Em 2012 a civilização maia voltou a ser notícia por causa de seu calendário. De acordo com especialistas, ele determinava o fim do mundo para dezembro daquele ano — o que, por sorte, não aconteceu. Mesmo assim, os cinco países que dividem suas ruínas (México, Belize, Guatemala, Honduras e El Salvador) aproveitaram a onda para capitalizar em cima da rota dos maias, atraindo milhares de turistas. Agora, quase um ano após todo o burburinho, o momento volta a ser propício para a redescoberta do povo que habitou a América Central por mais de um milênio. O número reduzido de viajantes nessa época do ano permite a aproximação e exploração de alguns dos mais importantes sítios arqueológicos maias, como as ruínas de Palanque (México), Copán (Honduras) e Tikal (Guatemala, na foto). Tais monumentos servem para lembrar o quão poderosa foi essa civilização, que mesmo sem formalizar um império, exerceu forte influência na Mesoamérica durante séculos.
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Uma viagem no tempo em busca das riquezas arquitetônicas da mais misteriosa civilização pré-colombiana
PALENQUE — MÉXICO — Localizadas a 130 km da Ciudad del Carmen, no estado mexicano de Chiapas, as ruínas de Palenque são formadas por cerca de 200 edifícios dispostos em aproximados 15 km de extenção – em sua mairoia datados de 226 d.C. As principais atrações desse parque nacional são o Palácio de Palenque, o Templo de Las Inscripciones (na foto) e o Templo da La Cruz, todos em perfeita comunhão com a floresta que cerca o local. Uma das melhores opções de hospedagem na região é o Hotel Chablis Palenque (www.hotelchablis.com/english), que cobra uma média de US$ 61 por diária para casal com café da manhã, além de oferecer aos hóspedes dicas de passeios com guias e uma piscina central. -
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TULUM — MÉXICO — Datado de 464 d.C., Tulum foi um entreposto comercial importante para a civilização, que soube aproveitar sua arquitetura natural para criar uma muralha protetora, cujos resquícios ainda se encontram na região. Diferentemente de outras ruínas, as de Tulum (foto), localizadas na Riviera Maya, permitem que o visitante aproveite o passeio para dar um mergulho na costa mexicana — o ambiente paradisíaco faz desse sítio arqueológico um dos mais concorridos, então prepare-se para topar com muitos viajantes. Entre as opções de hospedagem na região destaca-se o hotel Cabanas La Luna, cujas cabanas à beira-mar para casal custam de US$ 100 a US$ 260 por dia, com café incluso. -
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CHICHEN ITZA — MÉXICO — Patrimônio Cultural da Unesco desde 1988, Chichen Itza foi um importante centro político e econômico dos maias, o que faz dele um dos mais importantes sítios arqueológicos da civilização no México. Apesar de abrigar alguns dos momunentos mais importantes da Era de Ouro dos maias, como a pirâmide de Kukulkán, o Templo de Chac Mool e a Praça das Mil Colunas, o ponto que deixa os visitantes mais intrigados e maravilhados por sua beleza é o Cenote Sagrado (foto). Nesse poço natural de enorme proporção as vítimas de sacrifícios humanos eram desepejadas e esquecidas. Quem procura por exclusividade deve se hospedar no Lodge Chichen Itza, o único hotel na áera que não aceita grupos grandes de turistas. O custo médio por bangalô para o casal é de US$ 160 por dia. -
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TEOTIHUACAN — MÉXICO — Por causa da proximidade com a Cidade do México (apenas 40 km de distância), Teotihuacan é a ruína maia mais visitada do mundo. Sua área total, de impressionantes 82 km², conta com alguns dos mais famosos monumentos da história da civilização, como as pirâmides do Sol (a maior da cidadela, à direita na foto) e da Lua, a Calçada dos Mortos, o templo de Quetzalcóatl e os palácios dos Jaguares e do deus Quetzalpapalotl. A dica aos visitantes é iniciar o passeio pela terceira entrada das ruínas, no palácio de Quetzalpapalotl, que tem belos murais. De lá, a caminhada parte para a pirâmide da Lua e, no final, por sua irmã, a pirâmide do Sol. Quem procura por uma hospedagem mais em conta pode ficar no Quetzal Hostel, com tarifas de 140 pesos mexicanos para o quarto de casal. Já quem não dispensa o conforto de ter uma boa psicina à disposição tem boa opção no Villas Arqueologicas Teotihuacan, que cobra uma média de US$ 70 por diária do quarto de casal. -
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XUNANTUNICH — BELIZE — Quase na fronteira com a Guetamala, as ruínas de Xunantunich, situadas a 13 km de San Ignacio, no distrito de Cayol, em Belize, não estão entre as mais procuradas por turistas – o que porporciona uma experiência quase exclusiva para quem se aventurar por lá. Do alto dos 40 metros da pirâmide conhecida como El Castillo (na foto) é possível contemplar todo o sítio arqueológico, cujo núcleo principal é composto por seis praças e mais de vinte templos e palácios – e ainda corre o risco de observar grupos de tucanos e papagaios. Como Belize é um país pequeno, é possível hospedar-se em sua maior cidade, também chamada Belize, e de lá organizar os passeios pelas ruínas maias. Uma das opções de hospedagem é o Black Orchid Resort, cujo pacote de seis dias com passeios para as ruínas maias sai por US$ 975 por pessoa, com refeições inclusas. -
