Time Out São Paulo

Osaka

Rede peruana funde sabores japoneses e andinos.

Osaka

Preço Pratos principais, R$ 42-R$ 72

Horário de abertura Seg. e ter., 12h-15h e 19h-0h; qua. e qui., 12h-15h e 19h-0h30; sex., 12h-15h e 19h30-1h; sáb., 12h30-16h e 19h30-1h; dom., 12h30-16h.

Rua Amauri, 234, Itaim Bibi

Telefone 3073-0234

Site de Osaka

Não confunda o Osaka com a franquia paulistana de restaurantes japoneses; este aqui é a primeira filial brasileira do elegante restaurante de Lima, que pratica a “culinária nikkei”, expressão que agora é sinônimo de comida nipo-peruana, ignorando o fato de os nikkeis (japoneses que saíram do Japão) já terem alcançado o mundo todo – inclusive o Brasil, que hoje é lar de mais descendentes de japoneses do que o Peru.

Apesar de os sushis abrasileirados – como o hot roll e o maki com cream cheese – ainda serem os favoritos do paulistano, o Peru já exportou a culinária japonesa fusion para o mundo inteiro, junto com alguns clássicos peruanos como o ceviche e as causitas (bolinhos de purê de batata e acompanhamentos, R$ 14).

Você encontra tudo isso, e mais, no compacto menu do estiloso Osaka, dividido entre ceviches, tiraditos (peixe cru semelhante ao sashimi, R$ 24-R$ 52), causas, anticuchos (espetinhos de carne), saladas, sushis e pratos quentes. Trata-se de culinária nikkei em alto estilo, desde o espaço – pé-direito duplo, iluminação dramática, treliças de madeira entalhada e um lustre de madeira de quatro metros – até a clientela bem vestida e a comida sofisticada. As vieiras, por exemplo, chegam à mesa em chamas, a carne delicada quase indetectável sob uma camada de parmesão derretido, na Vieira a la Parmesana (R$ 26-R$ 47).

O Hot Rock Ceviche (R$ 68) vem com finos pedaços de peixe dispostos em uma pedra quente, sobre a qual um caldo de missô, chilli e lima é derramado com efeito abrasador; a única decepção foi ter faltado força ao sabor. A combinação “peixe e pedra quente” funcionou melhor para o Sakana Ishiyaki (R$ 58) – peixe cru numa infusão de ervas que leva coentro e pimenta tipo togarashi, frito pelo próprio cliente na pedra quente.

O ceviche depende da sorte. Experimentamos três (R$ 42-R$ 46 cada ou R$ 64 os três), e amamos o tempero azedinho do Andino, com atum e yuzu (fruta cítrica) – apesar de o atum estar fibroso. Já o Indo, com salmão, manga, geleia de pimenta tailandesa e coco, estava doce demais.

A verdade é que, a R$ 200 por pessoa (incluindo uma ou duas bebidas da criativa carta de coquetéis e comida em quantidade satisfatória), o benefício do Osaka não parece valer o custo. Mas, se você gosta de seguir a moda, de glamour e de uma versão diferente de comida japonesa, pode ser um uma boa.

Escrito por Catherine Balston
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