Duas coisas são certas quando um novo bar abre na famosa rua gastronômica do Leblon, a Dias Ferreira. Uma, que ele estará lotado de gente na primeira semana, com os jetsetters locais determinados a experimentar a nova adição ao seu paraíso do paladar, e outra, que o serviço será terrível. O Q não foge à regra.

Espremendo-se na lista dos bares da cidade em virtude da ordem de seu cardápio e do conceito por trás dele, o Q, na verdade, valoriza comidas e bebidas de igual para igual. Ou quase isso. A sagacidade encontra-se no nome “Gastrobar”, que significa que os drinks são sofisticados e a comida, contemporânea, rápida, e preparada para ser o acompanhamento perfeito para o evento principal, ao invés do contrário.

Não há dúvidas sobre o público que eles estão mirando com seus pequenos menus perfeitamente desenhados. Os coquetéis começam em R$21 para os drinks clássicos, até R$27 para os especiais da casa, como o Jungle (Absolut Pear com melancia, lima, calda de banana e pepino) e Rock Collins (R$26), em que rúcula é adicionada à receita clássica de Tom Collins.

A decoração é menos inventiva, com toques “interessantes” como o teto abarrotado por trinta cúpulas de abajur, mas isso contribui para uma ótima noite com drinks, apesar de o time que os prepara ser um pouco lento.

A comida, que é realmente muito boa e não pode ficar em segundo plano! Os mini-burguers cobertos com pasta de trufas brancas (R$29) são petiscos perfeitamente preparados para acompanhar um happy hour

Atualmente o bar tem migrado lentamente para uma versão mais restaurante, com isso, se a fome for grande, as opções de pratos são perfeitamente bem elaboradas e servidas. Recentemente o menu também foi modificado para a temporada de inverno: o risoto de rabada com broto de agrião e “torresmo” de castanha do Pará (R$ 45); o arroz de pato ao vinho tinto com linguicinha Pavelka, azeitonas e laranja (R$ 39); o cuscuz de quinoa com camarões, aspargos e cogumelos frescos (R$ 45) e o taglioline negro com lulas, camarões, tomatinhos e aspargos (R$ 59). Para sobremesa, o chef apresenta o abacaxi numa versão assada e caramelizada, servida com creme de baunilha, baba de moça e um shot de pina colada (R$ 23).