Para ir além dos pontos turísticos das cidades que mais amamos, é preciso conhecer a fundo seus cantinhos mais descolados. É nos bairros alternativos que encontramos as próximas tendências e grande parte da história dessas cidades, de um ponto de vista diferente. A diversidade cultural oferece identidades diferentes a cidades como Nova York e Paris – e é preciso ser rápido para acompanhar sua evolução. É tudo muito efêmero e as transformações ocorrem rapidamente, assim como os grafites em seus muros. A seguir, mostramos o lado B de grandes cidades, como o bairro Shoreditch em Londres (na foto). Explore!
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Faça um giro pelo lado cool e alternativo de cidades como Londres, Berlim, Melbourne, Paris e Nova York
OBERKAMPF – PARIS – FRANÇA – Com ruas estreitas e cafés charmosos, Oberkampf mistura o lado pitoresco de Paris com uma atmosfera mais moderna, composta por bastante arte urbana e bares descolados. Quem sempre acaba a noite por lá são os frequentadores assíduos da noite parisiense, já que Oberkampf é um dos únicos bairros onde se pode encontrar lugares abertos para comer depois das 3 da manhã. Durante a happy hour, que acontece entre as 17h e 20 h, os coquetéis e cervejas custam em média 4 e 3 euros, respectivamente, e os preços mais baixos que os praticados no resto da cidade acabam atraindo estudantes e artistas. Para chegar até o bairro é fácil. Basta descer na própria estação Oberkampf no metrô e começar a explorá-lo. -
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SHOREDITCH – LONDRES – INGLATERRA – Camden Town, considerado um dos bairros mais alternativos de Londres pelo movimento punk, acabou perdendo a vez para Shoreditch, o atual queridinho dos hipsters e fashionistas da cidade. É lá que fica a rua Brick Lane, onde a cultura indiana do curry se mistura com brechós, bares descolados e baladas. Aos domingos, acontece o Sunday (Up)Market, uma feira com artigos vintage, bijoux, roupas modernas e comidas de vários países diferentes. É o melhor dia para dar um giro por lá e conhecer a região, que lembra um desfile de moda de rua e mostra boa parte da diversidade cultural presente na cidade. -
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SHOREDITCH – LONDRES – INGLATERRA – Quem prefere aproveitar a vida noturna da área, pode tomar um pint no Café 1001, que ferve nos finais de semana e tem ambientes diferentes, incluindo uma pista de dança que às vezes funciona como cinema. Ele fica quase em frente à clássica loja de música Rough Trade, que vez ou outra promove shows intimistas em um palco pequeno nos fundos. Grandes nomes já tocaram por lá lá, inclusive a banda brasileira Cansei de Ser Sexy, que faz sucesso na cena alternativa da Europa. Para ir até lá, basta descer na estação Shoreditch High Street do overground. -
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DALSTON – LONDRES – INGLATERRA – Após o crescimento de Shoreditch, o lado leste de Londres começou a ganhar destaque, fazendo com que bairros pobres, como Clapton e Dalston, virassem ponto de encontro dos moderninhos da cidade. Devido aos preços baixos, o processo de gentrificação começou e novos bares foram abrindo as portas em meio a construções deterioradas pela falta de reforma. Portanto, quem visita Londres, não pode deixar de conhecer o mais novo lado B da cidade. Descendo na estação Dalston Kingsland do overground, você sairá direto na Kingsland Road, onde pode encontrar alguns dos melhores bares e terminar a noite no Visions Video Bar, uma antiga locadora de vídeo que hoje promove shows de porão e festas de música eletrônica. (Kingsland Rd, E8 4AH). -
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FITZROY – MELBOURNE – AUSTRÁLIA – Cheio de galerias de arte, estúdios, sebos e lojas vintage, Fitzroy é um dos bairros mais criativos de Melbourne. É lá que se concentram a maioria dos hipsters da cidade e os muros mais coloridos assinados por grafiteiros do mundo todo. Vitrines de cafés à meia luz dão um ar aconchegante ao bairro e é impossível não ter vontade de morar por lá para respirar sua arte e cultura. Com um recorrente histórico de gentrificação, Fitzroy ganhou força ao longo dos anos, contando com mais de 70 grupos étnicos habitando a área em torno de 1990. Rastros dessas culturas podem ser vistos ainda hoje nas lojas da rua Brunswick St. e casas com terraços da Gertrude St. O lugar perfeito para curtir Fitzroy é o bar e restaurante Bimbo Deluxe, onde você pode comer uma pizza por 4 dólares australianos e aproveitar a noite em um lindo rooftop. -
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WILLIAMSBURG – NY – ESTADOS UNIDOS – Nos anos 1960, Williamsburgh atraía trabalhadores latino-americanos, espanhóis e até europeus, pelos empregos disponíveis no grande número de fábricas. Isso fez com que a população de imigrantes crescesse, aumentando também o índice de criminalidade da região. Durante os últimos 20 anos, porém, os preços baixos de aluguel acabaram servindo como ímã para artistas, estudantes e boêmios. Isso fez com que galerias de arte, restaurantes e novos bares fossem abertos para o novo público. Atualmente, as antigas fábricas dão lugar a grandes condomínios e a opinião dos moradores se divide entre quem quer ver o bairro crescer e os que preferem continuar se beneficiando dos preços baixos e diversidade cultural do local. -
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WILLIAMSBURG – NY – ESTADOS UNIDOS – Enquanto o processo de gentrificação avança rapidamente, cabe a nós aproveitar o que o bairro tem a oferecer aos visitantes. Artistas de rua, feiras de comidas orgânicas e uma diversidade enorme que não é facilmente encontrada nas ruas de Manhattan. O distrito do Brooklyn agora tem um novo point e não é apenas um lugar para se apreciar uma bela vista da parte turística de Nova York. A Brooklyn Flea Food Market (na foto) pode ser uma ótima opção para saborear a gastronomia exótica do bairro. Saiba quando ela acontece em www.smorgasburg.com. -
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KREUZBERG – BERLIM – ALEMANHA – Lar dos hipsters em Berlim, o grande bairro do Kreuzberg tem tradição como reduto de artistas na cidade, desde antes da queda do muro. Movidos pelos (antigos) aluguéis baratos, os artistas começaram a se mudar para lá durante os anos 1960. As antigas fábricas foram transformadas em ateliês, centros culturais e galerias. Nos 1980, a área vivia repleta de punks. Hoje, apesar da gentrificação que aumentou o preço dos aluguéis e da grande área ter trechos sofisticados, ainda é um “must see” para qualquer visitante. -
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NEUKÖLLN – BERLIM – ALEMANHA – Antigamente, era um bairro operário. Mas ganhou feições turcas desde a imigração desse povo para Berlim – essa nacionalidade ainda dá o tom à região, onde você vai ver muitas mulheres de véus na cabeça e restaurantes árabes com bons preços. No entanto, muitos artistas e coletivos começaram a se mudar para lá, incentivados, mais uma vez, pelos aluguéis mais baratos que no Kreuzberg e outras regiões da cidade. Hoje, há muitas galerias, bares e pequenos clubes locais. O festival 48 Stunden Neukölln, que costuma acontecer em junho, é uma boa oportunidade para conhecer galerias e coletivos locais, que ficam abertos ao público durante 48 horas. Descubra mais no site www.48-stunden-neukoelln.de.
Escrito por Renata Arcoverde
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