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ALTÚN HA — BELIZE — Com 250 estruturas dispostas em aproximados 5 km, as ruínas de Altún Ha ficaram esquecidas até a década de 1960, quando um grupo de arqueólogos encontrou em seu terreno uma peça de jade talhada com cerca de 5 quilos, representando o deus maia do sol, Kininch Ahau, atualmente exposta no Museu de Belize. A partir daí o local passou a figurar entre os mais importantes da rota dos maias. Entre os seus monumentos, destaca-se o Templo dos Altares de Alvenaria (na foto), com 16 metros de altura. -
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COPÁN — HONDURAS — Único sítio arqueológico maia no território de Honduras, Copán difere-se dos demais pelos belos hieróglifos que compõem sua escadaria talhada nas pedras. Esses gráficos milenares contam a história oficial do rei K'ac Yipyaj Chan K'awiil, que dominou a região entre 749 e 763, constituindo a cronologia mais completa de uma casa real maia. Junto dela, a floresta dos reis, localizada ao seu redor, conta com diversas estátuas retratando os monarcas. A cidade mais próxima é Coban Ruínas, onde é possível hospedar-se ao custo de US$ 30 a US$ 50 por diária de casal no Hotel Graditas Mayas. -
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TIKAL — GUATEMALA — Um dos maiores centros populacionais e culturais da civilização maia, Tikal figura ainda hoje entre as principais ruínas desta civilização, tendo entre suas centenas de edificações monumentos construídos entre 200 d.C até 850 d.C. — com destaque para as seis grandes pirâmides que comportam templos em seus topos. De cima deles é possível vislumbrar o apogeu da cidade, que de acordo com historiadores chegou a comportar 90 mil habitantes em seu período áureo. Aos interessados em cultura pop, vale citar que Tikal foi utilizado como cenário para a base rebelde do filme “Star Wars – Episódio 4: Uma Nova Esperança”, de 1977. A melhor opção de hospedagem é dentro do próprio parque onde estão as ruínas, no Tikal Inn. Para casais, o hotel oferece diárias em quartos, por US$ 95, e em bangalôs, por US$ 110, com a facilidade de estar a poucos metros do sítio arqueológico. -
Flickr/Adalberto.H.Vega
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QUIRIGUÁ — GUATEMALA — Localizado no sudeste da Guatemala, na região de Izabal, Quiriguá é um sítio arqueológico pequeno se comparado aos demais, mas tem um dos maiores acervos de esculturas em pedra, que revelam muito da cultura maia. Suas estátuas, feitas tanto para representar seu calendário quanto para homenagear animais, deuses e monarcas, são encontradas a céu aberto, protegidas por pequenas cabanas (na foto), e dentro do museu local. Um dos hotéis mais recomendados da região de Izabal é o Puerto Libre, que cobra diária de 290 a 486 quetzal (moeda guatemalteca) por quarto de casal. -
Flickr/Eric Menjívar
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ZACULEU — GUATEMALA — Formado por restos de pirâmides e palácios, o sítio arqueológico de Zaculeu, a apenas 4 km da cidade de Huehuetenango, conta também com um pequeno museu que ajuda a compreender a importância da cidade para os maias. O local funcionou como uma de suas capitais até ser atacado pelo conquistador espanhol Pedro de Alvarado, em 1525. Apesar de oferecer resistência, Zaculeu foi destruída em grande parte pelos invasores, e sua população acabou dando origem à cidade de Huehuetenango. Lá, é possível encontrar hospedagem no Hotel Zaculeu (apesar do nome, ele fica na cidade de Huehuetenango), que tem quartos para casais com diárias entre US$ 28 e US$ 35 (www.hotelzaculeu.com). -
Flickr/colinmac
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JOYA DE CEREN — EL SALVADOR — Único resquício da civilização maia em El Salvador, o Parque Arqueológico Joya de Ceren não impressiona pelos enormes monumentos, mas sim pelos utensílios deixados quase que intactos por causa de uma erupção vulcânica, o que permite aos visitantes entender melhor o cotidiano dos habitantes da região. Desde estruturas como aposentos maias, até cerâmicas e comida podem ser vistos nessas ruínas, mantidas escondidas do sol e da floresta ao redor. O parque oferece visitas guiadas a cada 15 minutos para grupos de no máximo 25 pessoas. Há hotéis no distrito La Liberdad, onde se localizam as ruínas, como o paradisíaco Los Farallones Resort, que oferece cabanas para o casal com diárias de US$ 76 a US$ 112.
Escrito por Guss de Lucca
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