A grana está curta? Nem por isso você precisa deixar de viajar. Desmistificando a ideia de que é preciso gastar fortunas para isso, montamos uma galeria cheia de programas interessantes, mas que cabem no bolso. Capitais brasileiras como Salvador, Curitiba, Rio e São Paulo têm uma série de atrações gratuitas – ou bem baratinhas. Você vai descobrir em poucas linhas que é possível aproveitar as capitais sem ficar enrolado com o cartão de crédito.
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Flickr/turismobahia
Conheça alguns programas gratuitos para fazer em cidades como Salvador, Rio, Porto Alegre e São Paulo
IGREJA DO SENHOR DO BONFIM — SALVADOR — BAHIA — A capital baiana é um bom exemplo do sincretismo brasileiro. Suas mais de 350 igrejas católicas convivem em harmonia com os incontáveis terreiros de candomblé e demais manifestações religiosas provenientes da cultura afro. Um dos mais emblemáticos locais que refletem todo esse sincretismo é a imponente Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, fundada no século 18 com o objetivo de abrigar a imagem do Senhor do Bonfim trazida de Setúbal, em Portugal, a mando do capitão Theodózio Rodrigues de Faria. A entrada é gratuita e permite ao visitante contemplar sua arquitetura colonial com fachada em estilo rococó, além da vista dos arredores, privilegiada por sua posição elevada. Durante todo o ano é possível adquirir, nas imediações, as famosas fitinhas do Senhor do Bonfim, que são amarradas com duas voltas no pulso e três nós, representados por três pedidos que, de acordo com a crença, se realizarão quando ela se partir. E anualmente, sempre no segundo domingo de janeiro, ocorre a lavagem das escadarias da igreja, feita pelas baianas do candomblé, que atrai uma multidão para assistir ao ritual, como na foto. A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim está aberta às terças, quartas, quintas e sábados, das 6h30 às 12h, e das 14h às 18h. Nas sextas e aos domingos, o horário é das 5h30 às 12h, e das 14h30 às 18h. -
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MUSEU DE ARTE MODERNA — SALVADOR — BAHIA — Apesar das praias e festas, poucos sabem que Salvador também possui bons museus, caso do Museu de Arte Moderna da Bahia (http://bahiamam.org). Localizado ao pé de uma ladeira íngreme e banhado pelas ondas do mar, o prédio do museu, no Solar do Unhão, antigo engenho recuperado pela arquiteta Lina Bo Bardi, abriga um rico acervo de arte contemporânea e modernismo brasileiro, composto por obras de artistas como Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rubem Valentim, Sante Scaldaferri e Carybé. Além das obras, vale a pena gastar um tempo para conhecer o restaurante do museu, se não para comer um prato, que não é tão barato assim, mas ao menos para tomar um café a apreciar um dos mais belos entardeceres da cidade. O espaço fica na Avenida Contorno, sem número, e é aberto de terça a domingo, das 13h às 19h, com entrada gratuita. -
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JARDIM BOTÂNICO — CURITIBA — PARANÁ — Apontada em 2012 como a capital brasileira com melhor qualidade de vida pelo índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, Curitiba oferece aos viajantes uma série de parques e áreas verdes de dar inveja a muitas metrópoles do país. Uma das principais é o Jardim Botânico (R. Ostoja Roguski, s/nº), famoso pela estufa de vidro inspirada na arquitetura art nouveau do Palácio de Cristal de Londres. O interior não deixa por menos. O Jardim das Sensações, formado por corredores e cercas vivas, convida os visitantes a sentir uma variedade de texturas e fragrâncias, o que serve de estímulo para que muitos o aproveitem de olhos vendados. O Jardim Botânico funciona diariamente, das 6h às 20h. -
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PARQUE TANGUÁ — CURITIBA — PARANÁ —Confirmando a vocação da capital paranaense para metrópole ecológica, não deixe de visitar o Parque Tanguá (R. Doutor Bemben, s/nº, no bairro do Pilarzinho). Criado em 1996, exatamente no terreno em que funcionavam duas pedreiras, sua área de 235 mil m² abriga dois lagos, uma cachoeira artificial e um túnel escavado na rocha. Mas o melhor é o mirante (na foto), localizado na parte alta do parque, de onde é possível apreciar uma vista espetacular da cidade. A entrada no Parque Tanguá é gratuita. Ele abre diariamente das 6h às 20h. -
