Time Out Viagem

Contexto

A cidade antiga já resgatou seu estado de glória.

Bonita e atrasada. É isso que vem à mente quando se conhece Gdansk, suas ruas de pedras e seus museus empoeirados. Mas, como provam os livros de história, a cidade pode ser tudo no contexto mundial, menos inexpressiva.

A Península de Westerplatte foi palco da Segunda Guerra Mundial. Chega-se lá de balsa, partindo do cais da cidade antiga. Hoje, um monumento monstruoso e algumas marcas são prova da heróica resistência durante seis dias, contra a máquina de guerra dos nazistas. Deixada para trás pelo Exército Vermelho em 1945 como um amontoado de tijolos em chama, a cidade antiga foi cuidadosamente restaurada, resgatando o seu antigo estado de glória.

A antiga rota dos reis, a Ulica Dluga, mantém ainda hoje as casas burguesas coloridas, muitas delas com afrescos elaborados. Passando pela Fonte Neptune e pela prefeitura, a Dluga termina no mar, onde ainda existe o mercado antigo de Gdansk. No Museu Marítimo (Ulica Olowianki 9/13, 301 86 11, www.cmm.pl, fecha seg), o gigante guindaste medieval era antigamente a maior peça de equipamento naval no mundo.

Do outro lado do rio, mais de 300 celeiros ocupavam as margens do rio Motlawa, motivo pelo qual Gdansk era chamada de “o celeiro da Europa”. Reverenciados durante a ocupação soviética em 1945, os depósitos são hoje uma propriedade abandonada longe dos olhos do público. O subúrbio de Oliwa abriga a grande catedral, mais conhecida por seu órgão do século 18, maravilhosamente ornamentado.

De volta ao centro da cidade, a St Mary é a maior igreja de tijolos do mundo, com capacidade para abrigar 25 mil pessoas (Ulica Podkramarska 5, 301 3982). Suba seus 405 degraus e será recompensado com a inacreditável vista panorâmica do campanário da igreja, a 78 metros de altura. Logo abaixo, a Ulica Mariacka, com seus cafés com terraço, suas bancas de jóias e suas lojas de âmbar (a região é a maior produtora) – é a rua mais bonita de Gdansk.

Apesar de tudo isso, para olhos ocidentais, o mais familiar são os estaleiros de Gdansk. Foi aqui que nasceu o Sindicato Solidariedade. E daqui Lech Walesa liderou os desiludidos trabalhadores das docas nos protestos contra os comunistas, em 1980. A exposição ‘Roads to Freedom’ – Caminhos para a Liberdade (Ulica Doki 1, 769 2920, fecha seg) lembra a luta por meio de uma série impressionante de situações interativas e é considerado, se dúvida, um dos melhores museus do país.

• Informações turísticas: Ulica Powroznicza 19/2 (306 38 65, www.roppttk.pl).

Escrito por Time Out Viagem editors
Compartilhe

Comentários dos leitores

blog comments powered by Disqus

Outras notícias recomendadas

Esqui com exclusividade no Chile

Suíte temática do Sofitel Guarujá Jequitimar

7 cidades próximas a SP para curtir a dois