Em 1908 desembarcava no Brasil, no Porto de Santos, o Kasato-Maru, o primeiro navio com imigrantes japoneses. Grande parte desses trabalhadores estabeleceram-se em comunidades rurais no interior do Estado de São Paulo, que até hoje preservam os laços culturais dos nikkeis (os descendentes de japoneses) com o Japão. Apresentamos, a seguir, algumas das cidades mais japonesas do interior de São Paulo. São espaços públicos, como o Parque Centenário da Imigração Japonesa, de Mogi das Cruzes (foto), esculturas, a exemplo da obra de Yutaka Toyota, em Bastos, e prédios religiosos, dentre os quais o Templo Budista Daigozan Jomyoji é o mais impressionante. Banzai!
-
Zeti Muniz/zeti-muniz.blogspot.com
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
SUZANO — Localizada a apenas 70 km de São Paulo, a cidade é um polo do ecoturismo, de esportes de aventura e da difusão da cultura nipo-brasileira. Um dos principais símbolos de Suzano é o Templo Budista Daigozan Jomyoji, que abriga um Fudo Myoo, uma estátua de Buda de 3 metros de altura entalhada em uma única peça de tronco de madeira. É possível chegar a Suzano de carro (Rodovia Ayrton Senna e Mogi-São Paulo) ou de trem (CPTM a partir da Estação da Palmeiras/Barra Funda). -
Divulgação
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
SUZANO — Até mesmo as piscinas do parque aquático local, o Magic City, está repleto de menções à cultura oriental, como os conjuntos de ofurôs e piscinas aquecidas com hidromassagem. Saiba mais em magiccity.com.br -
Divulgação
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
MOGI DAS CRUZES — Outra cidade próxima à capital paulista (são apenas 48 km), a localidade é o ponto final do Expresso Turístico Mogi das Cruzes (a partir da Estação da Luz), que faz a viagem pelos trilhos da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, construída ainda no tempo do Brasil Império. -
Flickr/Ferbando Stankun
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
MOGI DAS CRUZES — A chegada dos japoneses em Mogi das Cruzes aconteceu em 1919 e hoje a cidade é a segunda maior em número de nikkeis (descendentes de japoneses) do Estado de São Paulo — a capital é a primeira. São entre 25 e 30 mil pessoas, o que corresponde a 8% da população mogiana. Todos os anos, no mês de novembro, na Associação dos Agricultores de Cocuera, acontece o festival Furusato Matsuri, com apresentações de diversas manifestações culturais. Um dos momentos mais emocionantes é o show de taikô (foto), um tipo de tambor tradicional do Japão. Em japonês, furusato significa "volta à terra natal" e matsuri "festividade". Saiba mais pelo telefone: (11) 4792-2604. -
Divulgação
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
MOGI DAS CRUZES — Inaugurado em 2008, o Parque Centenário da Imigração Japonesa abriga o Museu Taro Kono e o Museu Cidades Irmãs. Além disso, o parque de 21,5 hectares possui dois toris (foto), construídos nos moldes das pontes tradicionais japonesas, e uma réplica do navio Kasato-Maru, que desembarcou no Porto de Santos em 1908 com a primeira leva de imigrantes. Saiba mais em mogidascruzes.sp.gov.br -
Flickr/Henry Toyoshima
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
BASTOS — A cidade foi fundada a partir do estabelecimento dos japoneses que chegaram no Brasil para trabalhar na fazenda de mesmo nome em 1928. Um dos pontos turísticos mais conhecidos é o Templo Budista, na região central da cidade. O mais recente é um obelisco em homenagem às bandeiras do Brasil e do Japão, criado pelo artista japonês radicado no Brasil Yutaka Toyota. Obras do escultor também podem ser conferidas em uma exposição em Brasília, no. Bastos fica a cerca de seis horas da capital (pelas Rodovias Castelo Branco e Comandante João Ribeiro de Barros). -
Divulgação
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
BASTOS — Fundado em 1975 no prédio do antigo hospital da cidade, o Museu Histórico Regional Saburo Yamanaka tem um dos mais importantes acervos da cultura japonesa no Brasil. Ali estão registrados momentos da história da imigração na região e são exibidos objetos que ilustram seus ciclos econômicos. Entre 1930, Bastos era conhecida por sua pungente produção de algodão. A partir de 1950, a atividade principal da comunidade japonesa passou a ser a avicultura. -
Flickr/Olavo Martins
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
COMUNIDADE YUBA — MIRANDÓPOLIS — Localizada a cerca de 600 km da capital paulista, esta pequena comunidade rural é composta por cerca de 60 descendentes de japoneses de vinte famílias diferentes. As crianças que crescem ali aprendem técnicas de cultivo na roça e uma série de outros hábitos e costumes da cultura oriental, como danças típicas e a escrita em kanji. Em 2010, a fotógrafa Lucille Kanzawa lançou o livro 'Yuba' (Terra Virgem Editora, 120 páginas), com registros raros de cenas da comunidade. -
Flickr/Olavo Martins
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
COMUNIDADE YUBA — MIRANDÓPOLIS — O assentamento de imigrantes japoneses Yuba foi fundado em 1924, na Fazenda Aliança. A primeira equipe de beisebol, o esporte mais popular do Japão, foi formada logo depois, em 1926. Além da prática do esporte, a comunidade promove o ensino de música, teatro (foto), balé, pintura, cerâmica, artesanato e poesia haicai. -
Divulgação/Lucille Kanzawa
Parques verdes, templos e museus no interior de São Paulo preservam a história da imigração japonesa no Brasil
COMUNIDADE YUBA — MIRANDÓPOLIS — Os moradores da comunidade almoçam juntos e, para avisar que a refeição será servida, utilizam-se do som de um berrante. Apesar de serem descendentes de imigrantes do Japão, onde budismo e o shintoísmo são as religiões mais populares, a maior parte de seus moradores é evangélica. Saiba mais em brasil-ya.com
Escrito por Márcio Cruz
Comentários dos leitores
- Envie um comentário