Ginginha, ouzo, mezcal (na foto) e krupnika. Você já ouviu falar de alguma dessas bebidas? Elas podem não ser muito conhecidas no Brasil, mas fazem parte da história e cultura de países como Portugal, Grécia, México e Lituânia. Nas fotos e textos a seguir, damos um giro pelo mundo para mostrar nove bebidas alcoólicas não convencionais, que vão além da cerveja, vinho, vodca ou uísque. Prepare-se para provar sabores exóticos e saber mais sobre a tradição por trás de cada uma delas, com curiosidades e dicas sobre onde encontrá-las.
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Descubra os sabores típicos de bebidas como o mescal, do México, e da krupnika polonesa
MEZCAL – MÉXICO – O mezcal é considerado o parente rústico da tequila, afinal, ambos são feitos a partir da planta Agave Tequilana. Diferentemente da tequila, porém, ele passa pelo processo de destilação apenas uma vez e é servido com rodelas de laranja salpicadas com sal de gusano. Para provar um bom mezcal na Cidade do México, procure por bares tradicionais como o La Botica Mezcaleria (Campeche 396, labotica.com.mx) ou o La Clandestina (foto, Av. Alvaro Obregón, 298), ambos situados no bairro de La Condesa, o mais boêmio da cidade. -
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MEZCAL – MÉXICO – Uma das curiosidades sobre o mezcal é que a maioria das marcas mantém o costume de colocar uma larva dentro da garrafa. Ela não se desintegra com o teor alcoólico da bebida e, segundo a lenda, o homem que beber a última dose da garrafa deve também consumir sua larva, ato que reafirma e intensifica sua masculinidade. Em cidades menores também é possível encontrar garrafas com aranhas e até escorpiões no lugar de larvas. Você encararia? -
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AQUAVIT – NORUEGA, DINAMARCA E SUÉCIA – A aquavit é uma bebida destilada à base de batatas e aromatizada com grãos e ervas, tais como alcarávia, endro, anis, cravo e canela. Seu nome vem do latim, "aqua vitae", que significa água da vida, e sua porcentagem alcoólica gira em torno de 40%. A bebida é tradicionalmente armazenada no congelador e servida em cálices com haste de vidro, o que impede que a temperatura das mãos aqueça seu conteúdo. Entre as marcas mais famosas estão as norueguesas Gilde e Linie, facilmente encontradas em bares e supermercados da Noruega. -
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SIDRA – INGLATERRA, IRLANDA E FRANÇA – Sidras são bebidas alcoólicas feitas tradicionalmente com suco de maçã fermentado e mais da metade de sua produção é realizada na Inglaterra. Outros países reconhecidos por suas sidras de qualidade são Irlanda e França. Muito populares entre as mulheres, as sidras são servidas sempre geladas em copos tipo pints ou em garrafas – há até torneiras como as de chope para elas, que também são encontradas em pubs e supermercados ingleses. O teor alcoólico das sidras varia entre 2% e 8,5% e as marcas mais famosas são Strongbow e Magners. -
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GINJINHA – PORTUGAL – "Com elas ou sem elas?" – essa é uma pergunta clássica em Portugal, feita sempre que alguém pede uma dose de ginjinha. O "elas" refere-se às ginjas, frutas similares às cerejas, que servem de base para o licor e podem ou não ser servidas com a bebida. Tradicionalmente consumida em copos de shot ou de chocolate, a ginjinha tem em torno de 20% de teor alcoólico e é bastante popular em cidades como Lisboa, Alcobaça e Óbidos. O primeiro estabelecimento a comercializar a bebida em Lisboa, em 1840, chama-se Ginjinha Espinheira e está aberto até hoje, uma ótima opção para quem for visitar a cidade. O endereço é Largo de São Domingos, 8, Centro Histórico de Lisboa. -
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PÁLINKA – HUNGRIA – A pálinka é uma aguardente feita à base de frutas cultivadas em planíces húngaras, como a ameixa, o damasco, a pera e a maçã. De acordo com a lei da Pálinka, estabelecida pela Comissão Europeia em 2010, ela só pode ser considerada autêntica se tiver entre 37,5% e 86% de teor alcoólico e for cultivada, destilada e engarrafada na Hungria. O ideal é consumi-la entre 18º e 20º, temperatura que deixa seu aroma de frutas mais acentuado. Se for depois das refeições, melhor ainda, afinal ela funciona como bom digestivo. Aproveite o Budapest Palinka Festival, que acontece anualmente em maio na capital húngara, para provar a pálinka. Lá são apresentados mais de 300 tipos diferentes da aguardente. -
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KRUPNIKA – POLÔNIA E LITUÂNIA – Muito popular na Lituânia e Polônia, acredita-se que a krupnika teria sido criada por monges católicos romanos por volta do século 16. Durante a Segunda Guerra Mundial, era consumida pelos soldados poloneses, que também a usavam como antisséptico. A bebida consiste em um licor à base de ervas, pimenta e citrus, também conhecido como "vodca de mel". E, veja, o teor alcóolico varia de 40% até 100%. Tradicionalmente servida em copos de shot, ela pode ser consumida tanto quente quanto gelada e está sempre presente em datas comemorativas. Inclusive, é uma tradição polonesa a preparação caseira da bebida: a receita costuma ser passada de geração a geração. Mas, boa notícia aos forasteiros, hoje é fácil encontrar o modo de preparo na internet. -
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OUZO – GRÉCIA – Tradicionalmente combinada com “meze”, que são porções de pratos gregos variados, o ouzo é uma bebida à base de anis, de coloração incolor que fica com aspecto esbranquiçado quando misturada com gelo ou água. Seu teor alcoólico varia entre 40% e 50% e os próprios gregos admitem que o melhor ouzo pode ser encontrado na ilha grega de Lesvos, situada no Nordeste do mar Egeu, bem perto da Turquia. A bebida, inclusive, é bem similar ao Raki, o licor oficial consumido pelos turcos. -
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SAMBUCA – ITÁLIA – O nome tem uma certa brasilidade. Mas, apesar disso, não se engane: o licor sambuca é criação italiana, e até hoje é uma das bebidas mais tradicionais daquele país. Com cerca de 40% de teor alcoólico, seu principal ingrediente é o anis e, pela quantidade de açúcar, o gosto do licor é bastante adocicado. Por isso, uma das formas tradicionais de consumi-lo é misturando com o sabor e aroma amargos do café. A tradição dita que o licor deve ser consumido em um pequeno copo com grãos de café flutuantes, sempre em número ímpar, o que inspirou o apelido "Sambuca con la mosca" (literalmente, Sambuca com a mosca). Na forma ideal, o drinque deve ser flambado para que o aroma e o sabor do café se misturem ao gosto adocicado de anis. Onde encontrar o sambuca? Fácil: além dos bares, na maioria dos supermercados. Uma das marcas mais conhecidas é a Molinari.
Escrito por Renata Arcoverde
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