Entre a Lagoa, Humaitá e Jardim Botânico, há um pólo exclusivo de restaurantes composto pelo Mr Lam, 66 Bistrô, Olympe e Oro, que deixam qualquer gourmand exigente plenamente satisfeito. O restaurante Oro faz parte desse hall da fama com sua haute cuisine curios.

Menus de degustação elaborados são a ordem do dia no Oro, restaurante premiado do chef carioca Felipe Bronze, e a mais recente adição ao pólo de alta gastronomia carioca. Logo ao entrar no restaurante, nota-se que o foco principal é a cozinha, onde se pode seguir os passos dos chefes de qualquer uma das mesas, através da grande janela de vidro. As expressões faciais de satisfação com o que sai de suas panelas enormes e engenhocas improvável merece serem testemunhadas.

As mesas ficam bem próximas umas das outras, ao longo da parde de tijolo aparente. As cadeiras de vime compões o ambiente com temática dos anos 80, que juntamente com os tons francês salpicado adicionam uma reminiscência agradável ao ambiente .
O menu carro chefe da casa é composto por oito pratos contemporâneos e super elaborados. Destaque para o primeiro prato: delicioso peixe filhote, típico da Amazônia, que vem acompanhado de açai e ovo de codorna com essência de trufas.

O açaí também apareceu em dois dos outros pratos, servidos salgados com fatias de banana, outra homenagem ao norte do país, e regados com um molho espectacular de foie-gras. Nitrogênio líquido é um dos truques do chefe para manipular a consistência dos alimentos na própria mesa do cliente. O prato seguinte, Caprese, é um queijo cremoso coberto por um molho de tomate vermelho e saboroso.

O stake tartar é previsivelmente triunfante, servido juntamente com chips de batata crocante. A única decepção foi a carne de sol com abóbora, simples demais e pesada para fazer parte desse menu tão exclusivo. Mas o duo de camarões que se seguiu, fecharam o menu com chave de “oro”.

A sobremesa foi uma produção à altura dos pratos: Chocolate, caramelo e ovos, sendo o trio de ingredientes representada no formato mini-churros, fondant de chocolate e pedaços de ovos num pudim de coco. Adicionada a sobremesa, uma mousse de chocolate é servida à parte como um show: novamente o nitrogênio é esguichado dentro da mousse, que endurece totalmente para ser quebrada em pedaços de chocolate dentro do prato.

O amor liberal com que os truques são exibidos é totalmente brasileiro, bem como o uso dos ingredientes locais. Oro Bronze é sem dúvida uma adição única à cena gastronômica do Rio, mas não se pode deixar de notar que o estilo moderno na elaboração dos pratos merecia um ambiente mais dinâmico para sua apresentação.