Time Out Viagem

Chapadas no Brasil

Confira as dicas pelos cenários impressionantes das chapadas brasileiras.

Cânions, rios, cavernas, cachoeiras, corredeiras, vegetação de serrado, paredões e mirantes – são inúmeras as surpresas que aguardam os turistas que procuram as chapadas brasileiras. Confira as dicas da Time Out Viagem sobre os destinos preferidos dos aventureiro, com preços de diárias e pacotes para o Réveillon.


Diamantina / Guiamrães / Veadeiros / Onde ficar nas Chapadas / Comer e beber nas Chapadas


CHAPADA DIAMANTINA – Locais costumam dizer que “da Chapada, ninguém sai ileso”. Que o digam joelhos ralados nas trilhas ou visuais únicos – como o do Vale do Pati – guardados na memória e nas fotos. Escolha as trilhas segundo seu fôlego e espírito aventureiro, não se esqueça de levar o tênis mais confortável que tiver e curta essa outra Bahia – tão longe das praias e do acarajé.

Antiga zona de garimpo de diamantes transformada em um dos principais destinos ecológicos do país, o Parque Nacional da Chapada Diamantina ocupa nada menos que 152 hectares de montanhas, vales, rios e cachoeiras exatamente no meio do Estado da Bahia.

Trilhas de vários dias pela mata são o forte da Chapada Diamantina. Ao todo, são 40 catalogadas. A do Vale do Pati (foto), a mais conhecida de todas, tem cerca de 80 km e atravessa cenários impressionantes de montanha, altiplanos, riachos e cachoeiras. Claro que não existe mordomia: noites dormidas no chão e banhos só de água gelada, das cachoeiras. Vale lembrar que a época de chuvas da Chapada começa entre fevereiro e março e vai, mais ou menos, até outubro. Mas não desanime. O aguaceiro deixa as cachoeiras e rios muito mais fortes – e compensa a trilha enlameada.

Por ali, Lençóis (foto), a 427 km quilômetros de Salvador, é de longe a cidade com melhor infraestrutura, com pousadas e restaurantes transados descolados. Mas é a porção mais ao sul do parque que guarda os melhores passeios e vale visitar vilas menores na região como Andaraí, Mucugê e Xique-Xique do Igatu, antigas cidades ricas devido à exploração de ouro e diamante, vale muito a pena.

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CHAPADA DOS GUIMARÃES - Dizem que há forças ocultas por lá – e elas são do bem, apesar de uma de suas atrações se chamar Portão do Inferno, curva ao lado de um cânion de mais de 50m de altura, que abriga ninhos de araras. Existem nomes mais palatáveis (mas não menos sugestivos), como Dedo de Deus e Morro Santo Antônio, mas o que importa mesmo são as belezas desse paraíso bruto. O céu é multicolorido, há dunas de arenito, quedas livres de água cristalina, cavernas e lagoas.

A cerca de 70 km de Cuiabá, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi criado em 1989 para preservar os ecossistemas de cerrado, matas de encosta e ciliares, 50 sítios arqueológicos (com pinturas rupestres e fósseis de animais pré-históricos), monumentos históricos e as cabeceiras dos rios que compõem as bacias hidrográficas Alto Paraguai e Amazônica. Rochas esculpidas pelo vento, formas que lembram muralhas, castelos e ruínas de uma cidade. Assim é a Cidade de Pedra, outro lugar que merece visitação.

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CHAPADA DOS VEADEIROS - Situado na porção norte do Estado de Goiás, a 230 km de Brasília, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (chapadadosveadeiros.tur.br) – Patrimônio Mundial Natural pela Unesco – engloba uma área de 650 mil km², entre paisagens de serrado, cânions, chapadões, rios da bacia hidrográfica do Tocantins e cachoeiras. Contracenam com o visual privilegiado lobos-guará, emas, onças, macacos, lagartos e veados.

