Time Out Viagem

Vida Noturna

Entre na dança.

Nova York lidera a lista de cidades que ajudaram o desenvolvimento de conceitos inovadores na balada. Começando com antros malucos nos anos 1960, como o Electric Circus, passando por pontos de música pioneira como o Loft e o Paradise Garage, e avançando na conexão arte e vida noturna, com discotecas como Mudd Clube, Jackie 60 e outras – os notívagos da cidade cravaram há tempos a noção de que os clubes são mais do que lugares para se intoxicar, flanar ao redor da pista e levar uma nova amiga ou amigo para casa. Mesmo mais recentemente, em pontos badalados como o Twilo e o Vinyl, sempre houve a sensação de que ir para a balada significa algo de fato – esquecer o mundo lá fora e ir em direção a uma extasiante, até meio religiosa, experiência tribal.

Na última década, esse tipo de balada sumiu de NY. Nos anos 1990, a maioria das casas noturnas existia só para separar os trouxas da elite – e há o suficiente dessas pessoas na cidade para lotar os clubes luxuosos e exclusivos abertos nos últimos anos (na nossa opinião, US$250 ou mais por uma bebida de segunda é um assalto). De fato, a arena da madrugada nova-iorquina até certo ponto sempre teve um pouco a ver com dinheiro. Steve Rubell, dono do Studio 54, por exemplo, tentou enganar fiscais da Receita escondendo sacos de lixo cheios de dinheiro no teto de seu porão. Mas até um mercenário como ele sabia que o 54 era, antes de mais nada, um cenário e, com todos os seus erros – um deles foi ajudar a popularizar a corda seletiva da portaria – gastou muita energia criando e mantendo toda esta cena.

Mas ainda há um exército de nova-iorquinos ansiosos por uma utópica vida noturna, em que diversão e pensamento positivo são regra e tipinhos como Paris Hilton e seus garçons sem camisa não mandam em nada. Nos últimos anos, suurgiram vários lugares novos – entre eles, Sullivan Room, Cielo e Love – com boa música e uma ótima vibração, tentando fazer da vida noturna a simples atividade tribal que pode ser. Essas novas casas somam-se a velhos favoritos como o Club Shelter, o Subtonic Lounge, as festas do Giant Step e as noitadas do Motherfucker, criando um modelo invejado no mundo todo. O difícil é se manter sempre atualizado à paisagem em constante mudança. A seguir, uma lista de bons lugares para começar. Mas confira a programação atualizada de festas em sites como o Rhythmism (www.rhythmism.com) ou assine o Beyond Events para receber as novidades por e-mail (para entrar na lista, escreva para yc_electronic_eventscalendar-subscribe@yahoogroups.com) ou, melhor ainda, pegue seu exemplar da Time Out New York. Note que algumas casas aceitam cartão de crédito e que outras podem exigir consumação mínima.


Love

40 W-8th Street com MacDougal Street (1-212 477 5683). Metrô A, B, C, D, E, F, V até W 4th Street; R, W até 8th Street- NYU (dias de semana). Aberto 4ª a sáb., 22h/4hs; dom., 17h/1h. Entrada US$10-US$15. Bebidas US$6
A Love é uma anomalia: seu foco é na música (variações de deep-house) e em criar uma cena própria. Não é um conceito revolucionário, mas no mundo de hoje, com casas noturnas correndo atrás de grana fácil, isso ajuda a Love a se destacar bem. O espaço central é uma caixa nua, quase sem mobília, mas a linha de DJs é impressionante – nomes no nível de Kenny ‘Dope’ Gonzales, Joe Claussell, do Body & Soul, e Metro Area já abençoaram as picapes daqui – e o sistema de som é um dos melhores da cidade.


Cielo

18 Little W 12th Street entre Ninth Avenue e Washington Street (1-212 645 5700/www.cieloclub.com). Metrô A, C, E até 14th Street; L até 8th Avenue. Aberto diariamente, 22h/4h. Entrada US$5-US$20. Bebidas US$10

Não dá para imaginar pelo tapete vermelho e o segurança de tipo europeu cuidando da porta que a postura lá dentro é zero. Pelo menos durante a semana. O lugarzinho é maravilhoso – com décor que mistura cabana urbana com pousada de esqui, uma pista rebaixada que dá um toque diferente e um dos sistemas de som mais cristalinos de Nova York (nos fins-de-semana, porém, o assunto é outro, com mesas reservadas para quem se dispõe a deixar uma grana por garrafas de bebida ruim). A discoteca exibe os melhores DJs do house mundial, de Louie Vega, da dupla Masters at Work, ao superstar do drum ’n’ bass Roni Size, que mostram seu trabalho aqui; todo domingo, o Cielo convida o divino DJ François K e a sessão Deep Space de dub-heavy. Em três anos desde a inauguração, o Cielo já ganhou vários prêmios de melhor casa noturna – e merece cada um deles.


Cooper-Hewitt Summer Sessions:

Design + DJs + Dancing Cooper-Hewitt, National Design Museum. Data jul-ago 6ª, 18h/21h. Entrada US$10 (com entrada no museu). Bebidas US$8
Nos meses mais quentes do ano, o primeiro museu de design de Nova York abriga happy-hours que não são qualquer festinha. DJs variando dos funksters locais a ídolos internacionais fazem multidões dançarem a todo tipo de batida underground. E, mesmo assim, a vibração é mais sossegada que a similar PS 1 Warm Up.

Escrito por Time Out Viagem editors
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