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MORRO DA URCA — RIO DE JANEIRO — RIO DE JANEIRO — É difícil imaginar uma visita ao Rio sem gastar dinheiro, mas por incrível que pareça, até mesmo seus principais cartões postais podem ser apreciados com economia. Um bom exemplo é o Morro da Urca, ao lado do Pão de Açúcar, que é normalmente acessado pelo bondinho, cujo custo de R$ 53 torna o passeio caro. Mas nem todos sabem que é possível chegar ao seu topo a pé. A caminhada começa da praia Vermelha e dura em média uma hora, com direito a paradas para descanso e a apreciar a paisagem de cada pedaço de seus 220 metros. Além de render fotos diferentes de uma paisagem conhecida, quando os amigos perguntarem se durante a visita ao Rio você andou de bondinho, responda que é jovem e preferiu encarar a Urca a pé. -
Flickr/rtietz
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INSTITUTO MOREIRA SALLES — RIO DE JANEIRO — RIO DE JANEIRO — Com um rico acervo de fotografia, música, literatura e artes visuais, o Instituto Moreira Salles (R. Marquês de São Vicente, 476, Gávea, http://ims.uol.com.br), já vale a visita pelo espaço. Trata-se de uma casa de linhas modernistas, movimento que marcou a arquitetura carioca na metade do século passado. Se houver tempo, não deixe de ver a agenda de eventos, que conta com mostras periódicas, além de palestras e shows. E se houver interesse, ainda é possível agendar uma visita à biblioteca, que tem quase 400 mil itens, pelo site oficial da instituição. O horário de visitação do IMS é de terça a sexta, das 11h às 20h, e aos sábados e domingos das 11h às 20h. -
Divulgação
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PARQUE DONA LINDU — RECIFE — PERNAMBUCO — Misto de área verde com espaço cultural, o Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, bairro nobre do Recife, se impõe entre a praia e a cidade com a inigualável assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer. Formado por uma marquise e dois blocos de concreto cilíndricos, o espaço abriga de um lado o Teatro Luiz Mendonça e do outro a Galeria Janete Costa. Completando esse ambiente onde a cultura se funde à natureza, em seu gramado estão dispostas esculturas do artista Abelardo da Hora, como o Monumento aos Retirantes. O Parque Dona Lindu fica na Avenida Boa Viagem, altura do 6.000, e está aberto 24 horas. Os horários do teatro, da galeria e eventuais shows estão disponíveis na página do parque. -
Flickr/Uaba Costa
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TEATRO DE SANTA ISABEL — RECIFE — PERNAMBUCO — Um dos primeiros pontos de propagação de cultura da capital pernambucana, o Teatro de Santa Isabel foi fundado em 1850 e, apesar de sofrer com diversos problemas, como o incêndio que quase o destruiu em 1869, teve sua arquitetura neoclássica preservada em suas restaurações. Localizado na famosa Praça da República, bem no coração da Ilha de Santo Antônio, no centro da cidade, ele divide espaço com outros edifícios históricos, como o Palácio do Campo das Princesas e o Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco. As visitas gratuitas ao seu interior, que contemplam espaços como o belíssimo hall de entrada e o palco, onde D. Pedro II foi homenageado em seu 34º aniversário, acontecem aos domingos, das 14h às 17h. -
Flickr/Andréia Reis
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EDIFÍCIO MARTINELLI — SÃO PAULO — SÃO PAULO — A maior cidade do país e seu mar de concreto merecem ser vistos de cima. E entre os muitos pontos possíveis, o Edifício Martinelli, no Centro, se destaca pelo acesso e localização privilegiada. Ao lado do Anhangabaú, o prédio, fundado em 1934, permaneceu por 13 anos como o maior arranha-céu do país. Cartão postal e parte da história de São Paulo, em seu terraço foram instaladas metralhadoras antiaéreas durante a Revolução Constitucionalista de 1932. A visão panorâmica de seu terraço permite ao visitante avistar o Pico do Jaguaré, as antenas da Avenida Paulista e centenas de prédios. O Edifício Martinelli é tão grande que possui três entradas, mas a comum fica na Avenida São João, 35, no bairro da Sé. As visitas gratuitas, que ocorrem a cada 30 minutos, podem ser agendadas no site oficial ou pelo telefone (11) 3104-2477. Os horários disponíveis vão de segunda a sexta, das 9h30 às 16h30, sábado das 9h às 15h, e domingo das 9h às 13h. -