Para os mais místicos, a visita à Chapada é motivada pela energia do lugar, conhecido como “coração magnético do Brasil”. Dizem os crentes que a Chapada dos Veadeiros é cortada pelo paralelo 14, o mesmo de Machu Picchu, no Peru – daí a sintonia cósmica. Alto Paraíso atrai tantos visitantes em busca da energia da Chapada, que o lugar tem várias construções em formato de pirâmide. Ainda, algumas das pousadas da vila oferecem terapias e massagens alternativas. Acreditando ou não no seu poder energético, elas são uma ótima opção para relaxar das trilhas.

Se o tempo for curto, priorize o Vale da Lua (foto), a 30 km de Alto Paraíso. O lugar ganhou esse epíteto graças às suas formações rochosas de aspecto lunar, esculpidas ao longo de milhões de anos pelo Rio São Miguel. Depois de brincar de Neil Armstrong, vale dar um mergulho nas piscinas naturais dentro das crateras. Se o tempo não fo curto, considere dedicar um dia exclusivo para cada uma das duas trilhas do Parque Nacional, a dos Saltos e a dos Cânions. A primeira é permeada por cristais no chão, espalhados pela própria natureza. Seguindo rumo ao mirante (quase 1h30), chega-se a uma vista panorâmica de onde se vê a Salto 2, cachoeira com nada menos que 120m de altura.

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ONDE FICAR

Dimantina
Guimarães
Veadeiros

Diamantina - Parte do ‘Roteiros de Charme’, a Canto das Águas (foto) (75–3334-1154; lencois.com.br), em Lençóis, é uma das opções mais sofisticadas de todo o Parque da Chapada Diamantina. Suas diárias variam de R$ 331-R$ 1.231, com café da manhã (tarifas válidas até 15/12/2014, exceto feriados prolongados e eventos especiais). Para o Réveillon, o pacote de 4 noites para o casal varia de R$ 3.491-R$ 9.979. O mais tradicional é o Hotel de Lençóis (75 3334-1102, hoteldelencois.com), com diárias que variam de R$ 280-R$ 555 (para feriados e datas comemorativas, consultar hotel). Mais hotéis na Chapada: guialencois.com.br

Guimarães - Hotel Turismo (Av. Fernando Corrêa da Costa, 1065; tel. 65-3301-1176, hotelturismo.com.br). Diárias é R$ 250 por casal. Para quem vai passar o Réveillon, vai desembolsar R$ 280 para a diária do casal, com café da manhã..

Veadeiros - O Hotel Europa (R. 01 - Qd. 7 - Lote 1, Setor Planalto, Alto Paraíso, tel. 62–3446-1558; hoteleuropadegoias.com.br) tem acomodações com banheiro privativo, ventilador e, nas categorias mais luxuosas, ar condicionado e frigobar. As diárias variam de R$ 120 a R$ 150. A Paralelo 14 (R. Leozino Bernardes, Qd. 52, lotes 13, 14 e 15, Bairro Monte Sinai, Alto Paraíso, 62 3446-1137; pousadaparalelo14.com) tem bangalôs com duas suítes cada, todas equipadas com frigobar, banheiro e jardim privativo. A pousada tem parceria com serviços de massagem, que oferecem um extenso cardápio de tratamentos naturais. Diárias de R$ 60 a R$ 80 por pessoa.

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COMER E BEBER NAS CHAPADAS

Não pense em fazer dieta durante sua estadas nas chapadas brasileiras. Você vai mesmo precisar nutrir-se depois de tanta adrenalina. Não deixe de experimentar as receitas feitas com ingredientes típicos da região, como o godó de banana (ensopado de carne com banana verde) na Chapada Diamantina. Nos Guimarães, todos os restaurantes têm o chamado "churrasquinho": arroz, feijão, mandioca, farofa, vinagrete e carne. Não deixe de experimentar a galinhada, um dos mais tradicionais pratos locais. Dos Veadeiros, não volte sem experimentar um prato de matula, a feijoada do cerrado, que leva feijão branco, farinha de mandioca, paçoca de carne de sol, linguiça, carnes.

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Escrito por Gracita Kerr
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