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Hippies, aventureiros, baladeiros, exotéricos, todas as tribos.

Hippies se mandam para lá atrás da energia do paralelo 14, o mesmo que corta Machu Picchu. Esportistas vão por causa de trilhas como a dos Saltos e Cânions. Baladeiros, em busca das raves e festivais de música eletrônica. Como não tem onda no cerrado, os surfistas vão para lá para encontrar o resto da galera. Morô? E mais, quem quer brincar de astronauta, vai em busca das formações rochosas do Vale da Lua, esculpidas ao longo de milhões de anos pelo Rio São Miguel.

Situado na porção norte do Estado de Goiás, a 230 km de Brasília, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – Patrimônio Mundial Natural pela Unesco – engloba uma área de 650 mil quilômetros quadrados, entre paisagens de serrado, canyons, chapadões, rios da bacia hidrográfica do Tocantins e cachoeiras. Contracenam com o visual privilegiado, lobos-guará, emas, onças, macacos, lagartos e veados.

Ainda que (muito) bem preservada, a natureza por ali está longe de ser intocada. Anualmente, uma boa leva de eco-turistas, de todas as idades e regiões, se aventura com trekking, biking, arvorismo, escalada, rappel e rafting nos cenários paradisíacos da Chapada. A maior parte dos visitantes (e da infra-estrutura da região) se concentra nas principais vilas, em Alto Paraíso, na porta de entrada oficial do Parque Nacional e em São Jorge.

Se o tempo for curto, priorize o Vale da Lua, a 30 km de Alto Paraíso. O lugar ganhou esse epíteto graças às suas formações rochosas de aspecto lunar, esculpidas ao longo de milhões de anos pelo Rio São Miguel. Depois de brincar de Neil Armstrong, vale dar um mergulho nas piscinas naturais dentro das crateras.

Se o tempo não for curto, considere dedicar um dia exclusivo para cada uma das duas trilhas do Parque Nacional, a dos Saltos e a dos Cânions. A primeira é permeada por cristais no chão, espalhados pela própria natureza. Seguindo rumo ao mirante (quase 1h30), chega-se a uma vista panorâmica de onde se vê a Salto 2, cachoeira com nada menos que 120 metros de altura. O show é grande, mas não se dê por vencido. Continue até a outra cachoeira, a Salto 1, de 80 metros, onde o mergulho nas águas geladas recarrega baterias. Ainda na trilha dos Saltos, durante a época seca (maio a setembro), quem entra nas corredeiras do Rio Preto ganha uma sessão de hidromassagem natural, feita com a força das águas.

A outra trilha, a dos Cânions, margeia também parte do Rio Preto e tem quase 10 quilômetros de extensão. Um de seus maiores destaques é a Cachoeira dos Cariocas, queda com 18 metros de altura. É bom lembrar que, durante a época de chuvas (outubro a abril), apenas o trecho do segundo Cânion da trilha fica aberto para visitação.

Para os mais místicos, a visita à Chapada é motivada pela energia do lugar, conhecido como “coração magnético do Brasil”. Nada de um elogio espiritual aos chapadões e à vegetação do Parque. Dizem os crentes que a Chapada dos Veadeiros é cortada pelo paralelo 14, o mesmo de Machu Picchu, no Peru – daí a sintonia cósmica. Alto Paraíso atrai tantos visitantes em busca da energia da Chapada, que o lugar tem várias construções em formato de pirâmide. Ainda, algumas das pousadas da vila oferecem terapias e massagens alternativas. Acreditando ou não no seu poder energético, elas são uma ótima para relaxar das trilhas.

Escrito por Time Out Viagem editors
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