Flickr/CulturaGovBr
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CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL — SÃO PAULO — SÃO PAULO — É impossível passear pela capital paulista e não conhecer algum museu ou centro cultural. Melhor ainda se a entrada for gratuita, como ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil (R. Álvares Penteado, 122 (http://j.mp/12tBCZC), um dos grandes divulgadores de mostras internacionais no país, caso da exposição Obras-Primas do Museu D’Orsay, de 2012, e Mestres do Renascimento, em 2013. Em 2015, a agrade atração fica por conta da mostra "Picasso e a Modernidades ESpanhola", com entrada gratuita até dia 8 de junho. Outras expressões de arte como a música, o teatro e o cinema também integram a programação do CCBB, geralmente a pressos acessíveis. Suas portas estão abertas de terça a domingo, das 10h às 20h. -
Flickr/CamponeZ
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PARQUE DAS MANGABEIRAS — MINAS GERAIS — BELO HORIZONTE — Maior área verde da capital mineira, o Parque Municipal das Mangabeiras está localizado a mil metros de altura, o que garante aos visitantes vista privilegiada da área urbana de Belo Horizonte. Com projeto paisagístico assinado por Burle Marx, o parque congrega espaços de descanso e recreação infantil, como parquinhos e quadras esportivas, com trilhas cravadas em mata nativa – é possível ver micos, esquilos e outros animais silvestres. Apesar de não agradar aos ecologistas, que enxergam o local como um santuário de pássaros (mais de 100 espécies habitam seu espaço), o Parque das Mangabeiras é frequentemente palco de shows e espetáculos, atraindo centenas de pessoas para a Avenida José do Patrocínio Pontes, 580. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 8h às 18h. -
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MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA — MINAS GERAIS — BELO HORIZONTE — Construído por Oscar Niemeyer ao redor da Lagoa da Pampulha, o Museu de Arte faz parte de um conjunto arquitetônico composto pela Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do Baile e o Iate Clube. Enquanto em seu jardim os visitantes encontram três esculturas emblemáticas assinadas por Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski e José Pedrosa (na foto), o interior do MAP guarda um enorme acervo com 1.600 obras de artistas como Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Alfredo Volpi e Tomie Ohtake. O museu (Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585), abre sempre de terça a domingo, das 9h às 18h. -
Flickr/renata miyagusku
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CASA DE CULTURA MÁRIO QUINTANA — RIO GRANDE DO SUL — PORTO ALEGRE — Aproveitar o passeio para participar de um debate, assistir a um espetáculo ou mesmo contemplar o pôr do sol de uma vista privilegiada. É isso que a Casa de Cultura Mário Quintana oferece gratuitamente aos visitantes de Porto Alegre. No interior de suas paredes rosadas e em seu terraço (na foto) é possível desfrutar da paz de dois jardins, que reúnem plantas dos desertos, trópicos e pradarias em vasos e nas banheiras do hotel que funcionou no edifício. Quem tiver disposição pode aproveitar a passagem para xeretar nos acervos de Elis Regina e Mário Quintana, nas bibliotecas Lucília Minssen e Érico Veríssimo, e nas galerias Xico Stockinger e Sotéro Cosme - todas localizadas no mesmo endereço (R. dos Andradas, 736, Centro histórico). -
Flickr/Everaldo Vilela
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PARQUE DOS MOINHOS — PORTO ALEGRE — RIO GRANDE DO SUL — O nome Parque dos Moinhos não surgiu à toa. Quem chega a esta área verde, localizada a Rua Comendador Caminha, logo percebe a existência de um moinho branco, representando o que foi erguido pelo migrante mineiro Antônio Martins Barbosa no século 18. O local, que além de fazenda já foi hipódromo e estádio de futebol, hoje abriga um lago artificial onde vivem peixes, tartarugas e gansos. Chamado carinhosamente pela população de “Parcão” e aberto 24 horas por dia, o Moinhos de Vento ainda possui uma biblioteca ecológico infantil.
Escrito por Guss de Lucca
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