Na Lapa, nos arredores do Centro Histórico, a charmosa rua do Lavradio é conhecida pelos deslumbrantes antiquários e também pelos bares, restaurantes e casas de shows. O trecho entre as ruas do Senado e Visconde do Rio Branco fica fechado para carros, e é ali que os boêmios de plantão podem dar uma caminhada pelo calçadão de paralelepípedos, onde se deparam com uma tarefa árdua: escolher onde curtir o happy-hour ou adentrar a madrugada. No entorno, diversos bares com agradáveis áreas externas e música ao vivo, com repertório dedicado a MPB e o samba, claro. É o caso do Mangue Seco, irmão do famoso Rio Scenarium, que tem como atrativos uma completa cachaçaria  e o caranguejo, sazonalmente no cardápio.

Na carta de bebidas, todas as cachaças de alambique produzidas no Rio, incluindo as tradicionalíssimas de Paraty, e uma seleção especial de rótulos de Minas Gerais e grande oferta da produção nacional. O cardápio com mais de cem opções traz um pouco sobre as histórias e curiosidades da branquinha. Quem quiser uma opção mais suave, mas não quer deixar de provar a prata da casa, a caipirinha feita com a cachaça envelhecida em barris de carvalho, é uma delícia (R$9). A de abacaxi com hortelã é pra lá de refrescante! Entre as cervejas, a Antarctica Original é gelada, mas o preço é salgado. Custa R$8,90.

Para saborear a especialidade da casa é preciso um pouco de sorte, já que nem sempre está disponível. Os caranguejos vem, geralmente, de manguesais de Angra dos Reis, de onde vem também os camarões, estrela da saborosa moquequinha (R$32). Em versão petisco, é servida quase como manda a tradição baiana: numa panelinha de barro e com um impecável molho de azeite de dendê. Mas quem já comeu a receita nordestina trocaria facilmente as torradinhas que acompanham o prato, que serve dois, por uma farofinha.