A maior cidade de Creta não ganharia o primeiro lugar no quesito beleza. É barulhenta e caótica; sua arquitetura é uma miscelânea de estilos que competem entre si. Mas Heraklion tem seu charme, restaurantes deliciosos e mais de uma dúzia de lugares históricos que compensam a visita.

A fortaleza veneziana do porto, seus estaleiros arqueados, além de 4 km de muralhas atestam os 460 anos de dominação dos venezianos, que abandonaram a região somente em 1669 após 22 anos de cerco turco. Estes ficaram no comando até 1898. O Museu Histórico, à beira-mar, tem exposições bizantinas das eras otomanas, assim como explicações sobre a Batalha de Creta.

Claro que a fase mais próspera de Creta foi a primeira, a minóica, e os achados expostos no Museu Arqueológico – ouro, cerâmica, afrescos do neolítico ao românico – são incomparáveis. (Programado para reabrir em 2007.) O coração de Heraklion pulsa mais rápido ao redor do Mercado de Rua, rodeado por três fontes venezianas.

Perto da fonte Morisini (Leão) do século 17 está a Basílica de San Marco/Galeira Municipal, o Loggia Veneziano/Câmara Municipal, o Ágios Titos, que os turcos converteram em mesquita, butiques chiques e barracas com seus deliciosos produtos locais. Acima do New Gate, onde acontecem os concertos de verão, está o bastião Martinengo, onde fica a tumba do escritor Nikos Kazantzakis. O palácio minóico de Knossos fica 5 quilômetros ao sul de Heraklion.