambientadas pelos sucessos musicais russos que tocam nas barracas de alimentos.

Da torre de televisão à distância, as tropas soviéticas mataram 14 civis em 1991, na tentativa frustrada de abafar o movimento de independência da Lituânia. Hoje um pequeno memorial marca esses eventos, enquanto que do restaurante no topo da torre pode-se apreciar a linda vista da cidade. Quem ainda quiser conhecer o lado mais alternativo da cidade, vá ao bairro de Uzupis, a oeste da cidade antiga. O distrito se considera independente e conta com vários cafés, galerias e performances fora do circuito oficial.

• Informações turísticas: Vilniaus 22 (262 9660, www.turizmas.vilnius.lt ).

Escrito por Time Out Viagem editors
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