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Contexto

A cidade está iluminada, jovem e movimentada.

É primavera em Bordeaux. Cidade do velho vinho e do dinheiro mais velho ainda finalmente sai das cinzas. Foram anos de sujeira, negligência e complacência sufocantes. Prédios encardidos foram renovados, as praças foram revitalizadas, os calçadões reformados e um novo e eficiente sistema de transporte público terminou com o trânsito dos últimos anos. Enquanto isso, as docas e o cais são o local da nova geração. Pode ser pelo clarete, que está na moda. Mas o fato é que a cidade está iluminada, jovem e movimentada.

Imagine que você é um peregrino do Caminho de Santiago de Compostela. Você está cansado, com sede e com fome. Onde você gostaria de dar uma parada? Seria bom parar em uma cidade famosa por sua hospitalidade, e é por isso que Bordeaux era tão conhecida entre o pessoal que fazia o caminho. No final do século 20, entretanto, a reputação da cidade estava arranhada. Quando o atual prefeito, Alain Juppé, foi eleito há 10 anos, ele era primeiro-ministro e com isso foi mais fácil fazer algumas modificações mais caras. Novas linhas de bonde foram construídas, os edifícios encardidos foram limpos e as docas reformadas. Não se sabe se Juppé continuará na Prefeitura, depende do resultado da apelação contra a denúncia de desvio de recursos partidários nas décadas de 1980 e 90.

Bonitos prédios do século 18 se estendem pela avenida beira-rio, prédios dos tempos áureos do porto. Procure a Place de la Bourse, projetada por Jacques Ange Gabriel, arquiteto da Place de la Concorde, de Paris. Um dos prédios da praça abriga hoje o Musée National des Douanes (1 Place de la Bourse, 05 56 48 82 82, fecha seg.), onde há uma coleção curiosa de objetos relacionados à alfândega e aos impostos.

Atrás dele está a Place du Parlement, de pedras, e as charmosas ruelas e pequenas praças ao redor da igreja gótica de St- Pierre. Há ainda dois pórticos medievais de pé, pertencentes à antiga cidade murada. Descendo o rio fica a enorme Esplanada des Quinconces. Em uma das extremidades está o Monument aux Girondins, uma fonte de bronze e representações da vida marinha. Ao sul, do lado do templo romano, está o Grand Théâtre (Place de la Comédie, 05 56 00 85 95, www.opera-bordeaux.com), usado para ópera e eventos de dança. Ao sul do quarteirão das compras está a catedral gótica St-André (com vista panorâmica da sua torre) e o Hôtel de Ville, que ocupa um palácio do século XVIII. No jardim fica o Musée des Beaux-Arts (20 Cours d’Albret, 05 56 10 20 56, fecha terça), com uma rica coleção de pinturas holandesas, assim como obras de Titian e Delacroix. Ao norte de Quinconces, um armazém do início do século 19 abriga o Musée d’Art Contemporain (7 Rue Ferrère, 05 56 00 81 50, fecha seg.), conhecido pela arte povera, arte experimental do final dos anos 1960s, e exposições temporárias.

Mais à frente está o Quartier des Chartrons, com igrejas e antiquários. Nas manhãs de domingo há um mercado de comida, flores e livros ao longo do Quai des Chartons, onde come-se bem e barato, por menos de €10 nas mesas sombreadas do navio de guerra Colbert. O primeiro domingo do mês é o melhor para um passeio a pé, já que 100 ruas do centro de Bordeaux ficam fechadas exclusivamente para pedestres das 10h às 19h.


Escrito por Time Out Viagem editors
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