HISTÓRIA – A lendária Rota 66, apelidada pelos americanos de 'Mother Road' ('Estrada-Mãe') foi construída em 1926 e liga o país de leste a oeste, de Chicago a Los Angeles, passando pelos Estados de Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, Novo México e Arizona, em uma extensão total de quase 4 mil km.

HISTÓRIA – A Rota 66 foi palco de importantes marcos da história americana, como a onda migratória resultante do ‘Dust Bowl’ – fenômeno da década de 1930 em que a região sofreu severas tempestades de poeira, causadas por uma combinação de métodos de plantação arcaicos e períodos de seca. Muitas pessoas deixaram suas terras no interior do país (em Oklahoma, principalmente) e viajaram pela Rota 66 até a Califórnia, onde se estabeleceram.

O QUE FAZER – Partindo de Chicago pela Rota 66, você vai ter todo o Estado do Illinois para cruzar. A pequena cidade de Atlanta (sim, xará da capital da Georgia), onde todo o centro histórico é herança do que foi a Rota 66, o ‘Route 66 Hall of Fame & Museum’ (na foto), em Pontiac (110 W. Howard Street. Siga pela Rota 66 até a Rota 116; grátis), com lembranças e objetos dos tempos de ouro da Rota e o Henry’s Habbit Ranch (1107 Historic Old Route 66. henrysroute66.com) – um museu e centro turístico (com coelhos), que também conta a história da lendária estrada – são algumas das atrações nesse primeiro (e longo) trecho da viagem.

O QUE FAZER – No Estado de Missouri, siga as placas para as Cavernas Meramec (1135 State Highway W, Sullivan; US$ 15. americascave.com) se quiser um pouco de aventura. De volta à Rota 66, a próxima parada é o Devil’s Elbow (a 8 km a leste da cidade de St. Robert, no Condado de Pulaski), uma comunidade que guarda muita história, com pousadas e mercados que serviram aos viajantes que passavam pela estrada. Para mais opções que recontem a história da Rota 66, siga para a cidade de Springfield (na foto. missouriroute66.blogspot.com.br/p/springfield.html).

O QUE FAZER – Em Oklahoma está a escultura kitsch e tipicamente turística ‘Blue Whale’ (na foto. 2600 N Hwy 66), em Catoosa, e o Worlds’s Largest Totem Pole, o totem mais alto do mundo, com 53m de altura, na cidade de Foyil. Em Yukon, terra natal do cantor de música country Garth Brooks, tem mais um museu com o nome da Rota 66. Para comer, Metro Diner (3001 E 11th St ), em Tulsa, onde Elvis também já comeu. Para passar a noite, The Lincoln Motel (740 E 1st St), em Chandler, lembrando que ‘motel’, em inglês, é uma pousada à beira da estrada e nada mais. Dali, siga para o Texas, onde lhe espera a cidade fantasma de Glenrio, onde alguns estabelecimentos dos tempos em que o tráfego na Rota 66 era intenso – posto de correios, um motel e um posto de gasolina – permanecem dispostos como peças de um museu a céu aberto. A via principal da cidade também continua intacta.

O QUE FAZER – No Novo México, penúltimo Estado do nosso roteiro, você vai encontrar trechos da Rota 66 que permanecem sem pavimentação e ainda vai ver algumas ‘pegadas’ dos trens que passavam à beira da estrada enquanto dirige alguns quilômetros sem encontrar ninguém pelo caminho, exatamente como era antigamente. Para descansar, hospede-se no Blue Swallow (815 Historic U.S. 66, Tucumcari. blueswallowmotel.com) ou no El Rancho Hotel (1000 E 66, Gallup; diária para casal com taxas, US$ 104. ranchohotel.com), onde artistas famosos de filmes antigos costumavam se hospedar.

O QUE FAZER – Último Estado antes de chegar à Califórnia, o Arizona tem um dos trechos mais preservados e fotografados da Rota 66. Ali esta a Oatman, outra cidade fantasma que hoje está em reconstrução. Para dormir, escolha o ‘Wigwams’ (na foto. 811 West Hope Drive, Holbrook, Arizona), uma pousada tradicional ali, onde as acomodações são ocas feitas de concreto. Para visitar, The Petrified Forest, o Painted Desert e a The Meteor Crater são imperdíveis.

Painted Desert, no Arizona.

ANTES DE IR, PLANEJE-SE – A Rota 66 deixou de fazer parte da ‘US Highway System’ – sistema de estradas interestaduais dos Estados Unidos – para configurar entre as estradas históricas do país. Por isso, a sinalização ali é precária e você nunca tem certeza se ainda está nela. Por isso, orinte-se sempre por um bom mapa e/ou GPS atualizado.

ANTES DE IR, PLANEJE-SE – Como a Rota 66 é um destino por si mesma, não tenha pressa de percorrê-la. Para ver tudo com calma e viver cada aventura com intensidade, o ideal é dispor de 4 semanas. Geralmente, a viagem começa do leste para o oeste – um detalhe que faz muita diferença na hora de alugar um carro, porque o custo no oeste ao entregá-lo acaba sendo menor do que no leste. Na foto, fim da Rota 66, em Santa Mônica, Los Angeles.