A culinária, linguagem e cultura de Perpignan são recheadas de tradições regionais que invadem a fronteira espanhola. Isso se mistura à cultura e nacionalidade francesas (é parte da França desde 1659), às palmeiras e à população significativa de norte-africanos e ciganos e dá origem a uma cidade com características únicas.

Mas apesar das ligações catalãs, Perpignan ainda esbanja esplendor gaulês – os prédios do Hôtel de Ville e da Dame de France são bons exemplos. Embora não seja uma cidade-museu, há bonitos castelos e igrejas. O mais imponente prédio é o imenso Palais des Rois de Majorque, o mais antigo palácio real da França. O Musée Hyacinthe Rigaud tem obras de Picasso, Tàpies e Miró. Importante defensor da sua herança cultural, o espírito de Salvador Dalí tem grande presença em Perpignan. Uma vez o artista declarou que a estação era o centro do universo, e a praça na frente dela leva seu nome.

A influência catalã é obviamente sentida também na culinária – muitos aïoli e anchovas, presunto e salsicha do interior e muitos frutos do mar do Mediterrâneo. Perto de Perpignan, o bonito porto pesqueiro de Collioure foi a casa de Matisse. São ótimos para caminhar e fazer passeios no lombo de mula; a antiga cidade murada de Villefranche de Conflent é um ponto de parada maravilhoso. A Pirineus Côte Vermeille – com vilas mediterrâneas em toda a costa, até a fronteira com a Espanha – fica a uma hora dali de trem.