Além de belas praias, chapadas exuberantes e florestas ricas em fauna e flora, o turismo histórico é uma das grandes atrações do Brasil. Que tal conhecer locais que foram palcos de momentos marcantes na formação do nosso País, como Ouro Preto, em Minas Gerais, parte importante do movimento da corrida do ouro; ou Belém, no Pará, uma das cidades mais prósperas durante o ciclo da borracha? Prepare-se para uma viagem por cidades que tem entre seus atrativos, muita história para contar.
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ShutterstockSão João del Rei, Minas Gerias — Maior cidade fundada no século 18 em Minas Gerais, a história de São João del Rei se mistura com a do Brasil por conta de seus dois mais famosos filhos: o mártir da Inconfidência Mineira, Tiradentes, e o ex-presidente Tancredo Neves. Seu centro histórico abriga uma gama de diferentes tipos de arquitetura, com destaque para o barroco, colonial e moderno, além de duas pontes de pedra com mais de 200 anos cada. Mas é na rua mais famosa, a Santo Antônio, também conhecida como “Rua das Casas Tortas”, que os turistas podem literalmente caminhar pela história. Estreita e sinuosa, ela preserva o formato do caminho por onde passaram bandeirantes e tropas imperiais séculos atrás.
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ShutterstockBelém, Pará — Com 401 anos de idade, a capital do estado do Pará passou por diversos momentos marcantes da história do país, cujo principal é sem dúvida o período áureo do ciclo da borracha, no início do século 20. Graças à exploração das seringueiras, famílias de diversos lugares da Europa foram atraídas para a região, influenciando a arquitetura do município, conhecida no período como ‘Paris da América’. Resquícios desse período são encontrados nos casarões particulares, no Theatro da Paz, inspirado no Teatro alla Scala de Milão, e no cinema Olympia, inaugurado em 1912 e ainda em funcionamento. Mesmo com tantas edificações históricas, nenhuma bate o Mercado Ver-o-Peso como monumento mais importante da cidade. Fundado em 1901 com o nome de Mercado de Ferro, toda sua estrutura foi inspirada no estilo art nouveau da Belle Époque, mais uma prova da importância de Belém. Não deixe de aproveitar o passeio para se deliciar com as frutas e grãos comercializados por lá.
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ShutterstockJoão Pessoa, Paraíba — Palco de disputas entre holandeses e portugueses, João Pessoa é conhecida como Porta do Sol por se localizar no ponto mais oriental das Américas ─ é lá que o sol nasce primeiro no continente sul-americano. Em seu centro histórico, o visitante encontra um importante conjunto arquitetônico tombado, cujos destaques são a Igreja de São Francisco, o Convento de Nossa Senhora do Carmo e o Palácio da Redenção. Olhos experientes poderão apreciar a curiosa mistura de arquitetura colonial com os estilos art nouveau e art déco do início do século passado.
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ShutterstockSão Luís do Paraitinga, São Paulo — Famosa por seu carnaval de blocos e marchinhas, a cidade de São Luís do Paraitinga perdeu oito de seus prédios históricos durante uma enchente em 2010, incluindo a Igreja Matriz São Luiz de Tolosa, construída no século 17, cuja reconstrução só deve acabar no próximo ano. Apesar da perda, a cidade fundada por bandeirantes em 1769 continua atraindo visitantes com seus 400 imóveis localizados em sua região central. Os mais radicais podem aproveitar para fazer trilhas e praticar rafting no Rio Paraibuna.
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ShutterstockDiamantina, Minas Gerais — Fundada como Arraial do Tejuco em 1713, Diamantina, no interior de Minas de Gerais, passou a atrair aventureiros duas décadas mais tarde, quando os diamantes foram descobertos por lá. Um rápido passeio por suas tranquilas ladeiras de pedra, cercadas por casarões históricos e igrejas centenárias, como a de São Francisco de Assis, é capaz de transportar qualquer viajante para o século 18 num piscar de olhos. Se der sorte, é possível topar com as tradicionais serenatas e serestas organizadas por moradores da região, além de aproveitar os restaurantes que servem nas ruas pratos da típica culinária mineira.
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ShutterstockSão Miguel das Missões, Rio Grande do Sul — O grande atrativo desta pequena cidade do oeste do Rio Grande do Sul é o sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo. Declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1983, o conjunto de ruínas do século 18 também abriga o Museu das Missões, onde o visitante pode admirar estátuas de imagens sacras feitas por índios guaranis.
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ShutterstockOlinda, Pernambuco — Vizinha da capital do Pernambuco, Recife, a cidade de Olinda é um dos melhores exemplos de cidade colonial bem preservada. Fundado em 1535 pelo português Duarte Coelho, o município foi tomado pelos holandeses no século seguinte, que acabaram incendiando a cidade após sua expulsão. Um rápido passeio pelo centro histórico de Olinda leva o visitante a uma viagem no tempo, ao período de auge da cidade, quando foram construídos o Convento de São Francisco e o Mosteiro de São Bento. Neste último, o destaque fica com o altar-mor da capela, feito em madeira de cedro e inteiramente folheado a ouro. A dica para quem gosta de manifestações culturais é passar pela cidade no carnaval, momento em que suas ruas centenárias são tomadas pelos famosos bonecos de Olinda.
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ShutterstockSão Luís, Maranhão — Única cidade brasileira fundada por franceses, São Luís floresceu no século 17 graças à exportação de cacau, cana e tabaco. A entrada de dinheiro e o aumento da população causou um crescimento considerável de moradias, que atualmente compõem um acervo arquitetônico avaliado em cerca de 3.500 prédios localizados em seu centro histórico. Muitos deles são sobrados cobertos por azulejos portugueses, parte importante do encanto da cidade. Entre as construções oficiais não deixe de visitar o Palácio dos Leões, erguido como fortificação em 1612 e atual sede do governo do estado, o Museu de Artes Visuais, onde se encontra um dos maiores acervos de azulejos coloniais do país, e o Solar Gomes de Souza, onde é possível adentrar um típico sobrado do século 19 com móveis e objetos reconstituídos.
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ShutterstockOuro Preto, Minas Gerais — Uma das mais importantes cidades históricas de Minas Gerais, Ouro Preto foi batizada devido à tonalidade escura do minério encontrado em sua região, causada por uma camada de paládio. Apesar de contar com uma série de museus, como o Museu das Reduções, Museu da Inconfidência e Museu de Arte Sacra do Pilar, caminhar por suas ruas é como estar em um museu a céu aberto, graças ao grande número de construções coloniais que resistiram ao tempo. Um atrativo à parte são as obras do escultor Aleijadinho, que são encontradas em diversos pontos da cidade. Seu estilo barroco e rococó faz dele um dos principais representantes da arte colonial do Brasil.
Escrito por Time Out Viagem editors
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