O Instituto Cravo albin fica no bocólico bairro da Urca, numa casa quase escondida, em frente ao antigo Casino.
Sonho do seu seu fundador e idealizador, Ricardo Cravo Albin, profundo admirador da MPB e colecionador nato de discos, relíquias e todo tipo de referências da música brasileira, internacional e erudita.
“Sempre amei colecionar discos de 10 polegadas, desde meu verdrejante começo de vida”, conta Ricardo, de seu pequeno escritório empoeirado de discos, com uma vista estonteante sob a praia da Urca e a baía. Nascido em Pernambuco, foi Luiz Gonzaga que incitou nele o gosto pela nossa música,com 8 anos de idade. De lá para cá, a coleção só cresceu.
O instituto funciona a partir da própria casa dele, onde recebe as inúmeras doações de discos, que são tratados “com fraldas e talquinho”, de acordo a ele.
Com apoio da FAPERJ, UFRJ, ERRJ e UNIRIO, as coleções não páram de chegar aqui, mês a mês. Recentemente, o instituto recebeu 40 baús fechados do extinto Canecão. "Ano passado recebemos uma carreta com 1 tonelada de discos de uma doadora de Taubaté”, conta Ricardo, que tem orgulho de ser o maior preservador da nossa música, no Rio de Janeiro.
Com títulos beneméritos de cidadão carioca, Ricardo busca constantemente apoio do público e privado, para manter e preservar as memórias da nossa música. A casa está sempre aberta para receber curiosos, amantes e pesquisadores da MPB que queiram acessar arquivos inéditos
O instituto montou um site inédito de dicionário da MPB, que tem cerca de 150 mil acessos por mês e outro de rádio digtal, para ouvir pérolas inéditas “na radio que não toca letras”.
A casa recebe convidados para saraus músicais, sempre homenageando algum grande nome da música brasileira. Além disso há uma exposição permanente sobre a história do rádio no Brasil.