Time Out Viagem

Contexto

Vá para sentir o gosto da velha Espanha, antes que o turismo de massa chegue por lá.

O Rio Segura, que corta a cidade, hoje não passa de um filete de água, mas foi uma rota comercial tão importante que os mouros resolveram construir, no século 9º, uma cidade às margens do rio, onde poderiam “sentir-se em casa” – ou, em mouro, “Mursiya”.

Irrigaram a terra árida com técnicas sofisticadas para produzir um vale fértil de pomares e vinhas e, até hoje, Múrcia é conhecida como la huerta de Europa (a horta da Europa).

Para descobrir porque as tapas são tão boas, siga os moradores até o grande mercado Verónicas (Plaza Verônicas) e delicie-se com o festival de colheita de melões, azeitonas e uma variedade de tomates que você nunca imaginou que existisse. A época áurea de Múrcia foi no século 18, quando a maior parte da cidade foi reconstruída no estilo rebuscado barroco daquele tempo.

A maioria dos pontos de interesse da cidade pode ser visitada a pé, ao norte do rio Segura, inclusive a Catedral de Santa Maria (Plaza de la Cruz 2, 968 216 344), com um dos mais altos campanários da Espanha e uma fachada oeste cheia de querubins, medalhões e balustradas.

Ali perto, a igreja de San Juan de Dios (C/Eulogio Soriano s/n, 968 214 541, fecha seg) é uma obra de arte barroca com térreo oval no estilo Italianate, pinturas trompe l’oeil, adornadas esculturas de Salzillo.

Um dos mais celebrados escultores espanhóis, Francisco Slazillo, nasceu e cresceu em Múrcia no século 18 e seu museu (Plaza de San Agustín 3, 968 291 893, www.museosalzillo.es, fecha dom a tarde e seg) tem centenas de entalhes na madeira pintados em tamanho real, que seguem em desfile pela cidade durante a famosa e extravagante procissão na Páscoa.

As duas ruas principais de Múrcia são as medievais C/Platería e C/Trapería, cujos nomes indicam sua importância nos prósperos comércios de prata e tecidos do passado. Em ambas há lojas, restaurantes e quiosques de sorvete, e na C/Trapería fica o impressionante Casino do século 19 (nº 18, 968 215 399, www.casinomurcia.com).

Construído para ser um clube masculino, e não tanto um lugar de jogos, o cassino tem uma miscelânia de pátios nos estilos mouro e pompeiano, salas femininas neobarrocas, biblioteca inglesa e um salão de festas à la Louis 15 francês. Para leste, o Museu de Belas Artes (C/Obispo Frutos 12, 968 239 346, www.museosdemurcia.com, fecha seg) tem obras de Ribera, Socolla e Picasso.

• Informações turísticas: Plaza Cardenal Belluga (968 358 749, www.murciaciudad.com)

Escrito por Time Out Viagem editors
Compartilhe

Comentários dos leitores

blog comments powered by Disqus

Outras notícias recomendadas

Esqui com exclusividade no Chile

Suíte temática do Sofitel Guarujá Jequitimar

7 cidades próximas a SP para curtir a dois