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Contexto

Narizes menos empinados e preços bem mais camaradas.

A 160 km do Rio, entre Arraial do Cabo e Búzios, Cabo Frio é a maior praia da Região dos Lagos, litoral norte fluminense. No centro, a praia é bem urbanizada, com uma fileira de prédios costeando os 7,5 km de orla. Destino cativo de parte da classe média carioca, o sol é forte na cidade o ano todo e, durante a alta temporada, quando uma enxurrada de visitantes se soma aos quase 130 mil cabo-frienses, as ruas do centro ficam apinhadas de gente.

Na região, há seis praias principais. Bem comercial, com calçadão e espaços públicos para praticar esporte, a do Forte é a mais agitada – conhecida também como “a Ipanema de Cabo Frio”. Logo em seguida, ao sul, está a praia das Dunas, opção mais tranqüila, com montes de areia fina branca e mar adorado por surfistas. Também boa para surfe é a Praia do Foguete; tem pouco comércio e é pontuada com uma pequena ilha (a Ilha do Pontal) em seu extremo. Ao norte, a Brava é mais reclusa, protegida por rochas e pela vegetação densa e bem preservada. Esse espírito privé até rendeu-lhe um público fiel: os naturistas. Ainda mais acima, a miúda Praia das Conchas tem formato de ferradura com vista parcial de Ilha Comprida. Por ali, alguns banhistas se animam a conferir a fauna marinha fazendo snorkel. Depois das Conchas vem a praia do Peró, com orla e quiosques no centro e ondas fortes.

Fora as praias, Cabo Frio tem história para contar. Sétima cidade mais antiga do Brasil, na região há diversos sambaquis (espécies de sítios arqueológicos), alguns com quase seis mil anos de idade. O maior deles fica no Morro do Índio, onde se encontram também trilhas abertas há séculos por comunidades nativas. Próximo ao morro está o Forte de São Mateus, cartão-postal de Cabo Frio, construído em 1620 para vigiar embarcações na costa e coibir o tráfico de pau-brasil. Não deixe de visitar o bairro da Passagem, principalmente a praça que fica no coração do Largo de São Benedito, rodeada por casarões antigos e, hoje, com barzinhos e restaurantes convidativos. Lá, ainda está a Igreja de São Benedito, construída para servir de templo religioso a escravos no século 18. Para arte sacra, o Museu de Arte Religiosa e Tradicional, situado no conjunto Nossa Senhora dos Anjos, tem expostas peças do século 17. O projeto arquitetônico do lugar, que inclui uma igreja e um convento, é anterior ao estilo barroco.

Praia, história e – por que não? – algumas comprinhas. Cabo Frio tem programas para todos os gostos e, se a idéia for gastar, a Rua dos Biquínis é uma espécie de shopping praiano ao ar-livre, onde estão concentradas centenas de lojas com moda de verão. Na hora de comer, a cidade oferece uma boa variedade de opções, com destaque inevitável a peixes e frutos do mar.

O acesso à Cabo Frio não é dos mais difíceis. Do Rio de Janeiro, cruze a ponte Rio-Niterói e, seguindo as placas, tome a BR-101 e depois a Via Lagos.

Escrito por Time Out Viagem editors
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