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Contexto

Praias de todos os tipo e interior rico em história.

Talvez a região seja mais conhecida entre os ingleses por causa da comida ‘fish-and-chip’ (peixe com batata) do resort de Albufeira, mas o Algarve oferece uma imensa gama de opções de férias. A maioria dos visitantes vai para a região entre Lagos, a oeste, e a capital regional, Faro. Ao longo do litoral entre essas cidades há resorts de todos os tipos e tamanhos, disputando o acesso às praias intermináveis.

Normalmente protegidas por penhascos, são banhadas pelas águas do Atlântico, que geralmente são mornas graças à sua face sul. A paisagem é ainda mais bonita quando se vai mais para oeste, perto de Sagres (a ponta mais a sudoeste da Europa) e segue-se na direção da costa oeste - embora as correntes aqui sejam mais frias.

A leste de Faro, em direção à antiga cidade de Tavira, há praias não tão bonitas quanto as enseadas do oeste do Algarve, mas normalmente não estão tão lotadas. No interior fica a Serra de Monchique, com seus vilarejos isolados e spas termais, enquanto que a nordeste fica a região mais aberta ao longo do vale de Guadiana, formando a fronteira com a Espanha.

É no interior que você vai encontrar o que há de mais interessante sobre a história da região. Os mouros permaneceram aqui mais tempo do que nas outras partes de Portugal.

Mas embora haja heranças bem visíveis – como o castelo em Silves – sua influência pode ser notada em outras áreas, como a culinária com seus doces tradicionais, a arquitetura, com o formato das chaminés. Foi na década de 1970 que começou outra invasão, bem diferente desta outra: a do turismo. Os ingleses deixaram finalmente para trás a dívida com os europeus do continente.

História local

As montanhas ao norte que separam o Algarve do resto de Portugal mostram que a influência veio direto da Espanha (ou da África): os fenícios pararam por aqui no seu caminho para fundar Lisboa, os romanos trouxeram o vinho , o trigo e a cristandade, mas foi a longa estadia dos mouros que realmente marcou a região.

Seu nome deriva do árabe al-Gharb, ou ‘o oeste’: neste caso, a oeste da Andaluzia islâmica. Depois da Reconquista Cristã do século 13, a região teve um papel fundamental na era dourada de Portugal, no século 15: muitos dos que embarcaram nas caravelas que seguiram pelo Cabo da Boa Esperança em direção às Índias eram do Algarve.

Assim como Lisboa, a região foi sacudida pelo terremoto de 1755. Recuperou-se lentamente, permanecendo uma província rural até ser transformada pelo turismo

Política local

Enquanto o turismo causa algumas controvérsias, é evidente que as libras e euros que entram na região turbinam a economia local. Alguns se queixam do impacto na sociedade e no meio-ambiente, alegando que a região está sendo estragada.

Mas a maioria dos habitantes locais está satisfeita com a transformação da região, antes suja e pobre, em uma moderna sociedade de consumo. São receptivos e têm um certo charme, fruto da sua hospitalidade despretensiosa.

Escrito por Time Out Viagem editors
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