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Contexto

Clima de montanha, mas sem o agito (e os preços) de Campos de Jordão.

A 160 km de São Paulo, no município de Camanducaia, Monte Verde é um dos destinos mais procurados do sul de Minas Gerais. Nos meses de junho e julho, além da invasão de visitantes, a cidade montanhosa registra temperaturas baixas, muitas vezes negativas, e geadas. Ao friozinho, soma-se a cultura européia introduzida por seus fundadores e encontrada até hoje em restaurantes e lojas do lugar.

O tour geralmente começa pelo centro comercial da cidade, a “avenida” Monte Verde, nome da rua principal e única asfaltada. Lá estão concentradas lojas de chocolate, queijos, objetos de decoração e malharias, além de boa parte dos restaurantes e bares de Monte Verde. À noite, a avenida é o único endereço um pouco mais agitado da cidade.

É que Monte Verde não é lugar de badalação forte. Seu grande atrativo é mesmo a natureza. Programa predileto dos mais esportistas, as trilhas da região levam a visuais inacreditáveis e vale a pena reservar um tempinho para explorar os caminhos. Um dos mais acessíveis é o trajeto até o topo da Pedra Redonda, a 1.990 metros de altitude, que dura quase 40 minutos e pode ser feito sem auxílio de guias. Se sobrar fôlego, dá para emendar um passeio até Pedra Partida, Chapéu do Bispo ou Pico do Selado, montanhas de onde se tem as melhores paisagens da região. Cavalgada, arvorismo, escalada, off-road com quadriciclo e bike, rafting e vôo panorâmico de monomotor podem dar uma injeção a mais de adrenalina no roteiro.

Quanto aos prazeres da mesa, vale lembrar que Monte Verde não é lugar de dieta. A comilança começa nos fartos cafés da manhã nas pousadas e segue pelas numerosas lojinhas de chocolates e doces da cidade. Restaurantes charmosos ajudam a dinamitar o regime, com destaque para pratos que casam bem com o frio, como sopas e fondue, e para a culinária tradicional de Minas Gerais. Almoço, só depois das 14h, antes disso os lugares costumam ficar vazios.

As pequenas e simples lojinhas de queijos, chocolates e vinhos da Avenida Monte Verde são o paraíso dos presentes da cidade e é praticamente impossível ir embora sem levar alguma lembrancinha. Os vendedores são atenciosos e dá para degustar os produtos.

A história de Monte Verde tem início com um casal de imigrantes da Letônia, que arrematou terras na região ainda no final da década de 30. Foi o sobrenome do casal, “Grinberg”, que traduzido do letão para Monte Verde, batizou o lugar. Hoje, Monte Verde não é oficialmente uma cidade, mas um distrito do município de Camanducaia. De São Paulo, o acesso é feito pela Fernão Dias até a cidade de Camanducaia e, então, é preciso seguir por uma estradinha de terra razoável.

Escrito por Time Out Viagem editors
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