Fundado por portugueses da ilha da Madeira, o adega existe desde 1957 em Copacabana. Com mais de 100 especialidades em petiscos e vinho vendido no caneco, este boteco é um clássico absoluto e considerado patrimônio da cidade, pelos boemios de Siqueira Campos. Na década de 60, quando existia do Teatro Opinião, logo em frente ao Adega, artistas como Beth Carvalho, João Nogueira e Nelson Cavaquinho eram frequentadores aqui. Passados muitos anos, ainda se sente na pele o legado boemio na alma do bar e de seus animados clientes.

Há um ano, o Adega ganhou novos donos, que compraram o boteco diretamente dos últimos remanecentes da família portuguesa. Ainda emocionados com a compra, os amigos de bar Heitor, Pezão e Marcelo contam que sempre foram frequentadores e que ao sabarem da venda não pensaram duas vezes em lutar por esta Pérola. E assim prometem orgulhosamente manter a tradição de sucesso por aqui. Primeiramente, todos os funcioários foram mantidos, incluindo o cozinheiro que há 30 anos guarda as receitas dos petiscos. Ceará, ou Beto no cartório, também tem 25 anos na casa e conhece na intimidade cada um dos clientes.

Os tira gostos mais famosos são: o infame alho espanhol, que promete milagrosamente não deixar bafo e nem cheiro (só provando o dente inteiro cru para crer). O polvo marinado e (R$18 cada 100g) a lula apimentada (R$14 cada 100g) também são xodós por aqui, sempre acompanhados por uma cestinha de pão francês. Para beber, a cerveja regional clássica Therezópolis é servida daquele jeito...Ou então o famoso vinho de garrafão de Farroupinha, servido no caneco por R$5, além dos mais de 30 rótulos diferentes de cachaça. Para os mais conservadores, o caldinho de feijão (R$6) e o caldo verde português (R$8) não deixam nada a desejar.