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Praias com piscinas naturais e recifes de corais, numa das maiores capitais nordestinas.

Capital alagoana e uma das principais metrópoles nordestinas (900 mil habitantes), Maceió tem praias com o conforto de quiosques, orlas e ciclovias, em meio à beleza de piscinas naturais e recifes de corais. Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara, as três mais freqüentadas, dão aos visitantes o privilégio de intercalar um banho nas represas de água salgada com uma porção caprichada de mussulim, o marisco típico da região. Ou então, embarcar numa jangada e ver o degrade do azul clarinho até o verde escuro, nos 40 km de costa da capital. Opções – urbanas ou naturebas – não faltam.

A temperatura média de 28ºC (as manhãs de verão começam a partir dos 30ºC) transforma praias em potentes ímãs de turistas, mas vale reservar um tempo extra à cultura local. O centro histórico de Alagoas (estabelecido no auge da produção de cana e fumo, nos séculos 17, 18 e 19) e o bairro portuário do Jaraguá, concentram as principais igrejas e construções antigas da cidade. Preste atenção na Catedral Metropolitana, da metade do século 19, e na Igreja de Nossa Senhora do Livramento, onde uma imagem da Imaculada Conceição costuma arrancar suspiros. A Igreja do Bom Jesus do Martírio, que começou como uma modesta capela, ainda preserva azulejos portugueses raros. Os melhores museus da capital também estão por ali, como o Théo Brandão, em homenagem ao folclorista Theotônio Brandão Vilela, o de Arte Brasileira, no Conjunto Arquitetônico do Jaraguá, e o Pierre Chalita, com pinturas e gravuras modernas de artistas como Tarsila do Amaral e o próprio Chalita.

A rica cultura alagoana também é encontrada nos vários restaurantes de Maceió, principalmente no bairro de Jatiúca. O destaque inevitável são os frutos do mar – os caranguejos locais parecem até sofrer de gigantismo. O peculiar caldo de sururu, molusco encontrado nos mangues da região, é a dica para esquentar a noite de todas as formas possíveis (dizem os nativos que o prato tem efeitos afrodisíacos incontroláveis).

Mas não é preciso muitos dias de viagem para conhecer (e saturar) os programas da capital. Por isso, uma boa é sair de Maceió rumo aos vários destinos paradisíacos da costa alagoana. A matemática do lugar explica: são 230 km de litoral, 146 piscinas naturais de águas transparentes e 58 lagoas quase intocadas. Sem contar falésias, manguezais, coqueirais e montes de areia colorida. A partir da AL-101, rodovia razoável que margeia a costa, acessa-se o litoral sul e norte do Estado. As praias de Japaratinga e Maragogi, quase na divisa com Pernambuco, são as mais procuradas.

Sempre é bom lembrar alguns detalhes para o bem dos ecossistemas alagoanos. Corais são organismos vivos, com partes duras e moles, portanto não pise neles. Há vários ouriços nas praias – tome cuidado, mas não os arranque de seu habitat. Como lembrança da viagem, prefira fotos à estrelas do mar, conchas e pedras. E não contribua com atividades predatórias comprando peças com partes de corais ou couro de animais em extinção, nas feirinhas de Maceió e arredores. Cuidados tomados, é só curtir a beleza privilegiada de Alagoas.

Escrito por Time Out Viagem editors
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