A revolução de 1956 deu a Gamal Abdel Nasser o cargo de primeiro presidente da República Árabe do Egito, e o Cairo se tornou a capital simbólica de todo o mundo árabe. Até hoje desempenha esse papel. É como se Washington, Nova York e Hollywood do Oriente Médio se reunissem em uma só cidade, e o Cairo fosse o mais antigo estadista da região. Seus artistas estão em permanente transição de Beirute a Casablanca, de Edgware Road, em Londres, para o Brooklyn; as ruas e prédios da cidade são familiares a milhões de pessoas de língua árabe por causa dos filmes produzidos aqui.
Graças à localização do Cairo no continente africano, eritreus, etíopes, liberianos, tanzanianos e sudaneses vão para o Cairo como estudantes, imigrantes econômicos ou como refugiados das guerras locais, fazendo do Cairo uma experiência definitivamente cosmopolita. Com isso, a passagem do turista pelo Cairo ganha brilho, mas também caos. Para maioria das pessoas, as grandes Pirâmides de Gizé, que estão na extremidade ocidental de cidade, conseguem supera as expectativas, e os tesouros do Egyptian Museum, que inclui a máscara mortuária de Tutankhamon, são realmente imperdíveis.
Mas a verdadeira estrela é realmente essa inquieta cidade. O Cairo Islâmico é o nome dado à região histórica onde há uma grande concentração de monumentos medievais islâmicos, que não existem semelhantes em nenhum outro lugar do mundo – literalmente centenas deles estão concentrados em uma área de poucos quilômetros quadrados. Há desde modestas fontes de mármore na rua, a mesquitas do tamanho de estádios, iguais em escala e beleza às catedrais européias.
No coração da cidade está o bazar Khan al-Khalili. Este é o símbolo máximo do Cairo sedutor e frenético, o Cairo de Ali Baba e Aladdin, onde os vendedores insistentes gritam e acenam por trás dos produtos, que brilham e reluzem. A negociação é fundamental. O lugar perfeito para uma parada é no Fishawy’s, um café numa passagem estreita do coração do bazar, que se orgulha de nunca ter fechado em 200 anos de existência.
Para escapar dessa frenesi, melhor ainda é alugar uma felucca, um dos pequenos e triangulares barcos a vela que navegam pelo rio Nilo, que corre pelo coração da cidade. É uma forma excelente de observar o cair da tarde e ver os minaretes no horizonte do Cairo ganharem silhuetas na vermelhidão do céu.
História Local
Em 642, o general árabe Amr ibn al-As fez do Egito um país muçulmano. Seu exército se instalou ao lado da fortaleza romana da Babilônia, no Nilo.
As sucessivas dinastias árabes se expandiram em direção ao norte, culminando na criação de uma nova cidade murada no século 10º, criada por Fatimids e chamada Al-Qahira, ‘os vitoriosos’, por causa do planeta Marte, que estava nascendo no dia em que a cidade foi fundada.
O nome foi alterado pelos mercadores europeus, que o transformaram em ‘Cairo’. No século 19, a cidade ultrapassou seus muros medievais quando Ismail Pasha, educado na França, adicionou um bairro ‘europeu’ às margens do Nilo, hoje o centro moderno.
Política Local
O país passou por um forte período de convulsão social e política, a chamada primavera do mundo árabe, em sua busca pela construção da democracia. Importante destacar que, embora o Egito seja um país do Oriente Médio com cultura do Oriente Médio, as mulheres têm mais liberdade aqui do que em qualquer outro país da região. Proporcionalmente, há mais mulheres profissionais aqui no Egito do que no Reino Unido.
Divirta-se
Dream Park (Oasis Road, 6th of October City) é um parque temático de 60 hectares, com diversas atrações e 22 restaurantes. Crazy Water, em Gizé (perto da cidade de 6th of October, Alexandria-Cairo Desert Road) tem todas as atrações normais de um parque aquático e mantém as crianças entretidas.
Informações úteis
Aeroporto
O Cairo é servido pelo Cairo International Airport, a 20 km do centro. As empresas Egyptair e British Airways voam de Heathrow.
