Em março de 2011, um tuíte despretensioso deu início a uma microrevolução no Baixo Augusta, pelo menos entre a parcela de defensores do bom e velho rock’n’ roll. O post denunciava a ocupação do clube Astronete por policiais que traziam uma ordem de despejo inesperada – segundo Cláudio Medusa, o proprietário, nenhum aviso prévio fora dado e a documentação estava em dia. Isso decretou o fechamento da casa querida por uma horda de rockers da cidade, com direito a blocos de cimento na porta. Indignada com a notícia, a cantora Pitty, frequentadora assídua da casa, replicou a postagem por meio de retuíte e, quase acidentalmente, iniciou o movimento Free Astronete.
Desde 2007, o número 183 da rua Matias Aires recebia o público com programação musical variada – mas sempre incluindo vertentes do rock – e pints de cerveja Guinness. No entanto a casa foi lacrada pela prefeitura, com a justificativa de falta de licença para funcionar, e uma luta pela sua reabertura começou – o tal do Free Astronete. Segundo Medusa, o imóvel foi vendido e dará lugar a um condomínio de luxo.
No dia 17 de fevereiro, em plena sexta-feira de Carnaval, a célebre balada finalmente reabriu. Em novo endereço, é verdade, “mas com a mesma atmosfera, a mesma decoração, o mesmo balcão, as mesmas festas e praticamente a mesma equipe”, diz Medusa, “mas com fumódromo”. A trupe astral ocupa o 335 da rua Augusta.
Rua Augusta, 335, Consolação, 11 3151-4568. Sex. e sab., 20h. Entrada: R$ 20 (após as 22h). facebook.com/astronete