A lendária Tanger, cidade internacional da literatura e da falta de regras, já não existe mais – assim como seus antigos moradores Paul Bowles e William Burroughs. Mas a cidade no estreito continua sendo uma encruzilhada – é porta de passagem dos turistas europeus para a África. Além disso, os fãs de cidades portuárias vão adorar.

A medina e os kasbah são maravilhosos e há antigos hotéis fantásticos, cafés no topo dos penhascos e boates suspeitas. Mas a praia é lotada e suja, há falcatruas como em nenhum outro lugar do Marrocos e aqui se tem um sentimento forte de melancolia, como se tudo o que devesse acontecer já tivesse acontecido há muito tempo.

Mesmo assim, esse lado maltrapilho tem o seu apelo, e o lugar tem um clima espanhol e mediterrâneo que contrasta com as cidades afrancesadas do interior e da costa Atlântica. O Old American Legation Museum, no antigo bairro judeu, é o único marco histórico que os Estados Unidos têm em território estrangeiro e é tanto um centro cultural como de exposições.

Já o Musée d’Art Contemporain tem uma coleção de pinturas marroquinas modernas. O pitoresco balneário de Asilah, na costa do Atlântico, é uma boa opção para passar o dia ou para quem quer um destino alternativo.