REGIÃO NORTE – O cenário de Ponta Negra (na foto), uma praia fluvial em Manaus à beira do Rio Negro, é ideal para saborear as iguarias nortistas. Comece pelo pato no tucupi, feito com a ave marinada em um tempero extraído da raiz da mandioca brava. O cardápio típico inclui ainda o pirarucu à casaca, prato à base de leite de coco, banana pacovan (semelhante à banana da terra), farinha de Uarini (derivada da mandioca e produzida em um município com esse nome) e temperos. Para fechar o menu, aposte no suave mousse de cupuaçu.

REGIÃO NORTE – A degustação de algumas dessas iguarias pode ser feita no Choupana, restaurante famoso em Manaus, de decoração rústica e elegante. Na foto, pato no tucupi.

REGIÃO NORTE – É no Estado do Pará que brota 90% de todo o açaí produzido no mundo. Ali ele é cultivado, colhido, vendido, exportado ou transformado em sabonete, licor e até perfume. Tudo começa nos açaizais onde produtores experientes saltam nas árvores com seus pés amarrados por peconhas (corda feita de fibras de plantas) e colhem em média 150 quilos da fruta por dia. Em seguida, o produto é levado para a capital, Belém, onde é comercializado e degustado. Os locais saboreiam a iguaria com farinha de tapioca, peixe e em sorvetes e picolés. Para você experimentar também, visite o mercado Ver-o-Peso em Belém (Av. 16 de novembro. Ter. a dom., 9h-22h30) e suas adjacências, parada obrigatória para quem visita a capital paraense.

REGIÃO NORTE – Mercado Ver-o-peso, em Belém do Pará.

REGIÃO NORDESTE – Experimentar vatapá, acarajé e receitas com azeite de dendê já faz parte do programa de qualquer turista que visita a Bahia. Para dar um gostinho de novidade, prove o mugunzá. Os ingredientes básicos do prato são feijão e milho, complementados com linguiça em algumas regiões, enquanto em outras ele é consumido doce. É o caso de Salvador: no Café Mungunzá, ele é preparado em forma de mingau.

REGIÃO NORDESTE – Quem é da Região Sul ou Sudeste do país também vai se esbaldar com as frutas típicas do Nordeste, como cajá, seriguela, cajarana, pitomba e buriti, deliciosamente servidas em forma de doces, mousse ou sorvete. Na foto, o pequi. Embora seja uma fruta típica do cerrado brasileiro, o pequi é muito utilizado na cozinha nordestina.

REGIÃO NORDESTE – E quem nunca saboreou o famoso bolo de rolo? O doce, recheado com goiabada, é de origem pernambucana e já conquistou as padarias de outros cantos do Brasil, como as de São Paulo, por exemplo. Ao visitar a terra natal do bolo de rolo (na foto), Recife, não deixe de abocanhá-lo na Casa dos Frios, cuja receita é famosa na cidade.

REGIÃO CENTRO-OESTE – O prato-chefe, ops, carro-chefe da culinária da região central do Brasil é o peixe de água doce. Para citar alguns: pintado, dourado, bagre e pacu, degustados fritos, assados ou ensopados. Em Cuiabá, é possível degustar um delicioso pintado na brasa na Peixaria da Vovó (na foto. Av. Prainha, 1.585. Ter. a dom., 11h-15h) e ainda dar uma esticadinha até a cinematográfica Chapada dos Guimarães, a 70 km da cidade, onde uma caminhada vai garantir uma boa digestão. Em Goiás, o pequi aparece, acompanhando o arroz ou o frango cozido. Para o lanche da tarde, experimente um empadão goiano, cujo recheio vai de acordo com o gosto do freguês: milho verde, frango ou linguiça. Não é raro encontrar cajuzeiros carregados de cajus maduros e suculentos nos quintais das casas.

REGIÃO CENTRO-OESTE – Vista da Chapada dos Guimarães, MT.

REGIÃO CENTRO-OESTE – As bebidinhas regionais do Centro-Oeste também são de dar água na boca. Devido à influência do vizinho Paraguai, o consumo de tereré – infusão de água gelada e erva-mate – no Estado de Mato Grosso do Sul é um costume local. Outra bebida comum na região é o licor de pequi, encontrado juntamente com outras comidinhas típicas no box de nome bastante propício – Coisas de Goiás (na foto) –, no Mercado Central de Goiânia.

REGIÃO SUDESTE – Cada Estado da região Sudeste apresenta uma culinária própria. No cardápio de pratos típicos do Espírito Santo, o destaque vai para a moqueca capixaba. Feita com peixe fresco (robalo, badejo ou namorado), sementes de urucum e pimenta malagueta, ela é tradicionalmente servida na Semana Santa e facilmente encontrada no Estado, inclusive nos bons restaurantes da Praia de Meaípe (na foto), em Guarapari.

REGIÃO SUDESTE – Com a grande influência de imigrantes em São Paulo, a culinária do Estado se revela como uma colcha de retalhos, que abrange desde a cozinha japonesa à francesa. Mas procurando bem, é possível encontrar uma ou outra opção um pouco mais autêntica, como o pastel, petisco mais famoso do Brasil sempre presente nas feiras livres paulistanas, e o virado à paulista, feito de arroz, tutu de feijão, couve e carne de porco e apreciado em restaurantes que vão desde o estilo ‘boteco’ até os mais refinados, como o Badaró, nos shoppings Morumbi e D&D.

REGIÃO SUDESTE – Famosa pelos temperos e pelo sabor caseiro, a cozinha mineira já se tornou patrimônio brasileiro, cujos mais ilustres representantes são o feijão tropeiro e o angu. As carnes mais usadas são a de porco e a de frango, base de saborosos pratos como leitão à pururuca, torresmo, pernil assado e angu de fubá com frango. Na foto, a capital mineira, Belo Horizonte.

REGIÃO SUDESTE – O Rio de Janeiro, por sua vez, nos presenteia com o picadinho carioca e a sopa Leão Veloso, preparada com frutos do mar e cujo nome é uma homenagem ao diplomata Paulo Leão Veloso, que trouxe a receita da França para o Brasil. Entretanto, há quem atribua a autoria da receita ao tradicional restaurante Rio Minho (casa azul na foto. R. Do Ouvidor, 10. Seg. a sex., 11h-16h), no centro do Rio, que existe desde 1884.

REGIÃO SUL – Esqueça o churrasco. Não que ele não seja típico do sul do Brasil, mas a tríplice de Estados dessa região tem opções de pratos menos batidos. Um exemplo é a deliciosa e obrigatória polenta frita, influência dos italianos de Caxias do Sul, RS. Também tipicamente sulistas são as iguarias ‘galeto ao Primo Canto’, um frango assado na brasa, e o famoso arroz de carreteiro – todos facilmente encontrados nos charmosos restaurantes da Serra Gaúcha (na foto), como o Galeto Mamma Mia, em Gramado.

REGIÃO SUL – No litoral do Paraná, mais precisamente na cidade de Morretes (na foto), vale provar o barreado, prato de carne cozida em panela de barro por longas horas e servida com arroz e farinha de mandioca. Outro ingrediente sempre presente na cozinha paranaense é o pinhão, abundante na região devido às araucárias, nativas dali, e consumido de várias maneiras: assado, cozido, com sal ou mel.