Nada melhor do que viajar pelas cidades brasileiras para apreciar as obras de alguns dos mais expressivos artistas do país, dos modernistas Tarsila do Amaral e Candido Portinari até os contemporâneos. De quebra, a arquitetura de alguns museus é um espetáculo artístico à parte, já que foram construídos em épocas diferentes e conversam, de certa forma, com o ambiente à sua volta. O Instituto Inhotim, é um ótimo exemplo de arquitetura e arte combinadas perfeitamente com a beleza natural de um jardim botânico. Nele está exposta a instalação 'Jardim do Narciso', criada pela artista japonesa Yayoi Kusama. Em alguns casos, as ruas funcionam como museus abertos, como acontece em São Paulo, que tem esculturas de Victor Brecheret espalhadas por várias cantos.
SOLAR DO UNHÃO - BA | FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO - RS | INSTITUTO INHOTIM - MG | MUSEU OSCAR NIEMEYER - PR | VICTOR BRECHERET - SP | MEMORIAL MINAS GERAIS VALE - MG | MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES - RJ | ALEIJADINHO - MG
SOLAR DO UNHÃO – SALVADOR – BAHIA – Um complexo de construções antigas que já foi quartel naval, engenho, depósito de combustíveis e até casa de desembargador, foi restaurado por Lina Bobardi no início da década de 1960 e hoje em dia funciona como o Museu de Arte Moderna (MAM) de Salvador. Seu acervo conta com mais de duas mil obras de artistas brasileiros como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Candido Portinari. Já do lado de fora, os visitantes podem passear pelo Parque das Esculturas, um espaço a céu aberto com diversas peças feitas por artistas baianos. O museu tem entrada gratuita e funciona de terça a sexta, das 13h às 19h e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h.
Quem visita o Solar do Unhão aos sábados pode assistir às sessões “Jam no MAM” enquanto aprecia um deslumbrante pôr do sol ao som de grandes nomes da música baiana, que misturam estilos como baião, samba, frevo, salsa, blues e swing. O evento virou ponto de encontro de músicos da região e já recebeu até nomes internacionais. O ingresso custa R$ 6 (inteira) ou R$ 3 (meia) e acontece todos os sábados na área externa do museu, às 18h. Perto de onde acontecem os shows, os visitantes podem fazer uma boquinha no Solar Café, restaurante que fica no píer do Solar do Unhão e tem vista privilegiada do sol, que se põe no final da tarde mergulhando no mar.
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FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO – PORTO ALEGRE – RIO GRANDE DO SUL – Um ano após a morte de Iberê Camargo, em 1995, a fundação foi criada com o intuito de preservar as obras do artista e aproximar o público desse ícone da arte moderna brasileira. A sede da fundação, inaugurada em 2008 e criada pelo arquiteto Álvaro Siza, ganhou diversos prêmios por suas formas exóticas incluindo um Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2002. Hoje em dia, além de exposições distribuídas em seus três pavimentos, a fundação conta com programas educativos, seminários e eventos artísticos como a Bienal do Mercosul. O museu tem entrada gratuita e funciona de terça-feira a domingo, das 12h às 19h, e às quintas-feiras até as 21h. www.iberecamargo.org.br
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INSTITUTO INHOTIM – BRUMADINHO – MINAS GERAIS – A pequena cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, recebe pessoas do mundo inteiro que vão até lá visitar Inhotim, um instituto de arte contemporânea que funciona dentro de um lindo jardim botânico, composto por algumas espécies em extinção. Seu terreno tem cinco lagos, reserva de mata preservada e uma variedade imensa de espécies vegetais raras, dispostas de forma estética que se misturam com esculturas e galerias a céu aberto. Essas galerias abrigam mais de 500 obras de artistas nacionais e internacionais, tanto em exposições temporárias quanto permanentes, de artistas como Cildo Meireles, Jarbas Lopes e Adriana Varejão. E até de Hélio Oiticica (na foto, sua a obra 'Penetrável Magic Square # 5'). O Instituto Inhotim funciona de terça a sexta, das 9h30 às 16h30, e nos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. A entrada é gratuita às terças, custa R$ 20, às quartas e quintas, e R$ 28, aos sábados, domingos e feriados. Quem sai da rodoviária de Belo Horizonte pode pegar o traslado da empresa Saritur, que parte diariamente às 9h15 da manhã e vai direto para o instituto.
