Osteria Policarpo
1411m
Preço de R$ 6 até R$ 12Meia entrada para estudantes com carteira, idosos, menores de 18 anos, portadores de necessidades especiais. Gratuidade: menores de 5 e maiores de 80 anos; membros do ICOM)
Horário de funcionamento Ter-Sex: 10h-18h. Sáb-Dom: 10h-17h.
Telefone (21) 2205-8612
O Brasil é celebrado como um dos centros mais importantes de arte Naïf do mundo e essa coleção, montada pelo joalheiro Lucien Finkelstein, presta homenagem a isso. O Museu Internacional de Arte Naïf abre novamente sua coleção para o publico, depois da morte do colecionador.
O MIAN reúne hoje o maior e mais completo acervo do mundo no gênero. São mais de 6000 obras de pintores de todos os Estados do Brasil e de mais de 100 países, desde o século XV aos dias de hoje, registrando a história da arte naïf. Na Lojinha do Artista o visitante encontra obras dos mais renomados artistas naïfs bem como um pequeno café gastronômico.
Finkelstein saiu da França depois da Segunda Guerra Mundial e com 16 anos veio para morar com os tios no Rio de Janeiro. Não demorou para ele ficasse apaixonado pela cidade e pela arte de Heitor dos Prazeres e Miranda. A primeira compra para a coleção foi uma tela pintada por Prazeres. A coleção cresceu e acabou ganhando três títulos honorários da Universidade do Rio.
Hoje em dia a sua neta, Tatiana Levy, administra a coleção. Ela explicou que o seu avô se apaixonou pelas cores e pelo caráter vibrante da obra de Prazeres e Miranda. “Estes artistas não pintavam por certas regras ensinadas, mas conforme as suas idéias sobre como as coisas deveriam aparecer – pintavam com o coração. O meu avô descreveu eles como ‘poetas anarquistas do pincel’.”
A coleção foi exposta no Paço Imperial em 1988. Em aquele momento. Finkelstien decidiu que merecia seu próprio espaço permanente e comprou uma casa colonial na Rua Cosme Velho. Ali fundou o lar para a coleção crescente de arte Naïf do Brasil, junto com obras da França, Itália e Haiti. Levy comentou que, “Antes o arte Naïf não era um gênero respeitado, mas o estabelecimento do MIAN ajudou em promovê-lo, tanto no Brasil quanto ao nível mundial.”
No centro da exposição atual fica a obra ‘Rio de Janeiro, eu gosto de você, eu gosto dessa gente feliz’, que Finkelstein comprou para mostrar no Paço. Essa peça é de 28m2 e demorou cinco anos para completá-la. Lia Mittarakis retrata os detalhes da cidade com um autentico caráter carioca e o toque especial de uma grã artista de arte Naïf.
“É uma boa introdução à cidade”, Levy comenta. “Retrata tudo, do Fla-Flu no Maracanã às praias cheias, os aeroportos operando em alta velocidade, uma escola de samba desfilando pelo Sambódromo, e até a ponte Rio-Niterói vista sem trânsito nenhum! Ao olhar para essa obra percebe-se como as praias circundam a cidade – da uma perspectiva distinta, e o tamanho da obra faz com que você sinta que está dentro dela!”
Outra obra-chave que vai ser revelada ao publico de novo é a ‘Brasil, cinco séculos’ de Aparecido Azedo. Essa obra é acompanhada por uma explicação de áudio e Levy sugere 30 minutos, pelo menos, para começar a entender a complexidade da obra. Foi completada in loco pois o museu pagou Azedo entre alguns outros artistas para pintar no local. Nessa maneira o Museu é mais do que um centro metafórico do gênero no Brasil, mas um centro literal também.
“O arte naïf é algo muito especial porque é sempre muito figurativa,” concluiu Levy. “Sempre dá para perceber a história e freqüentemente tem um mote ecológico, sócio-político ou religioso. Revela muito sobre distintas culturas regionais do Brasil também, das brigas de galo de Recife ao peixe boto cor de rosa no Amazonas. É pintura do coração”.
1411m
1447m
1474m
1482m
1671m
1042m
1047m
1571m
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707m
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1968m