É justo que Granada seja famosa por sua deslumbrante Alhambra, a cidade murada no topo da montanha e último enclave dos mouros antes de serem expulsos em 1492. É um milagre que ainda esteja em pé: Napoleão quase explodiu tudo em 1812. Seu encantador centro histórico, ótimas opções de bares e restaurantes, animada vida noturna, boas lojas e a localização entre dois rios, aos pés da incrível Sierra Nevada, conspiram para fazer de Granada uma das cidades mais ricas da Espanha.
Algumas partes da Alhambra foram de fato destruídas pelos franceses, mas a porção mais importante - os palácios Nazarí onde reinavam os emires - foi preservada. Os exemplos preciosos da arquitetura moura e as representações da arte árabe são mais importantes do que os estuques e ladrilhos que adornam todas as paredes dos pátios e dos recintos arejados do palácio.
A Alhambra é o monumento espanhol mais visitado de todos, com mais de 2 milhões de turistas por ano. Por isso, a entrada do público é rigidamente controlada. Compre o ingresso com antecedência (902 224 460 dentro da Espanha Spain ou 915 379 178 da Inglaterra, www.alhambratickets.com; www.alhambra-patronato.es), ou terá de enfrentar a fila para no fim se dar conta de que não há ingressos sobrando. Eles são emitidos para permitir a entrada dos grupos somente a cada 30 minutos.
Do topo da montanha pode-se avistar o morro mais baixo, ao norte, onde está a cidade antiga, também conhecida como Albaicín. É um labirinto de ruas de pedra e casas brancas, algumas do século 16 ou até anteriores a isso. Suba até o Mirador (mirante) de San Nicolas para se ter a famosa vista da Alhambra com a Serra Nevada de fundo.
Aos pés da Albaicín, um conjunto de ruelas (principalmente a C/Calderería Nueva) sente a presença da genuína mesquita do norte da África. Atrás de Albaicín está a montanha Sacromonte.
No século 16, os gitanos (ciganos) pobres assaltavam quem passava por ali. Algumas das casas feitas nas montanhas (cavernas) ainda são habitadas, em condições bastante aprimoradas. Há mais informações no Centro de Interpretación del Sacromonte (Barranco de los Negros s/n, 958 215 120).
Os cristãos deixaram a sua marca na cidade desde a Reconquista. A catedral no coração da cidade, metade renascentista, metade barroca (C/Gran Vía 5, 958 222 959) é uma das maiores do mundo; imediatamente ao lado está a Capela Real (C/Oficios, 958 227 848, www.capillarealgranada.com ), onde Fernando e Isabel, os reis católicos que reconquistaram Granada, estão enterrados. De tão dourados, os altares em ambos os prédios nos deixam quase sem visão.
Informações turísticas: Plaza Mariana Pineda 10 (958 247 128, www.turismodegranada.org).