Ao visitar o instituto, não deixe de levar uma câmera fotográfica já que algumas obras proporcionam visuais que misturam a natureza com a arte contemporânea. Na foto acima é possível ver o verde refletido pelo telescópio de espelhos do artista dinamarquês Olafur Eliasson. www.inhotim.org.br
MUSEU OSCAR NIEMEYER – CURITIBA – PARANÁ – Apelidado de "Museu do Olho", o museu Museu Oscar Niemeyer (MON) mede 30 metros de altura e funciona há mais de dez anos no centro de Curitiba. Suas doze salas expositivas realizam mais de vinte mostras anualmente e seu acervo conta com obras de artistas como Guido Viaro, Tarsila do Amaral, Caribé e o próprio Oscar Niemeyer, que foi quem desenhou o projeto. Ele conseguiu juntar em perfeita harmonia o antigo prédio sede de secretarias do Estado e "o olho", fazendo com que o complexo fosse visto como uma construção só. O MON funciona de terça a domingo, das 10h às 18h e o ingresso custa R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). www.museuoscarniemeyer.org.br
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VICTOR BRECHERET – SÃO PAULO – SÃO PAULO – Além de museus em diversas partes do país, é possível encontrar obras de arte situadas em diferentes partes das cidades. É o caso do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, que tem várias de suas esculturas espalhadas por São Paulo. A mais famosa delas é o Monumento às Bandeiras, popularmente conhecido como "Deixa que eu empurro" (na foto), encomendada pelo governo da cidade em 1921 para representar os bandeirantes e seu esforço ao desbravar o país. As obras de Brecheret também estão presentes em alguns parques paulistanos como o Jardim da Luz, nos arredores do Teatro Municipal e até no aeroporto de Congonhas. E em outras localidades como Brasília e até na França. Acesse www.victor.brecheret.nom.br para saber mais sobre o escultor e ver a lista de locais onde se é possível ver as o seu trabalho.
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MEMORIAL MINAS GERAIS VALE – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS – Localizado no centro de Belo Horizonte, o Memorial Minas Gerais Vale faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade, uma série de museus e centros culturais que passaram a funcionar em antigos prédios da prefeitura da cidade. Lá eles contam a história de Minas Gerais de maneira contemporânea e interativa, mostrando obras de artistas e escritores que se tornaram ícones mineiros como Lygia Clark, Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa. Na foto, a sala Panteão da Política Mineira, que exibe um vídeo de 30 minutos sobre a política do Estado desde a época da Inconfidência Mineira. O museu tem entrada gratuita e funciona das 10h às 18h (sábados, terças, quartas e sextas-feiras); das 10h às 22h (quintas), e das 10h às 14h (domingos).
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MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES – RIO DE JANEIRO – RIO DE JANEIRO – No antigo prédio onde funcionava a Escola Nacional de Belas Artes, no centro do Rio de Janeiro, hoje está o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), um dos mais renomados da América Latina e primeiro museu de artes do país. Lá é possível encontrar uma das maiores coleções de arte brasileira do século 19, além de uma rica seleção de peças que incluem pinturas, desenhos, gravuras e esculturas de diversos países. Quem visita o museu tem a chance de ver obras originais de artistas como Alfredo Volpi e Candido Portinari. Ele tem entrada gratuita e funciona de terça a sexta, das 10h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h. www.mnba.gov.br
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ALEIJADINHO – MINAS GERAIS – Outro talentoso escultor que pode ser encontrado fora dos museus é o Aleijadinho, uma das maiores referências do estilo barroco brasileiro. Por ter sido reconhecido anos após sua morte, é difícil contar a história exata sobre sua trajetória. O que se sabe é que Antônio Francisco Lisboa nasceu por volta de 1730, era filho de um respeitado mestre de obras português com uma escrava africana e deixou como legado uma extensa coleção de esculturas talhadas na madeira e em pedras de sabão. Mesmo adquirindo uma doença que deformou seu corpo, comprometendo sua arte, ele continuou fazendo esculturas amarrando as ferramentas em seus braços. As principais obras de Aleijadinho podem ser encontradas no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas, Minas Gerais), na foto, e em igrejas como a São Francisco, em São João del-Rei e Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto. Para conhecer mais sobre o escultor, é possível visitar o Museu Aleijadinho, um circuito que abrange três igrejas históricas em Ouro Preto, por onde ele passou. www.museualeijadinho.com.br
