Alguém realmente assiste os filmes Os Mercenários? Existem legiões de bombados de meia idade que anseiam pelos bons tempos de Chuck Norris dizimando estrangeiros com uma metralhadora?
Desta vez, Sylvester Stallone (que também escreveu essa bobagem) e seu grupo de mercenários entusiasmados, que parecem ter uma deficiência em usar a ironia, se envolvem com o comércio internacional de armas, que no filme tem a forma do fofoqueiro e ex-mercenário Mel Gibson. Para ajudar, Stallone traz Wesley Snipes, na pele de um médico que estava na prisão, Harrison Ford, que parece quase chorar de tédio interpretando o chefão da CIA e Arnold Schwarzenegger que volta como, bom, Arnold Schwarzenegger.
Nenhum desenvolvimento de personagem parece ter sido feito com nenhum desses três (muito menos com o pelotão de novos e substituíveis machos que ele coloca no time). Enquanto isso, o diretor Patrick Hughes, que só tem em sua lista de feitos o esquecível faroeste australiano Busca Sangrenta, está claramente muito fora de sua profundidade nesses filmes de ação.
Agradeça aos deuses da guerra por Antonio Bandeira, que rouba a cena sozinho – e quase salva o filme – como um assassino loquaz.